Memórias e Arquivos da Fábrica de Loiça de Sacavém

Setembro 15 2015

 

Duas chávenas de café em porcelana, da fábrica checoslovaca Victoria, com imagens estampadas da Torre de Belém e da Praça do Comércio, em Lisboa.

 

Estas peças integram-se na tradicional produção de souvenirs, em vidro, cerâmica, ou ainda noutros materiais, destinados, a partir do século XIX, aos viajantes que seguiram a elitista e aristocrática tendência romântica do grand tour e se vieram a tornar em meros touristes.

 

As chávenas ostentam, a dourado, os números 237, correspondente ao motivo da Praça do Comércio, e 274, correspondente ao motivo da Torre de Belém, tendo sido produzidas entre 1918 e 1939, muito provavelmente na década de 1920.

 

Como se sabe, a Checoslováquia foi um estado que existiu entre 1918 e 1992, período delimitado entre o final da I Grande Guerra e a democratização dos países do bloco do leste europeu.

 

Este último movimento seguiu-se à queda, em 1989, do Muro de Berlim, o qual havia sido instituído após o final da II Grande Guerra, e veio a originar a criação de dois estados independentes naquele território – a República Checa e a Eslováquia, em 1993.

 

 

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Agosto 23 2015

 

Díptico de azulejos da fábrica Viúva Lamego, com cerca de 28,6 x 14,3 cm., decorado com um motivo floral assinado mas de autor/a não identificado/a, talvez Maria Emília Silva Araújo (n. 1940), produzido provavelmente em oficina de ceramista durante o último quartel do século XX.

 

Conforme já foi aqui referido, a fábrica Viúva Lamego, fundada no ano de 1849, em Lisboa, integra actualmente o grupo Aleluia, que teve origem na fábrica homónima fundada no ano de 1905, em Aveiro (http://www.aleluia.pt/).

 

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Maio 03 2015

 

 

Caixa em faiança com cerca de 13,4 x 17,4 cm., vulgarmente designada como caixa boleira, ostentando apenas a letra "L" impressa na pasta.

 

Embora a peça não apresente qualquer outra marca visível, quer a pasta quer o vidrado parecem corresponder à produção da Companhia das Fábricas Cerâmica Lusitânia durante o período Art Déco.

 

Como se pode comprovar numa publicação de MUONT (http://modernaumaoutranemtanto.blogspot.pt/2014/08/caixa-quadrangular-lusitania-coimbra.html), este formato foi produzido também em Portugal, pelo menos na unidade de Coimbra da CFCL, eventualmente sob influência original de um modelo alemão, da fábrica Carstens-Gräfenroda, que apresenta uma tampa com diferente remate (http://modernaumaoutranemtanto.blogspot.pt/2014/08/caixa-art-deco-aerografada-carstens.html).

 

Embora do ponto de vista ergonómico e funcional o remate esférico da tampa possa ser mais eficaz, a verdade é que a harmonia do conjunto é mais evidente com o remate que surge neste exemplar, e no da CFCL de Coimbra, pelo que será mais provável que o modelo da Carstens-Gräfenroda seja uma adaptação posterior do formato original.

 

Obviamente, não se contesta a hipótese de esse modelo original ser também de origem estrangeira.

 

 

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Novembro 01 2014

 

Jarra em faiança, da fábrica Sant'Anna, com cerca de 19,4 cm. de altura, apresentando decoração floral pintada à mão sob o vidrado.

 

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Setembro 01 2014

 

Escultura em faiança da unidade de Lisboa da Companhia das Fábricas Cerâmica Lusitânia, com cerca de 23,4 x 16,2 x 6 cm., representando uma girafa.

 

Note-se como a representação das manchas da pele foi executada a aerógrafo.

 

 

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Julho 06 2014

 

Prato em faiança, da fábrica Sant'Anna, com decoração floral e zoomórfica pintada à mão sob o vidrado.

 

Abaixo, um prato datado do mesmo ano, 1950, com decoração floral também pintada à mão sob o vidrado.

 

Estes dois exemplares ilustram duas diferentes tonalidades de amarelo características de alguma faiança portuguesa dos séculos XVIII e XIX. 

 

 

Embora a fábrica Sant'Anna continue actualmente a produzir, na sua maioria, peças onde predominam motivos de inspiração setecentista e oitocentista, já não é muito comum encontrar estas tonalidades nessa sua cerâmica.

