Pequena jarra com decoração dourada, alusiva ao cristianismo, aplicada sobre o vidrado. Jarras assim decoradas conhecem-se em diferentes tamanhos, sendo destinadas aos altares de igrejas ou capelas, ou ainda aos oratórios privados de diversas casas.
A mancha que surge na base ilustra uma outra questão complementar à discussão que tem surgido aqui sobre a diversa terminologia aplicável a uma determinada peça. Neste caso a denominação poderia ser canudo, jarra, solitário, mas o facto é que a mancha surgiu porque à peça foi dada uma função diferente, a de porta-canetas.
Como se sabe, estas alterações pragmáticas da função inicialmente determinada para uma peça são vulgares, sendo conhecidos na cerâmica casos em que pires e saleiros são utilizados como cinzeiros, malgas ou tigelas como cachepots, e jarras como recipientes para guardar canetas, lápis ou pincéis.
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