Memórias e Arquivos da Fábrica de Loiça de Sacavém

Agosto 15 2013

 

Caixa com tampa em azul cobalto e decoração a ouro.

 

Embora a numeração em relevo que se encontra na base seja ilegível, esta peça parece corresponder à que surge referida na tabela de Novembro de 1945 sob o número 93, "Caixa para pó de arroz ondulada", ao preço de 8$00 para "Colorido s/ ouro", 9$00 para "Colorido c/ ouro" e 18$00 para "Azul Sevres".

 

 

© MAFLS

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Agosto 13 2013

 

Pequena tigela com decoração floral monocromática estampada a verde sob o vidrado.

 

 

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Agosto 11 2013

 

Prato fundo, de sopa, com decoração provavelmente aplicada a tampografia sob o vidrado.

 

 

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Agosto 10 2013

 

Medalha em terracota relevada, com cerca de 5,7 x 3,8 x 0,8 cm., ostentando o antigo brasão de Reguengos de Monsaraz no anverso e a legenda REGUENGOS / 15 / DE AGOSTO DE / 1922 no reverso. 

 

Recuperada com outro formato durante as duas últimas décadas, a concorrida feira de Agosto, em Reguengos de Monsaraz (http://www.cm-reguengos-monsaraz.pt/pt), ecoa uma tradição com muitas mais décadas no concelho e na região do Alto Alentejo.

 

É possível que esta medalha, cuja gramática formal, muito característica das últimas décadas do século XIX e das primeiras do século XX, também se encontra noutras regiões portuguesas, como as Caldas da Rainha (http://mfls.blogs.sapo.pt/125187.html) e Estremoz, tenha sido produzida numa olaria da região de Reguengos de Monsaraz.

 

Contudo, da Olaria Alfacinha, em Estremoz, cujas origens remontam ao século XIX, conhecem-se algumas medalhas semelhantes – uma datada de 1933 e alusiva às Festas de Estremoz, outra datada de 26 de Setembro de 1970 e alusiva à inauguração da Pousada de Santa Isabel.

 

De acordo com o já citado opúsculo Cerâmica Portuguesa (1931), a Olaria Alfacinha terá sido fundada em 1881. Permaneceu na posse da família até 1987, acabando por encerrar em 1995 (cf. http://museuestremoz.wikia.com/wiki/Fam%C3%ADlia_Alfacinha).

 

Assim, esta medalha alusiva a Reguengos de Monsaraz poderia também ter sido produzida nessa olaria embora, ao contrário desta, as duas medalhas anteriormente referidas apresentem no anverso a alusão ao evento e no reverso apenas a marca Olaria Alfacinha.

 

 

© MAFLS

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Agosto 09 2013

© MCS/CDMJA

 

Detalhe de uma página cromolitografada de catálogo para azulejos de arquitrave da FLS.

 

Esta página impressa na Litografia do Bolhão, Porto, com motivos florais característicos do estilo Art Nouveau, será datável da década de 1910.

 

Cortesia do Museu de Cerâmica de Sacavém / Centro de Documentação Manuel Joaquim Afonso.

 

© MAFLS

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Agosto 07 2013

 

Chávena de chá e pires, formato Avenida, apresentando o motivo 809 sob o vidrado.

 

Esta invulgar decoração da FLS, que raramente surge no mercado de antiguidades, apresenta  a particularidade de combinar a técnica de esponjado, nos frutos (medronhos, Arbutus unedo L., ?; http://blogdaruanove.blogs.sapo.pt/tag/medronhos), com a pintura manual, nas suas hastes, e a utilização de stencil (chapa recortada), nas folhas.

 

Fotografias das peças por AMP, proprietária deste conjunto, a quem se agradece a cedência das imagens.

 

 

© MAFLS

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Agosto 05 2013

© MCS/CDMJA

 

Fotografia de um conjunto de chávena e pires formato Coimbra.

 

O catálogo de formatos de Maio de 1950 reproduz imagens das seguintes peças do formato Coimbra – açucareiro sem tampa, azeitoneira, bule, chávena com pires para chá, leiteira, molheira, prato, prato coberto, saladeira, terrina e travessa.

 

Note-se que, entre outras peças, não surgem neste formato cafeteiras, chávenas de café nem manteigueiras.

 

A reprodução desta fotografia é uma cortesia do Museu de Cerâmica de Sacavém / Centro de Documentação Manuel Joaquim Afonso.

 

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Agosto 04 2013

 

Tinteiro em porcelana da Vista Alegre com motivos florais estilizados ao gosto Art Déco.

