Pequena taça promocional, com cerca de 9,9 cm. de diâmetro maior, em porcelana da SPAL.
Esta peça recente apresenta os nomes de diversos ceramistas e designers, nacionais e internacionais, que, ao longo das cinco décadas de existência da empresa, têm colaborado com a SPAL.
Para além de Mary Lou Goerzen (n. 1929), que já aqui foi referida (http://mfls.blogs.sapo.pt/outras-fabricas-outras-loicas-ccxlix-349090), nesta taça são também evocados Gerard [sic] Gullota (n. 1921), Stefanie Hering (n. 1967), Lauren Horwitz (datas desconhecidas), Martin Hunt (n. 1942), Carl Gustaf Jahnsson (n. 1935), António Mira (datas desconhecidas), Jack Prince (n. 1926), David [Douglas, marquess of] Queensberry (n. 1929), Rosaria Rattin (datas desconhecidas), Alda Tomás (n. 1970; cf. http://www.remadeinportugal.pt/default/designers/ver/ano/2012/id/5) e Rezzan Unver (datas desconhecidas).
Nas últimas três décadas do século XX, o americano Gerald Gullota desenhou ainda peças de vidro e cristal para as fábricas de Alcobaça Crisal e Atlantis (https://www.brooklynmuseum.org/opencollection/artists/9806/Gerald_Gulotta), integrando esta última, actualmente, o grupo Vista Alegre Atlantis.
A maioria destes artistas desenvolve criações para outras áreas do design e ainda para diversas outras fábricas de cerâmica, como o inglês Martin Hunt que criou o conjunto de taça e pires em porcelana, acima ilustrado, para a consagrada fábrica alemã Rosenthal.
Os nomes patentes nesta taça não esgotam, contudo, a totalidade dos artistas que durante o último meio século colaboraram com a SPAL. Entre os portugueses, por exemplo, conceberam motivos para as suas peças, encomendadas por outras instituições, Lima de Freitas (1927-1998) e João Machado (n. 1942), devendo notar-se que também o pintor Luís Pinto-Coelho (1942-2001) criou em 1988 o motivo Palácio de Anglona, cuja designação deriva do homónimo palácio madrileno onde residia, para um serviço distribuído pela empresa Braz & Braz (http://www.brazebraz.pt/).
Ao longo destas cinco décadas, a SPAL desenvolveu ainda diversas criações personalizadas para inúmeras empresas e instituições, nacionais e internacionais, algumas delas já desaparecidas, como a Torralta.
Desenvolveu também vários serviços de bordo para os aviões da TAP, empresa que, no ano do seu septuagésimo aniversário, acaba de ser privatizada e tem uma exposição que lhe é consagrada no MUDE, Museu do Design e da Moda (http://www.mude.pt/).
A TAP encomendou diferentes peças a, pelo menos, seis fábricas portuguesas de cerâmica – Carvalhinho, Fábrica de Loiça de Sacavém (http://mfls.blogs.sapo.pt/13526.html), Faiart, Gresval, SPAL e Vista Alegre, sendo esta última aquela que actualmente fornece o seu serviço de bordo Top Executive.
A Vista Alegre forneceu também esse serviço entre 1962 e 1974, seguindo-se um período, entre 1974 e 1979, em que tal fornecimento foi assegurado quer pela SPAL quer pela VA. Foi ainda no primeiro destes períodos, em 1966, que a VA desenvolveu, para a TAP, oito travessas ilustrando outros tantos motivos diferentes com danças regionais.
Durante mais de vinte e cinco anos, contudo, o serviço de bordo foi assegurado em exclusivo pela SPAL, nomeadamente entre 1980 e 2006. Neste período, a SPAL apresentou dois conjuntos diferentes, um entre 1979 e 2001, outro entre 2002 e 2006.
Acima apresentam-se três das peças que integravam o conjunto utilizado a partir de 1979, numa simples mas elegante e luxuosa combinação de ouro e azul cobalto, ostentando já o novo logótipo da TAP que havia sido adoptado nesse mesmo ano.
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