Memórias e Arquivos da Fábrica de Loiça de Sacavém

Setembro 01 2021

 

Chávena, com cerca de 4 x 8,2 cm., alusiva ao café comercializado pela Estrela da Beira e produzida em faiança pela Cesol, Cerâmica de Souselas. 

 

Este típico formato Art Déco, cuja asa apresenta duas pequenas concavidades, foi comercializado por diversas fábricas europeias, tendo sido produzido também pela Vista Alegre.

 

Conhecem-se outras chávenas deste formato, alusivas à mesma marca, com vidrado em tom castanho-alaranjado e inscrição a dourado, bem como exemplares com um grafismo ligeiramente distinto, e lettering diferente, posterior a este.

 

Conhecem-se também cinzeiros com a inscrição "Café / Estrela da / Beira / Coimbra . Lisboa . Setúbal" ostentando o último lettering acima referido.

 

 

© MAFLS

publicado por blogdaruanove às 13:09

Setembro 01 2021

 

Jarra em grés, com cerca de 23,8 cm. de altura,  produzida recentemente pelo ceramista algarvio Ricardo Lopes (datas desconhecidas).

 

Note-se como este vidrado evoca o efeito do bronze patinado, um revestimento característico também da produção de início do século XX da fábrica francesa Denbac, e o formato evoca centenários modelos orientais, os quais foram também recuperados pela cerâmica escandinava de autor em meados do século passado.

 

 

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publicado por blogdaruanove às 09:01

Setembro 01 2021

Elefante, com cerca de 12,8 x 17,8 cm., produzido em biscuit pela Sociedade de Porcelanas de Coimbra.

 

A figura do elefante é recorrente na cerâmica portuguesa, e também na cerâmica internacional, sendo conhecidas diversas figuras escultóricas produzidas, em porcelana ou grés, pela Empresa Electro-Cerâmica do Candal, pela Fábrica de Loiça de Sacavém e pela Vista Alegre.

 

 

© MAFLS

publicado por blogdaruanove às 01:09

Setembro 01 2019

 

Azulejo reproduzindo um desenho original de Sara Maia (n. 1974).

 

Produzida pela Fábrica Cerâmica Viúva Lamego, esta peça integrava uma edição de 5.000 exemplares lançada no âmbito da série Os Azulejos e os Oceanos, uma colecção de diversos azulejos de autor promovida pelo Banco Nacional Ultramarino e a Caixa Geral de Depósitos, no ano da Expo' 98, exposição mundial que decorreu em Lisboa e foi consagrada à temática dos oceanos.

 

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publicado por blogdaruanove às 23:01

Setembro 01 2019

 

O prestígio da produção cerâmica chinesa e japonesa relega habitualmente para segundo plano a cerâmica de outras regiões asiáticas.

 

Contudo, a cerâmica da(s) Coreia(s) e da Indochina, seja a mais antiga seja a mais actual, apresenta uma qualidade estética e técnica que não merece ser ofuscada pela aura das peças daqueles dois países.

 

Destacando a produção dessas regiões consideradas periféricas, apresentam-se hoje duas pequenas jarras em porcelana, respectivamente com cerca de 8,2 cm. e 7 cm. de altura, que ilustram as capacidades das suas olarias e dos seus estúdios contemporâneos.

 

Não ostentando qualquer marca visível, estas peças correspondem muito provavelmente ao trabalho recente de um estúdio tailandês.

 

 

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publicado por blogdaruanove às 21:01

Setembro 01 2019

 

Breve chamada de atenção para um novo catálogo que em breve será publicado, apresentando mais um conjunto de reflexões sobre a consagrada produção bordaliana, desta vez com um inovador destaque na capa.

 

Realce-se o conceito subjacente a esta imagem, uma vez que centra a nossa atenção numa quase ignorada abordagem cerâmica de Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905), aquela que o coloca a par do que se fazia na vanguarda de outros centros cerâmicos contemporâneos, como em França, na fábrica de Sarreguemines, ou nos EUA, na olaria que George Ohr (1857-1918) mantinha em Biloxi, Mississipi – a desconstrução intencional da forma cerâmica simétrica e perfeitamente acabada.

