Memórias e Arquivos da Fábrica de Loiça de Sacavém

Maio 30 2011

© MCS/CDMJA

 

Página do catálogo de Preços Correntes  da Real Fabrica de Louça em Sacavém - Azulejo, de Agosto de 1910, reproduzindo o motivo número 8-F. A letra associada ao número varia consoante a cor do motivo.

 

Cortesia do Museu de Cerâmica de Sacavém / Centro de Documentação Manuel Joaquim Afonso.

 

© MAFLS

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Maio 29 2011

 

Medalhão com cerca de 16,4 cm. de diâmetro, em terracota patinada, ostentando a inscrição Ator Taborda e a assinatura Raul F. [fecit?] incisa. No verso apresenta uma etiqueta circular de leilão, em papel, com a seguinte legenda: Palácio do Correio Velho / Colecção António Capucho / 364.

 

O facto de o autor assinar apenas com o seu nome próprio poderá indiciar o facto de ser um modelador ou escultor consagrado. Tratar-se-ia, assim, de um contemporâneo, ou de um artista da época imediatamente subsequente, sendo Raul Xavier (1894-1964) o único escultor correspondente a este nome e enquadrável nesta suposição.

 

Note-se que a grafia utilizada na inscrição (ator e não actor) traduz o preceito VIII do acordo ortográfico de 1911, que já previa a supressão de algumas consoantes mudas. Assim, esta característica poderá também indiciar a hipótese de esta ser uma peça preparada para a comemoração do centenário do nascimento de Francisco Taborda.

 

O actor Francisco Alves da Silva Taborda (1824-1909) marcou a representação teatral portuguesa da segunda metade do século XIX, sendo particularmente célebre pelas suas interpretações de algumas peças de Molière (1622-1673).

 

Aclamado em Portugal e no Brasil, onde se deslocou em digressão, tem na Costa do Castelo, Bairro da Mouraria, em Lisboa, um teatro, inaugurado em 1870 e reinaugurado em 1995, com o seu nome (http://www.egeac.pt/presentation.php?equip=9#equip-383), estando a sua memória preservada também na toponímia urbana e na escultura pública do país e da sua terra natal, Abrantes.

 

Publicação da Câmara Municipal de Lisboa alusiva à recuperação do Teatro Taborda (1996).

 

© MAFLS

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Maio 28 2011

 

Leiteira do último período de produção da FLS com técnica de decoração mista, estampada sob e sobre o vidrado.

 

Note-se como a imprecisão do traço mais fino da filetagem nos indica que este não foi estampado, mas sim aplicado à mão. O azul mais escuro e o castanho foram aplicados sob o vidrado. Apenas o azul mais claro foi estampado sobre o vidrado.

 

Conhecem-se peças com este mesmo motivo, denominado Viena, noutras cores, nomeadamente em tonalidades de castanho. Para um desses exemplares, veja-se um prato reproduzido no catálogo Porta Aberta Às Memórias, volume I, publicado pelo MCS em 2008.

 

 

© MAFLS

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Maio 26 2011

 

Azulejo com decoração mista, manual e aplicada sobre stencil (chapa recortada), integrado num silhar de azulejos que originalmente se encontrava na sede do jornal Diário de Lisboa, na Rua Luz Soriano, e actualmente está depositado no Museu de Cerâmica de Sacavém.

 

A catalogação do MCS indica que as figuras avulsas do painel, datáveis da década de 1930, são da autoria de Francisco Valença (1882-1962; cf. ilustrações em http://blogdaruanove.blogs.sapo.pt/tag/francisco+valen%C3%A7a e http://blogdaruaonze.blogs.sapo.pt/28861.html) e Stuart Carvalhais (1887-1961).

 

Embora tal não esteja indicado na legendagem que acompanha o silhar exposto no MCS, a figura aqui reproduzida corresponde, sem qualquer dúvida, a um dos traços característicos que Stuart terá desenvolvido a partir da década de trinta (cf. http://blogdaruanove.blogs.sapo.pt/tag/stuart+carvalhais e http://blogdaruaonze.blogs.sapo.pt/tag/stuart+carvalhais).

 

© MAFLS

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Maio 24 2011

© AML/CML

 

Fotografia disponível no Arquivo Municipal de Lisboa (http://arquivomunicipal.cm-lisboa.pt/), da Câmara Municipal de Lisboa (http://www.cm-lisboa.pt/).

 

Da autoria de Kurt Pinto (datas desconhecidas) e datada da década de 1940, está catalogada sob o título Fábrica de Loiça de Sacavém, exposição de loiça. De facto, trata-se de uma outra perspectiva do interior da loja da FLS na Avenida da Liberdade, em Lisboa.

 

Entre outros formatos, encontram-se aqui expostos em destaque dois serviços Avenida, pelo que a imagem não será posterior a 1946, ano em a produção desse serviço foi descontinuada.

 

O CDMJA/MCS dispõe de uma cópia, com melhor resolução, da mesma imagem.

 

© MAFLS

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Maio 22 2011

© CDMJA/MCS

 

Folha, com desenho do motivo 733 aplicado sobre chávena e pires formato Avenida, que se encontra depositada nos arquivos do Centro de Documentação Manuel Joaquim Afonso/Museu de Cerâmica de Sacavém.

