Três peças em diferentes pastas, e com diferentes técnicas decorativas, da bicentenária fábrica dinamarquesa Den Kongelige Porcelaensfabrik, posteriormente conhecida a nível internacional como Royal Copenhagen.
Em cima, um pote com tampa produzido já no período do pós-guerra, em 1949 (a letra acentuada é o N, em cima, embora o/a decorador/a tenha colocado também um pequeno ponto sob a mesma para desfazer qualquer dúvida sobre a sua eventual ilegibilidade), mas apresentando ainda certas características ao gosto Art Déco.
Medindo cerca de 24,2 cm. de altura, ostenta decoração estampada e pintada à mão sobre o vidrado, com um esquilo, ramos, folhas e frutos de avelaneira, complementada com retoques e filetagem a ouro.
Sendo uma peça em porcelana, apresenta um craquelé artificialmente induzido, processo muito comum em algumas decorações do período Art Déco, nomeadamente nas cerâmicas da fábrica belga Boch Frères / Keramis (http://mfls.blogs.sapo.pt/tag/boch+fr%C3%A8res) e da francesa Longwy (http://mfls.blogs.sapo.pt/tag/longwy), embora tal seja uma característica específica do envelhecimento natural das peças em faiança.
Pequeno prato de porcelana em monocromia azul, com cerca de 18,2 cm. de diâmetro, comemorativo dos duzentos anos de fundação da empresa.
Recorreu-se aqui à técnica da moldagem do motivo em baixo relevo, o que concede maior profundidade e sentido escultórico à decoração, através das tonalidades mais escuras que predominam nas depressões desse relevo.
Curiosamente, comemorando embora uma efeméride de 1975, este exemplar apresenta uma marca correspondente ao período de 1969 a 1973 (https://www.royalcopenhagen.com/ourpassion/marks).
Placa em biscuit, ou parian ware, com cerca de 12 x 34 x 1,2 cm, reproduzindo uma obra do consagrado escultor dinamarquês Bertel Thorvaldsen (1770-1844), intitulada As Idades do Amor.
O original, com cerca de 40 x 123,5 cm., havia sido esculpido em Roma no ano de 1824. Foi posteriormente adaptado por Chr. Christensen (datas desconhecidas) em 1841, ainda durante a vida de Thorvaldsen e já depois do seu regresso definitivo à Dinamarca, para a reprodução em porcelana.
O exemplar que aqui se reproduz terá sido fabricado no terceiro quartel do século XIX.
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