Conjunto de azulejos, não assinados, da Fábrica do Desterro, em Lisboa.
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Conjunto de azulejos, não assinados, da Fábrica do Desterro, em Lisboa.
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Marcadores de livros editados pelo Centro de Documentação Manuel Joaquim Afonso, do Museu de Cerâmica de Sacavém.
O marcador de cima ilustra decoração para tigelas, a aplicar por stencil (chapa recortada), e o de baixo azulejos Art Nouveau, para aplicação em arquitraves, correspondentes ao modelo número 4.
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Caneca formato Lisa, decorada com motivo floral estampado, e filetagem, sobre o vidrado.
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Estatueta apeada modelada por Armando Mesquita (1907-1982), representando um coronel de Infantaria 19, em uniforme de 1806.
Exemplar do acervo do Museu Municipal Leonel Trindade, Torres Vedras.
Este regimento tomou parte nas batalhas do Buçaco, a 27 de Setembro de 1810, Fuentes de Oñoro, a 5 de Março de 1811, Salamanca, a 22 de Julho de 1812, Vitoria, a 21 de Junho de 1813, Pirinéus, entre 28 e 30 de Junho de 1813, Nivelle, a 10 de Novembro de 1813, Nive, a 9 de Dezembro de 1813, e Orthez, a 27 de Fevereiro de 1814.
Interveio também nos combates do Buçaco, a 28 de Setembro de 1810, da Ponte de Valladolid, a 28 de Outubro de 1812, de Huerba e San Muñoz, a 17 de Novembro de 1812, de Alturas de Zarza, a 31 de Julho de 1813, de Echalar, a 2 de Agosto de 1813, de Zagaramurdi, a 13 e a 31 de Agosto de 1813, e Hastingues, a 23 de Fevereiro de 1814.
Participou ainda nos sítios da praça de Badajoz (segundo), desde 19 de Maio a 17 de Junho de 1811, da praça de Ciudad Rodrigo, desde 7 a 19 de Janeiro de 1812, e do forte do Retiro, em Madrid, entre 11 e 13 de Agosto de 1812.
Finalmente, interveio nos assaltos ao forte de S. Cristóvão de Badajoz, a 1 e 6 de Junho de 1811.
Na época, o Regimento de Infantaria 19 encontrava-se aquartelado em Cascais, onde recolheu a 29 de Agosto de 1814. Actualmente, este regimento encontra-se aquartelado em Chaves onde, na época da Guerra Peninsular, se encontravam estabelecidos o Regimento de Infantaria 12 e os Regimentos de Cavalaria 6 e 9.
PLANTA DA BATALHA DO NIVELLE em 10 de Novembro de 1813.
De acordo com a já referida obra de Luz Soriano, na época da Guerra Peninsular existiam vinte e quatro regimentos de Infantaria em Portugal, com os seguintes números e aquartelamentos – 1, em Belém, Lisboa, 2, em Lagos, 3, em Guimarães, 4, em Lisboa, 5, em Elvas, 6, no Porto, 7, em Setúbal, 8, em Castelo de Vide, 9, em Viana do Castelo, 10, em Santarém, 11, em Viseu, 12, em Chaves, 13, em Lisboa, 14, em Tavira, 15, em Braga, 16, em Lisboa, 17, em Elvas, 18, no Porto, 19, em Cascais, 20, em Abrantes, 21, em Valença, 22, em Leiria, 23, em Almeida, e 24, em Bragança.
Entre 1808 e 1814 os efectivos desses regimentos registaram os seguintes números totais – 29.122 em 1808, 32.925 em 1809, 36.356 em 1810, 34.999 em 1811, 37.417 em 1812, 35.226 em 1813 e 35.352 em 1814.
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Jarra em faiança da fábrica Gal, moldada em relevo, com decoração a aerógrafo sobre o vidrado.
Note-se como a decoração em relevo evoca a gramática decorativa das jarras em vidro concebidas por René Lalique (1860-1945).
Actualmente desconhecida da maioria dos coleccionadores, a fábrica de Faianças Gal teve uma existência efémera durante a década de 1930. Fundada a 27 de Junho de 1935, a empresa registou a sua dissolução a 20 de Dezembro de 1937.
A fábrica localizava-se na Rua Alves Torgo, 279, em Lisboa, sendo o seu capital constituído por 30.000$00, divididos equitativamente por António Geraldes, Horácio Canto de Oliveira e José Canto de Oliveira. A quota de António Geraldes incluía maquinaria e equipamento de pintura para perfazer os 10.000$00.
Ultimamente, a memória desta empresa foi recuperada na exposição Portuguese Ceramics in the Art Deco Period, realizada nos EUA em 2005, que exibiu um bule modernista da sua produção, número 223/39, com decoração geométrica aerografada a verde e castanho, também sobre o vidrado.
Os raros exemplares desta fábrica que hoje são conhecidos apresentam, aliás, duas características comuns. Uma de origem – a decoração aerografada sobre o vidrado, outra decorrente da sua antiguidade e do uso − o grande desgaste da pasta, que é bastante mole e muito propícia a gerar diversas esbeiçadelas.
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Bule decorado com o motivo número 7, de clara influência oriental, estampado a azul escorrido (flow blue) sob o vidrado. Note-se a marca Gilman Lda.
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Azeitoneira decorada com decalcografia e filete azul pintado à mão sobre o vidrado.
Embora esta peça não se encontre marcada, integra o conjunto de uma molheira do formato Inglês (http://mfls.blogs.sapo.pt/79792.html), ilustrado no catálogo de Maio de 1950.
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Jarra da Fábrica do Carvalhinho, com pintura à mão sob o vidrado, apresentando a decoração número 3.
Muito provavelmente, de acordo com a marca carimbada P2, o formato será o número 2.
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Castiçal em pasta branca, com decoração a dourado sobre o vidrado.
Embora esta peça não se encontre marcada nem numerada, poderá corresponder ao Castiçal c/ anjinho, catalogado numa nota manuscrita do exemplar da tabela de Novembro de 1945, existente no CDMJA, sob o número 452.
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Grande prato de parede, com cerca de 28,7 cm. de diâmetro, em barro vermelho moldado e não-vidrado, apresentando retoques de dourado na frente e pintura brilhante, a preto, no verso.
Produzido possivelmente no século XIX em fábrica não identificada, muito provavelmente das Caldas da Rainha.
A gramática da representação, contudo, remete para a obra da fábrica Baehr & Maresch na Boémia, activa entre 1841 e 1948. Laborando inicialmente em território sob administração austro-húngara, e posteriormente checoslovaca, a empresa teve como sócios fundadores Adolf Baehr (1802-1849) e Johann Maresch (1821-1914).
A partir da década de 1860 a fábrica adoptou como marca as iniciais JM, embora o acabamento deste exemplar não corresponda à generalidade das características técnicas da produção dessa empresa, particularmente quanto ao aspecto brunido da frente e ao revestimento do verso.
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