Memórias e Arquivos da Fábrica de Loiça de Sacavém

Agosto 03 2014

 

Candeia em faiança da fábrica Soares dos Reis, em Vila Nova de Gaia, com decoração floral sob o vidrado.

 

Embora esta peça, em particular, seja essencialmente decorativa, apresenta-se perfeitamente funcional caso se pretenda utilizar como candeia.

 

 

© MAFLS

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Maio 03 2014

 

Pequena jarra em porcelana da fábrica Electro-Cerâmica do Candal, em Vila Nova de Gaia, decorada em tom monocromático rosa e apresentando complementos de filetagem a ouro.

 

Com cerca de 17,3 cm. de altura, esta peça corresponde ao formato J.22, como se pode verificar na inscrição, incisa na pasta, reproduzida abaixo.

 

 

Durante o segundo quartel do século XX e a década de 1950, formatos semelhantes a este surgiram também em significativa quantidade na produção vidreira portuguesa.

 

Acima apresenta-se uma jarra em vidro moldado, muito provavelmente produzida numa unidade da Marinha Grande em meados daquele século. Esta simples decoração com uma camada de reflexos alaranjados e irisados é popularmente conhecida como "casca de cebola".

 

 

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Fevereiro 16 2014

 

Travessa em faiança da Fábrica de Louça das Devesas, V. N. de Gaia., com cerca de 36,8 x 26 cm., apresentando o motivo Estátua estampado a verde sob o vidrado.

 

Note-se que este formato é comum a outras fábricas portuguesas e característico do final do século XIX, como se pode constatar através da comparação com uma travessa da Real Fábrica de Sacavém recentemente ilustrada – http://mfls.blogs.sapo.pt/travessa-293804.

 

Veja-se ainda como, ao contrário do que acontece com um outro exemplar desta fábrica anteriormente apresentado (http://mfls.blogs.sapo.pt/18604.html), o motivo ostenta junto da marca a sua designação original em inglês – Statue. Esta marca corresponderá provavelmente ao período de 1884-1904.

 

Finalmente, atente-se nas diversas diferenças que a cercadura, o motivo central e o espaçamento entre a decoração estampada apresentam relativamente a outras variantes do motivo Estátua produzidas quer nesta mesma fábrica quer em diferentes fábricas portuguesas e estrangeiras: http://mfls.blogs.sapo.pt/?tag=motivo+est%C3%A1tua.

 

 

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Setembro 01 2013

 

Prato fundo, em faiança da Fábrica Cerâmica Soares dos Reis, em V. N. de Gaia, com decoração central de frutos aplicada sobre stencil (chapa recortada) e decoração complementar de ramagens azuis pintadas à mão.

 

Conhece-se uma variante azul desta marca, aplicada em pratos com a mesma decoração.

 

 

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Agosto 24 2013

 

Grande prato de parede, com cerca de 37,2 cm. de diâmetro, em faiança da fábrica Soares dos Reis, de Vila Nova de Gaia, decorado com um fantasioso motivo heráldico, ostentando um elmo de cavaleiro, pintado à mão sob o vidrado.

 

A pequena superfície triangular não vidrada, visível na parte inferior da fotografia, corresponde a um defeito de fabrico.

 

Sobre esta fábrica e a empresa sua antecessora, a Fábrica do Agueiro, veja-se o que já foi escrito anteriormente: http://mfls.blogs.sapo.pt/tag/f%C3%A1brica+soares+dos+reis.

 

 

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Abril 20 2013

 

Açucareiro, produzido na Fábrica do Cavaco, em Vila Nova de Gaia, com decoração aplicada sob o vidrado.

 

Notem-se as duas técnicas decorativas distintas – pintura manual para os motivos florais e pintura sobre stencil (chapa recortada) para os corações minhotos.

 

Note-se também alguma semelhança da decoração floral, e sua envolvente, com aquela que se produziu em diferentes regiões do país, nomeadamente em Alcobaça e Coimbra.

 

Finalmente, note-se ainda como a marca desta fábrica, aplicada a stencil, é distinta das outras anteriormente aqui apresentadas (http://mfls.blogs.sapo.pt/tag/f%C3%A1brica+do+cavaco).

 

 

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Janeiro 01 2013

 

Pequena jarra em faiança da Fábrica do Carvalhinho, com decoração floral pintada à mão sob o vidrado.

 

 

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Dezembro 23 2012

 

Terrina em faiança, possivelmente manufacturada na Fábrica da Bandeira, em Vila Nova de Gaia.

 

O Itinerário da Faiança do Porto e Gaia (2001) regista uma distinção entre o termo terrina e o termo sopeira, ilustrando este último com um exemplar apresentando o mesmo formato desta "terrina", cuja produção é atribuída à Fábrica da Bandeira. Nessa obra, a distinção fundamental entre os dois termos reside no formato redondo da sopeira e no formato oval da terrina.