 

Apresentando decoração esmaltada e complementos a dourado, pintados à mão sobre o vidrado, ostenta na base a marca correspondente ao período de 1922 a 1947.

 

O tinteiro propriamente dito, avulso, mede cerca de 4,5  cm. de altura, apresentando um diâmetro de cerca de 4,7 cm. em cima e 3 cm. em baixo. Conhecem-se outros exemplares com distintos formatos e dimensões.

 

Diversas outras fábricas produziam também tinteiros avulso em diferentes tamanhos, como a Electro-Cerâmica do Candal, de que se conhecem, por exemplo, peças com apenas cerca de 2,7 cm. de altura e um diâmetro de cerca de 3,4 cm. em cima e 2,4 cm. em baixo.

 

Tinteiros avulso com dimensões-padrão semelhantes às do exemplar da VA estiveram em produção, pelo menos, até à década de 1960, sendo de uso comum nas carteiras, individuais ou colectivas, de madeira das escolas nacionais, as quais apresentavam um orifício destinado a encastrar o tinteiro.

 

 

Tinteiro em porcelana, constituído por três elementos distintos, apresentando conceitos claramente associáveis à gramática decorativa pós-modernista.

 

Conjugando alusões à esfera armilar com alusões aos mon (brasões) japoneses, este tinteiro surge como uma das escassas peças produzidas pela VA no último quartel do século XX em consonância com as tendências do design contemporâneo.

 

Concebida na sua forma e decoração pelo artista plástico António Viana (n. 1947), esta peça, intitulada Calamus, integra um conjunto de três diferentes tinteiros de sua autoria, produzidos em 1998 para comemorar o quinto centenário da viagem de Vasco da Gama (c.1469-1524) à Índia (1497-98).

 

Como se pode observar, ostenta o número 185 de uma edição limitada a 250 exemplares. Curiosamente, os outros dois tinteiros do conjunto – intitulados Armilar e Pentecostes, tiveram uma tiragem superior, limitada a 350 exemplares cada um.

 

     

 

© MAFLS

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Agosto 03 2013

 

Azulejo estampado sob o vidrado com decoração floral, apresentando no tardoz a inscrição "SACAVEM" em relevo.

 

© MAFLS

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Agosto 02 2013

As instalações da Fábrica de Loiça de Sacavém em 1929, com o edifício de cimento armado em segundo plano, à esquerda.

Em primeiro plano, os edifícios das antigas olarias e respectivos fornos.

© CDMJA/MCS

 

O INÍCIO DE UMA CARREIRA NA FLS (XII) 

 

Nos finais do século XIX e início do século XX era habitual, sempre que as características do local o permitiam, construir as fábricas de cerâmica em terrenos inclinados para aproveitar esse desnível de forma a transferir a pasta líquida da secção de preparação de pastas para a secção de fabrico de peças. Claro que com a introdução das bombas de trasfega esta situação mudou.

 

No entanto, a implantação original da Sacavém era um pouco incómoda pois a sua eventual expansão só podia ter lugar precisamente através de um terreno que, partindo da linha de caminho-de-ferro e das instalações fabris iniciais, apenas se poderia alargar para uma área que subia em direcção à actual EN10, ou seja, aquela que na altura era a estrada principal de ligação entre Lisboa e o Porto.

 

O crescimento da empresa começou a ter lugar no final dos anos 20, início dos anos 30, do século passado com a construção dos edifícios dos laboratórios, da preparação de pastas e do fabrico dos azulejos e mosaicos.  Já nos anos sessenta foi construído o novo edifício da loiça sanitária, que veio ocupar na parte baixa e nascente da fábrica o local da antiga e original olaria de loiça de mesa.

 

Esta secção havia entretanto sido transferida para um novo edifício junto aos laboratórios, pois o seu destino definitivo era o segundo andar de uma nova estrutura em cimento armado  construída em 1910 e, à época, uma das mais avançadas em termos de edifícios industriais em Portugal. A transferência não foi imediata nem directa pois foi necessário realizar obras de adaptação e consolidação no cimento armado para suportar o peso da nova olaria.

 

Para transportar a loiça em estado cru foi instalado um transportador aéreo desde a olaria temporária até às zonas de cozimento, vidragem, estamparia e aerógrafo, no rés-do-chão do edifício em cimento armado. Mais tarde, o mesmo transportador aéreo serviria para trazer a loiça do segundo andar para o rés-do-chão.

 

Sucintamente, estas foram as principais modificações realizadas nas estruturas fabris e os maiores investimentos realizados, nessa área, durante o período que mediou entre a década de 1920 e a década de 1960.

 

© Clive Gilbert

© MAFLS

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