Memórias e Arquivos da Fábrica de Loiça de Sacavém

Outubro 11 2009

 

Caneca comemorativa dos 600 anos da aliança Anglo-Portuguesa, consolidada com o matrimónio entre D. João I (1357-1433; rei, 1385-1433) e D. Filipa de Lencastre (1359-1415), em 1387.

 

Trata-se de uma das últimas peças produzidas pela Fábrica de Loiça de Sacavém.

 

 

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Outubro 10 2009

 

Pequena alfineteira produzida para o Hotel Mundial, Lisboa, que foi inaugurado em 1958.

 

 

Detalhe de uma etiqueta de bagagem do hotel (http://www.hotel-mundial.pt/hotel-mundial-lisbon/pt/hp-Homepage-5.html), contemporânea da sua inauguração. O logótipo evoca, de forma estilizada, os dois corvos presentes no brasão de Lisboa.

 

 

 

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Outubro 09 2009

 

Tigela formato Norte decorada a aerógrafo.

 

Com a administração de Clive Gilbert, não só se recuperaram com sucesso modelos de esculturas do período Art Déco, mas também técnicas decorativas características dessa época, como a decoração a aerógrafo.

 

Nesta tigela da década de 1970, para além da técnica a aerógrafo, recuperou-se também a decoração a laranja, cor que depois de estar associada ao Neoclassicismo de finais do século XVIII e do século XIX (os exemplos em cerâmica vão desde a produção da Wedgwood à da Vista Alegre), surgiu associada ao período Art Déco (particularmente na obra da ceramista inglesa Clarice Cliff [1899-1972]) e voltou a estar em voga nas décadas de 1960 e 1970, com a cultura Pop.

 

Prato com decoração Etruria, produzido pela fábrica inglesa Wedgwood em finais do século XVIII.

 

Note-se o problema, comum às peças da FLS do século XX decoradas com essa técnica, resultante da aplicação do esmalte sobre o vidrado.

 

 

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Outubro 08 2009

 

Prato raso estampado em azul, com o motivo Beira. Note-se a marca Gilman Lda.

 

Este prato ilustra claramente o escorrimento para a pasta do excesso de tinta que havia sido aplicada no papel estampado, dando origem a um esfumado azul que se espalhou como um véu por cima do fundo branco da pasta cerâmica. Esta característica é vulgarmente conhecida, em inglês, por flow blue (azul escorrido).

 

Sublinhe-se que na produção da FLS as peças decoradas com o motivo Beira são aquelas que mais frequentemente se apresentam com este azul escorrido.

 

 

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Outubro 07 2009

 

Azulejo moldado com decoração floral e sinuosidades evocativas do estilo Arte Nova na cercadura, apresentando no tardoz a inscrição Sacavem.

 

De acordo com o catálogo de Preços Correntes da Real Fabrica de Louça em Sacavém - Azulejo, de Agosto de 1910, este motivo corresponde ao número 46-D. A letra D refere-se à variante de cor.

 

No canto inferior direito, notem-se as impurezas da pasta cerâmica que se depositaram no fundo do molde, e aparecem aqui à superfície do azulejo, afectando o vidrado.

 

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Outubro 06 2009

 

Pires de chá estampado a castanho escuro, produzido entre as décadas de 1860 e 1880.

 

Embora o motivo comercializado pela FLS sob o registo "Estátua" seja considerado o paradigma da decoração conhecida como "Cavalinho", qualquer desenho com estátua equestre é habitualmente englobado nessa designação popular. Decorações equestres semelhantes a esta poderão também ter sido englobadas nessa classificação genérica.

 

Mais uma vez, não se conhece esta estampa entre as centenas desenvolvidas ao longo do século XIX em Inglaterra, embora a cercadura e o tratamento do motivo central, e do cavaleiro, indiciem tratar-se de uma gravura de produção inglesa.

 

Não se conhecendo documentos que consubstanciem a tradicional cronologia estabelecida para as marcas da fábrica no século XIX, a inclusão de uma coroa levanta a questão de se confirmar se, de facto, terá sido esta a segunda marca utilizada na FLS e não aquela que se reproduziu anteriormente:http://mfls.blogs.sapo.pt/9037.html.