 

Esta entrada fica registada com particular desejo de Festas Felizes para o autor de Velharias, que apresentou já uma terrina muito semelhante a esta (http://velhariasdoluis.blogspot.pt/2009/09/o-meu-blogue.html).

 

 

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Dezembro 23 2012

 

 

 

São muitas as dúvidas que surgem no ciberespaço quanto às peças de faiança, sem qualquer marca, decoradas com o motivo vulgarmente designado como País e quanto às suas fábricas de origem. 

 

Recentemente a questão voltou a colocar-se (http://artelivrosevelharias.blogspot.pt/2012/11/miragaia-vs-santo-antonio-de-vale-da.html), tendo sido formulados novos comentários sobre as características que poderão permitir distinguir a produção de Santo António de Vale da Piedade, em V. N. de Gaia,  daquela desenvolvida pela fábrica de Miragaia, no Porto.


A terrina apresentada acima, que não se encontra marcada, poderia levantar semelhantes dúvidas sobre a sua origem, se um artigo anteriormente publicado pela mesma autora, e citado abaixo, não tivesse vindo a referir que este formato, particularmente no que diz respeito às pegas, parece ser originário de Miragaia, visto existir um exemplar semelhante, com marca, no acervo do Museu de Arte Sacra de Arouca.


Quanto à técnica decorativa aqui patente, note-se como a pintura foi executada utilizando um traço manual livre, excepto nas folhas das duas árvores mais altas, que foi executada sobre stencil (chapa recortada).

 

Esta entrada fica registada com particular desejo de Festas Felizes para a autora de Arte, Livros e Velharias, que apresentou já uma terrina, com tampa, muito semelhante a esta (http://artelivrosevelharias.blogspot.pt/2011/08/duas-terrinas-com-pronuncia-do-norte.html).

 

 

 

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Outubro 28 2012

 

Grande prato de parede, com cerca de 36,4 cm. de diâmetro, apresentando decoração de F. Macedo (datas desconhecidas) executada em 1934 na Fábrica do Agueiro, em Vila  Nova de Gaia.

 

Sobre esta fábrica, o livro Itinerário da Faiança do Porto e Gaia (2001) refere o seguinte:

 

"Estabelecida em 1919 no sítio do Agueiro, em Mafamude, mas com entrada por Soares dos Reis. Dedicava-se ao fabrico de louça e azulejo. Foi continuada por impulso de José de Almeida Pinheiro, em 1941, sendo conhecida sob a firma Cerâmica Soares dos Reis Lª, embora também use, sobretudo em painéis de azulejo, a antiga firma Fábrica do Agueiro. Manteve-se em laboração, com alguma qualidade e originalidade artística, até 1964."

 

Reproduzidas abaixo encontram-se algumas imagens de um revestimento azulejar ostentando a assinatura da Fábrica do Agueiro. Trata-se de um dos conjuntos públicos mais conhecidos desta empresa. Tendo sido executado em 1931, ornamenta a antiga Praça do Rossio, entretanto rebaptizada Praça da República, em Viseu.

 

 

 

       

 

Como também já havia sido referido anteriormente (ver artigo mencionado abaixo) a fábrica Soares dos Reis foi reestruturada em 1941. Efectivamente, nos dois primeiros artigos de uma escritura datada de 25 de Agosto desse ano pode ler-se o seguinte:

 

" Sob a denominação de Fábrica de Cerâmica Soares dos Reis, Limitada, e com o objectivo de explorar o fabrico de louças de pó de pedra e quaisquer outros tipos ou géneros de cerâmica, podendo, no entanto, dedicar-se a outros ramos de indústria ou comércio que os sócios determinem, constitue-se a presente sociedade [sociedade comercial por cotas de responsabilidade limitada], que durará por tempo ilimitado, a contar desta data, sendo a sua sede e domicílio na Rua Soares dos Reis, 159, da vila e concelho de Gaia.

 

O capital social, que se acha inteiramente realizado em dinheiro, é de 80.000$00, dividido nas seguintes cotas dos sócios: D. Beatriz Magalhãis de Almeida, 47.500$00; António Pereira da Silva, 12.500$00; Fernando Osório Oliveira e Manuel João da Costa, 10.000$00 cada um."

 

Assim, poder-se-á concluir que, muito provavelmente, foi a partir desta data que a popular designação Fábrica do Agueiro passou a deixar de constar das peças produzidas na empresa.

 

Sublinhe-se ainda o curioso facto de o nome de José de Almeida Pinheiro, referido no Itinerário da Faiança do Porto e Gaia, não surgir nesta escritura de 1941, nem como sócio, nem como administrador ou gerente, embora se trate muito provavelmente de um familiar da maior accionista.

 

Veja-se um outro prato desta fábrica, com a designação Soares dos Reis, aqui: http://mfls.blogs.sapo.pt/68135.html.

 

 

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