Saleiro formato Estoril em pasta azul.
© Rua Onze . Blog
Grande escultura de uma corça em estilo Art Déco.
Surge referenciada na tabela de preços de Novembro de 1945, sob o número 298 e a designação Figura de Corça Saltando, ao preço de 176$00, e mantém-se ainda na tabela de Maio de 1960, ao preço de 202$50. A cópia desta última tabela existente no CDMJA indica que o seu peso é de 1.750 gramas.
Esta peça foi exibida na exposição Portuguese Ceramics in the Art Deco Period, realizada em 2005 nos E.U.A.
© MAFLS
Chávena e pires com decoração floral estilizada.
Esta decoração surge também em cafeteiras e leiteiras formato Aldeia, peças que representam alguns dos poucos exemplos de formato Art Nouveau em serviços de mesa da FLS.
© MAFLS
Cinzeiro em forma de chaminé algarvia, com a inscrição "Recordação / Algarve".
Como se pode ver pela incisão reproduzida abaixo, este cinzeiro corresponde ao formato 646, que ainda não se encontrava na tabela de Maio de 1951. Surge na tabela de Maio de 1960, com o preço de 20$00 para "branco colorido sem ouro" e uma indicação manuscrita (segundo o exemplar da tabela existente no CDMJA) de 185 gramas de peso.
Esta peça foi criada por Leonel Cardoso (1898-1987), um dos mais prestigiados artistas e modeladores da FLS.
© MAFLS
Açucareiro sem tampa, formato Coimbra, com decoração Art Déco, correspondente ao motivo número 772, pintada a esmalte sobre o vidrado.
© MAFLS
Prato pintado à mão por C. C. Lagrange (datas desconhecidas; [?] parente de Cláudio Lagrange Monteiro de Barbuda, 1803-1845 [?]) em 1883.
Este desenho apresenta algumas semelhanças com uma ilustração que surge, de forma incongruente, nas estampas complementares da decoração central dos motivos comercializados sob a designação Arctic Scenery e produzidos por uma fábrica inglesa, não identificada, no segundo quartel do século XIX.
As fontes iconográficas para essas ilustrações complementares são geralmente atribuídas aos volumes A General History of Quadrupeds (1790), de Thomas Bewick (1753-1828), e The Naturalist's Library (1833-1843), de William Jardine (1800-1874).
O facto é que nenhum dos leopardos, jaguares, onças, ou outros felinos, ilustrados nesses volumes corresponde exactamente à imagem que surge nos motivos Arctic Scenery nem a esta pintura de Lagrange. De qualquer modo, é muito possível que Lagrange se tenha inspirado na obra de Jardine para esta composição.
Adenda redigida a 23 de Fevereiro de 2014:
Na verdade, Lagrange limitou-se a adaptar a gravura que se ilustra acima, publicada no segundo volume da Historia Natural Illustrada, uma compilação em seis volumes "feita sobre os mais auctorisados trabalhos zoologicos" por Júlio de Matos (1856-1922), obra que não tem data de publicação mas que apresenta no primeiro volume um prefácio datado de 20 de Outubro de 1880.
Esta desenho surge numa página dupla, onde o jaguar aqui representado sobrepuja o desenho de uma "panthera". Impressa em Paris, esta estampa colorida à mão, que aparece como extratexto entre as páginas 148 e 149, é da autoria de Henry Gobin (datas desconhecidas) e foi gravada por Paquien (datas desconhecidas).
© MAFLS
Tinteiro de escritório.
Este formato parece ser um dos formatos utilizado pela FLS para os boiões de creme, mas este revestimento colorido não faz supor que se destinasse a esse fim.
Poderia ter sido criado como uma amostra publicitária para tinteiros de escritório.
© MAFLS
Cinzeiro produzido após 25 de Abril de 1974 para o Sindicato dos Metalúrgicos de Lisboa.
Prato de sobremesa, formato Berlim, estampado sob o vidrado com o motivo Togo.
A indicação Granito, sobreposta à marca, refere-se ao tipo de pasta cerâmica utilizada na peça, uma denominação adaptada directamente da tradicional pasta inglesa com granito e que numa variante da produção da FLS veio a receber o nome pó de pedra.
Em Inglaterra, as pastas de faiança com forte componente de feldspato proveniente do granito receberam a designação genérica de stone china, tendo a primeira patente sido registada em 1800 pelos irmãos Turner (John, datas desconhecidas, e William Turner, 1762-1835). Esta foi adquirida em 1805 por Josiah Spode II (1754-1827), que a comercializou sob as designações Stone China e New Stone. Pouco depois, em 1813, a empresa Mason patenteou uma pasta similar sob a designação Mason's Patent Ironstone China.
A partir de então, várias empresas começaram a produzir e a comercializar pastas cerâmicas sob as designações genéricas ironstone china ou granite china. Esta pasta cerâmica com granito não coincide, contudo, com a pasta stoneware (grés), muito mais compacta, dura e resistente ao choque.
Na FLS o pó de pedra foi particularmente utilizado na produção de azulejaria.
© MAFLS
Boião de cozinha produzido no último período da FLS.
© MAFLS