 

 

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Outubro 05 2009

 

Chávena de chá e pires formato Sacavém, apresentando como decoração um conjunto de filetagem a esmalte laranja e preto, sobre o vidrado, que corresponde ao motivo 1082 (obrigado pelo comentário CMP* !).

 

Este formato surge já na tabela de 1932 e ainda se mantém no Catálogo de Formatos de Loiças Domésticas, de Maio de 1950.

 

A decoração cessou de ser produzida em 1946, de acordo com o aviso número 34 desse ano.

 

 

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Outubro 04 2009

 

Ampara-livros em grés com vidrado mate de cor marfim. Década de 1960 ou 1970.

 

Exemplo de mais um conjunto escultórico Art Déco comercializado em grés, décadas depois de ter sido lançado em faiança. Este exemplar, que não se encontra marcado como a generalidade destas peças em grés, apresenta contudo a assinatura Gilbert (embora quase imperceptível, cf. canto inferior esquerdo do exemplar reproduzido à esquerda).

 

Esta assinatura corresponde ao escultor e modelador cerâmico Donald Gilbert (1901-1961), sobrinho de Herbert Gilbert (1878-1962), que produziu inúmeros modelos para as fábricas inglesas Denby, Poole Pottery e Royal Doulton.

 

Segundo Clive Gilbert, o seu primo Donald modelou também, para além de diversos animais e ampara-livros, bases de candeeiros, cachepots e jarras para a FLS. É possível, assim, que a jarra com peixes em relevo, anteriormente reproduzida (http://mfls.blogs.sapo.pt/5103.html), seja da sua autoria. 

 

Este conjunto encontra-se registado na tabela de 1945 sob o número 240, Ampara livros Pelicanos, ao  preço de 88$00 para "Colorido s/ ouro". Na tabela de 1951 surge ao preço de 101$00, para "Côres Mates ou coloridos s/ ouro". Já não se encontra referido na tabela de 1960.

 

Conhece-se um outro conjunto destes ampara-livros em grés com vidrado mate, em tons de castanho-escuro e preto, o qual foi exibido conjuntamente com estas peças na exposição Portuguese Ceramics in the Art Deco Period, realizada em 2005 nos E.U.A.

 

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Outubro 03 2009

 

Prato de cozinha formato Liso com decoração Art Déco, número 515, aplicada a aerógrafo sob o vidrado.

 

Na tabela de 1932, os pratos de cozinha surgem em cinco tamanhos – 1.º, com 39 cm de diâmetro; 2.º, com 35 cm; 3.º, com 32 cm ; 4.º, com 30 cm, e 5.º, com 27 cm. Cada um destes pratos, com decoração "Colorido s/ ouro" tinha o seguinte preço, por ordem decrescente – 4$70, 4$00, 3$10, 2$75 e 2$45. Este prato mede cerca de 32,5, pelo que corresponde ao tamanho intermédio.

 

No catálogo de formatos de 1950 referem-se dois modelos de pratos de cozinha – Liso e Ideal.

 

A decoração deste prato exemplifica claramente as duas principais correntes decorativas Art Déco. Por um lado, a simplificação da estilização floral que se seguiu às hiperbólicas sinuosidades florais do estilo Arte Nova. Por outro, a depurada tendência geometrizante influenciada pelo Construtivismo, pelo movimento De Stijl e pela Bauhaus.

 

 

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Outubro 02 2009

 

Azulejo com decoração aerografada sob o vidrado. No tardoz apresenta a inscrição Sacavém e o número 6.

 

A decoração a aerógrafo foi extremamente utilizada durante as décadas de 1930 e 1940, quer em loiça utilitária quer em azulejaria, permitindo a criação de esfumados (degradé) que transmitiam uma noção de profundidade ao desenho.

 

Conhecem-se várias decorações de azulejos aerografados individualmente com diferentes frutas, o que indicia uma utilização destinada a cozinhas, casas de  fruta, mercearias e tabernas, alternando com os tradicionais azulejos brancos ou beiges.

 

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