 

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publicado por blogdaruanove às 19:01

Setembro 01 2019

 

Duas pequenas peças em grés fino que ilustram as tendências da produção cerâmica portuguesa actual.

 

Em cima, uma taça com cerca de 6,8 cm. de altura e cerca de 10 cm. de diâmetro, em baixo, uma taça com cerca de 6,5 cm. de altura e cerca de 11,6 cm. de diâmetro.

 

As tendências minimalistas e orientalizantes, que traduzem também uma diversificada aproximação gastronómica nos recentes hábitos alimentares portugueses, têm-se multiplicado na produção cerâmica, originando não só uma consistente opção pelo corpo cerâmico em grés como uma multiplicidade de empresas que apostam na sua comercialização.

 

A Ceramirupe, fundada em 1987 (https://ceramirupe.com), a Costa Nova (https://www.costanova.pt/pt/) e a própria Vista Alegre, que recuperou a marca Casa Alegre para comercializar a sua produção nesta pasta cerâmica, são algumas das empresas que se destacam nesta produção.

 

 

A gramática oriental dos vidrados microcristalinos como decoração principal, na linha do revivalismo de um gosto que já tinha surgido na cerâmica europeia de finais do século XIX, enuncia-se aqui no apelo exercido pela subtileza de suaves combinações cromáticas criadas pelos escorridos (recordem-se os escorridos bordalianos das Caldas da Rainha), que no primeiro exemplar é ainda complementado pela decoração em relevo da pasta cerâmica.

 

Nenhuma destas duas peças se encontra marcada, embora a primeira apresente as referências internas de cozedura que se reproduzem abaixo, mas são certamente exemplares produzidos no eixo cerâmico estabelecido ao longo das zonas industriais das Caldas da Rainha, Alcobaça, Leiria, Pombal e Aveiro.

 

 

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publicado por blogdaruanove às 17:01

Setembro 01 2019

 

Jarra em faiança, com cerca 18,2 de cm. de altura e 16,9 cm. de diâmetro máximo,  ostentando a inscrição "CEVIDER'93 EX-AEQUO / -AWARD-"

 

A CEVIDER'93 foi uma feira de design que decorreu em Valência, Espanha, durante o ano de 1993. Incluía uma secção de competição, nomeadamente para cerâmica e vidro, onde foram galardoados artistas como os polacos Jan Siedlecki (n. 1948), no vidro, e Piotr Kołomański (datas desconhecidas), na cerâmica, ou a espanhola Gemma Bernal (n. 1949), na cerâmica.

 

A concepção deste formato, que surge também inúmeras vezes com a marca Secla, será atribuível a Maria João Braga de Melo (datas desconhecidas), professora e designer que trabalhou na Secla entre 1991 e 1995 e recebeu um prémio Cevider, precisamente em 1993.

 

Conhecem-se diversos exemplares monocromáticos desta peça ostentanto diferentes outras cores, como o amarelo, o azul, o preto ou o vermelho e ainda, em consonância com a sua gramática formal pós-modernista, outros exemplares em que as duas peças apresentam cores distintas, combinando, por exemplo, o azul e o vermelho.

 

 

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publicado por blogdaruanove às 15:01

Setembro 01 2019

 

Leiteira e açucareiro de um serviço de café, em porcelana, da Vista Alegre.

 

Nos finais do século XX e inícios do século XXI, enquanto se encontrava na encruzilhada marcada pelo abandonar de formatos e decorações mais conservadoras e pelo abraçar declarado das linhas contemporâneas, a Vista Alegre assumiu uma abordagem revivalista que recuperou alguns formatos modernistas das décadas de 1920 e 1930.

 

Este serviço, significativamente designado como Deco, recupera um desses formatos característicos do período Art Déco, apresentando também um motivo inspirado em cores e soluções decoarativas daquela época.

 

Vejam-se exemplares semelhantes, produzidos pela VA na década de 1930, notando as ligeiras diferenças nos formatos, aqui: https://mfls.blogs.sapo.pt/outras-fabricas-outras-loicas-cci-304854.

 

 

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publicado por blogdaruanove às 13:01

Setembro 01 2019

 

Pequeno elefante em porcelana da Electro-Cerâmica do Candal, Vila Nova de Gaia.

 

 

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publicado por blogdaruanove às 11:01

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