 

A anotação manuscrita "Retirado / Aviso 34/46" refere-se ao formato Avenida que, de facto, já não surge no Catálogo de Formatos de Maio de 1950. Com a produção do formato descontinuada a partir de 1946, o motivo 733, até então exclusivo deste, como se constata na nota dactilografada – "Para serviços de chá formato Avenida", passou a ser aplicado no formato Coimbra.

 

Veja-se a aplicação deste motivo de inspiração Art Déco num açucareiro sem tampa, formato Coimbra, em: http://mfls.blogs.sapo.pt/26338.html.

 

A reprodução desta imagem é uma cortesia do CDMJA/MCS.

 

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Maio 21 2011

 

Painel de dois azulejos reproduzindo um desenho original, intitulado Sereia, de Maria Keil (n. 1914).

 

Produzido pela Fábrica Cerâmica Viúva Lamego, numa edição de 5.000 exemplares, este díptico foi lançado no âmbito da série Os Azulejos e os Oceanos, uma colecção de diversos azulejos de autor promovida pelo Banco Nacional Ultramarino e a Caixa Geral de Depósitos, no ano da Expo' 98, exposição mundial que decorreu em Lisboa e foi consagrada à temática dos oceanos.

 

Para além de Maria Keil, esta série apresenta ainda azulejos reproduzindo desenhos de Luís Camacho (n. 1956), Querubim Lapa (n. 1925), Sara Maia (n. 1974), João Abel Manta (n. 1928), Eduardo Nery (n. 1938), Júlio Pomar (n. 1926), Pedro Proença (n. 1962), Paula Rego (n. 1935), Júlio Resende (n. 1917), Bela Silva (n. 1966), Álvaro Siza Vieira (n. 1933), Ana Vilela (n. 1961) e João Vilhena (datas desconhecidas).

 

 

O folheto que acompanha cada azulejo refere: "Os azulejos são em chacota de lastra e na dimensão de 14 x 14 cm, características que mais os identificam com a azulejaria tradicional portuguesa."

 

De facto, este exemplar é o único díptico da colecção, que apresenta também uma placa azulejar de maiores dimensões do que as indicadas – a de Paula Rego. Estes dois exemplares foram comercializados a 12.000$00 e os restantes a 8.000$00. 

 

A fábrica Viúva Lamego, fundada em 1849 no Largo do Intendente, em Lisboa (cf. http://mfls.blogs.sapo.pt/100393.html), foi entretanto adquirida pela empresa Aleluia (http://www.aleluia.pt/).

 

Entre outros trabalhos notáveis na área da cerâmica, que também incluem colaboração com a Vista Alegre, Maria Keil foi a artista responsável pela decoração azulejar das primeiras estações do metropolitano de Lisboa, podendo algumas das suas criações ser vistas aqui: http://www.metrolisboa.pt/Default.aspx?tabid=72.

 

 

© MAFLS

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Maio 20 2011

© MCS/CDMJA

 

Capa, com motivos florais de inspiração Arte Nova, do catálogo de Preços Correntes  da Real Fabrica de Louça em Sacavém - Azulejo, de Agosto de 1910.

 

"É este o primeiro catalogo de azulejos do nosso fabrico (...)", refere-se na abertura do texto introdutório, que apresenta ainda um parágrafo sobre as características técnicas dos mesmos:

 

"Ha, todavia, azulejos que não offerecem as garantias precisas. Os nossos azulejos, porém, são feitos de pó de pedra alvissimo, é um azulejo fino, e como tal todos os que são fabricados pelo nosso processo, reunem todos os predicados necessarios para resistencia absoluta, são cobertos d'uma camada vitrea, inteiramente inherente á pedra do azulejo, impossivel de desligar-se, o que não acontece com azulejos d'outro fabrico, que em substituição d'essa camada vitrea, teem esmalte, que poderá com facilidade cahir."

 

A reprodução desta imagem é uma cortesia do CDMJA/MCS.

 

© MAFLS

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Maio 18 2011

© AML/CML

 

Fotografia disponível no Arquivo Municipal de Lisboa (http://arquivomunicipal.cm-lisboa.pt/), da Câmara Municipal de Lisboa (http://www.cm-lisboa.pt/).

 

Da autoria de Arnaldo Madureira (n. 1940) e datada de 1961, está catalogada sob o título Estação ferroviária de Sacavém, locomotiva.

 

© MAFLS

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Maio 16 2011

 

Vinheta e legenda que rematam as dezasseis páginas do opúsculo Cerâmica Portuguesa (1931), integrado na colecção Patrícia dirigida por Albino Forjaz de Sampaio (1884-1949).

 

O texto desta publicação indica a data de fundação da FLS como sendo 1850, observando ainda o seguinte sobre a fábrica, no contexto da produção cerâmica nacional:

 

"Em Portugal fabrica-se ceramica artistica, popular, sanitaria e de construção. A ceramica artistica nas Caldas da Rainha, Vista Alegre, Porto, Coimbra e Lisboa. A popular em quasi todo o paiz como a de construção. A sanitaria é, na sua quasi totalidade, da fabrica de Sacavem, arrabaldes de Lisboa. A fabrica de Sacavem é a mais importante fabrica de ceramica portuguesa. Vista Alegre a da porcelana."

 

Reproduz-se abaixo a capa do opúsculo, da autoria, como todas as capas da colecção, do consagrado artista Jorge Barradas (1894-1971), o qual também se afirmou como notável ceramista.

 

 

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