Painel de dois azulejos reproduzindo um desenho original, intitulado Sereia, de Maria Keil (n. 1914).
Produzido pela Fábrica Cerâmica Viúva Lamego, numa edição de 5.000 exemplares, este díptico foi lançado no âmbito da série Os Azulejos e os Oceanos, uma colecção de diversos azulejos de autor promovida pelo Banco Nacional Ultramarino e a Caixa Geral de Depósitos, no ano da Expo' 98, exposição mundial que decorreu em Lisboa e foi consagrada à temática dos oceanos.
Para além de Maria Keil, esta série apresenta ainda azulejos reproduzindo desenhos de Luís Camacho (n. 1956), Querubim Lapa (n. 1925), Sara Maia (n. 1974), João Abel Manta (n. 1928), Eduardo Nery (n. 1938), Júlio Pomar (n. 1926), Pedro Proença (n. 1962), Paula Rego (n. 1935), Júlio Resende (n. 1917), Bela Silva (n. 1966), Álvaro Siza Vieira (n. 1933), Ana Vilela (n. 1961) e João Vilhena (datas desconhecidas).
O folheto que acompanha cada azulejo refere: "Os azulejos são em chacota de lastra e na dimensão de 14 x 14 cm, características que mais os identificam com a azulejaria tradicional portuguesa."
De facto, este exemplar é o único díptico da colecção, que apresenta também uma placa azulejar de maiores dimensões do que as indicadas – a de Paula Rego. Estes dois exemplares foram comercializados a 12.000$00 e os restantes a 8.000$00.
A fábrica Viúva Lamego, fundada em 1849 no Largo do Intendente, em Lisboa (cf. http://mfls.blogs.sapo.pt/100393.html), foi entretanto adquirida pela empresa Aleluia (http://www.aleluia.pt/).
Entre outros trabalhos notáveis na área da cerâmica, que também incluem colaboração com a Vista Alegre, Maria Keil foi a artista responsável pela decoração azulejar das primeiras estações do metropolitano de Lisboa, podendo algumas das suas criações ser vistas aqui: http://www.metrolisboa.pt/Default.aspx?tabid=72.
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