Açucareiro sem tampa, formato Coimbra, com a decoração número 733 a esmalte sobre o vidrado.
Note-se, uma vez mais, o problema decorrente desta técnica decorativa, a perda gradual de esmalte, e o claro gosto pela decoração floral Art Déco inspirada na obra de Clarice Cliff (1899-1972).
O formato Coimbra ainda não surgia na tabela de 1932, surgindo na de 1938 com peças para serviços téte-a-téte [sic], em pasta azul, verde ou marfim, e serviços de jantar, em pasta azul ou verde. O açucareiro, com capacidade de 1 decilitro e meio, surgia apenas no serviço tête-a-tête ao preço de1$20 para a classe I (sem decoração), 1$50 para a classe II (decoração sem ouro), 1$80 para a classe III (decoração com ouro), 2$20 para a classe IV (decoração fantasia) e 2$60 para a classse V (decoração extra), em qualquer uma das pastas.
Na tabela de 1949 os preços indicados eram os seguintes – 2$50 para as peças em branco, 3$00 para as peças da classe A (colorido s/ ouro), 3$50 para as peças da classe B (colorido s/ ouro) e 4$50 para as peças da classe C (colorido c/ ouro).
Uma vez que a decoração da peça reproduzida é manual, esta incluir-se-ia na classe IV de 1938 e na classe B de 1949. No entanto, este açucareiro apenas terá sido produzido a partir de 1946, ano em que a produção do formato Avenida, de que este motivo era exclusivo, foi descontinuada.
Esta peça foi exibida na exposição Portuguese Ceramics in the Art Deco Period, realizada em 2005 nos E.U.A.
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