 

Um dos aspectos interessantes da produção desta fábrica é que ainda hoje, a exemplo do que se fazia anteriormente, conserva a tradição de apresentar a maioria das suas peças com a assinatura ou as iniciais dos/as pintores/as que decoram cada exemplar (cf. http://mfls.blogs.sapo.pt/tag/f%C3%A1brica+sant%27anna).

 

     

 

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Fevereiro 07 2014

 

Escultura moldada em barro parian (biscuit) reproduzindo o Padrão dos Descobrimentos, na zona de Belém, Lisboa.

 

Esta peça surge referenciada pela primeira vez numa adenda manuscrita, ao exemplar existente no CDMJA, da tabela de Maio de 1960. Sem qualquer indicação de preço, surge sob o número 747 e a designação "Monumento Desc. Infante D. Henrique", com a informação adicional de pesar 295 gramas.

 

Obviamente, trata-se de uma edição realizada no âmbito das Comemorações Henriquinas, que decorreram nesse ano e, entre muitas outras iniciativas, foram também divulgadas através de uma emissão filatélica dos CTT.

 

Sobre a história do Padrão dos Descobrimentos, os seus autores e as suas origens, que remontam à Exposição do Mundo Português, realizada em 1940, veja-se: http://www.padraodosdescobrimentos.egeac.pt/.

 

Fotografia da peça por Hector Castro, coleccionador e proprietário deste exemplar, a quem se agradece a cedência da imagem.

 

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Fevereiro 02 2014

 

Jarra hexagonal em faiança, com cerca de 30,3 x 11,2 x 10 cm., pintada à mão sob o vidrado.

 

Executada por encomenda em 1993, na Fábrica Sant'Anna, em Lisboa, esta peça ostenta na base quer a data e o número de ordem que se referem a essa encomenda quer ainda o diminutivo da pintora.

 

 

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Novembro 17 2013

 

Fotografia reproduzida no álbum comemorativo do primeiro centenário da fábrica que, de acordo com a data sempre divulgada pela empresa, se celebrou em 1950, apresentando um aspecto parcial da loja da FLS na Avenida da Liberdade, em Lisboa.

 

Esta imagem é acompanhada da legenda "O magnífico estabelecimento de exposição e venda, em Lisboa".

 

Entre muitas outras, identificam-se aqui algumas peças semelhantes às já apresentadas neste espaço, como uma "jarra de cinco dedos" (http://mfls.blogs.sapo.pt/242140.html), um frasco de chá (http://mfls.blogs.sapo.pt/30308.html), um bule formato Aldeia (http://mfls.blogs.sapo.pt/214710.html), uma jarra formato 359 (http://mfls.blogs.sapo.pt/134981.html), a escultura de um felino com presa (http://mfls.blogs.sapo.pt/176503.html), a escultura de uma corça (http://mfls.blogs.sapo.pt/16873.html) e algumas figuras da série da Guerra Peninsular.

 

Imagem disponibilizada por Hector Castro, coleccionador e possuidor de um exemplar desta publicação, a quem se agradece a cedência.

 

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Outubro 10 2013

 

O vazio desta fachada que, para os mais optimistas e bem-intencionados, poderia significar a remoção provisória de um revestimento azulejar para limpeza e restauro, documenta, afinal, mais um irreversível atentado contra a memória e o património azulejar do país.

 

Resta saber se, por incúria, ignorância, ou dolo intencional, o centenário painel produzido em 1912 na Fábrica de Loiça de Sacavém foi total e irremediavelmente destruído, como garantem alguns testemunhos, ou se terá sido velada, inescrupulosa e malevolamente retirado da fruição pública.

 

Vejam-se os artigos anteriormente publicados neste espaço sobre o desaparecido painel, e aquele que subsistiu, aqui: http://mfls.blogs.sapo.pt/tag/a.+dean.

 

Abaixo reproduz-se o artigo publicado sobre este assunto no jornal Diário de Notícias do passado dia 8 de Outubro de 2013, com uma imagem não creditada mas aparentemente retirada de um dos artigos publicados neste espaço.

 

No artigo daquele jornal deve corrigir-se a incorrecta afirmação de que o painel desaparecido denotava uma composição de influência chinesa, quando, entre diversas outras características, o kimono, o penteado e os kanzashi (http://blogdaruanove.blogs.sapo.pt/382122.html) comprovam inequivocamente ser esta uma composição reminiscente da tendência japonizante que, no ocidente, marcou a pintura e as artes decorativas das últimas três décadas do século XIX.

 

 

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