Memórias e Arquivos da Fábrica de Loiça de Sacavém

Setembro 03 2012

 

Anúncio publicado na brochura Lisboa: Roteiro Ilustradopublicação do Guia de Portugal Artístico para os anos de 1939 e 1940, que apresentava na capa uma aguarela do arquitecto Paulino Montez (1897-1988).


Note–se como as instalações de Lisboa ainda aparecem indicadas na Rua da Prata, ao contrário do que acontece no anúncio publicado na revista Panorama de Junho de 1941 (http://mfls.blogs.sapo.pt/96372.html).


Curiosamente, quer a tabela de loiças sanitárias de Julho de 1938 quer a tabela de serviços, do mesmo ano, apresentam já a sede e contabilidade nos números 126 a 132 da Rua da Prata e a exposição e venda na Avenida da Liberdade, números 49 a 57.


Oficialmente, o domicílio social da FLS passou para o primeiro andar, esquerdo, do número 53 da Avenida da Liberdade por escritura de 12 de Julho de 1941.


Neste anúncio note-se ainda a variante da designação no plural, Fábrica de Loiças de Sacavem, que poderá apenas ser devida a uma gralha.


 

© MAFLS

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Julho 21 2012

© MCS/CDMJA 

 

Fotografia apresentando uma vista parcial do stand da FLS na I FILDA, Feira Internacional de Luanda, Angola, realizada entre 6 e 21 de Dezembro de 1969.

 

À direita, de perfil e com uma menina pela mão, parece encontrar-se o futuro embaixador português António Monteiro (António Victor Martins Monteiro, n. 1944), nascido em Angola.

 

A reprodução desta fotografia é uma cortesia do Museu de Cerâmica de Sacavém / Centro de Documentação Manuel Joaquim Afonso.

 

© MAFLS

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Junho 23 2012

 

Pequeno prato, com decoração estampada sobre o vidrado e filetagem a dourado, evocativo do Algarve.

 

Desta série conhecem-se outros exemplares representando diferentes províncias de Portugal, como por exemplo o Alentejo (http://mfls.blogs.sapo.pt/116409.html) e o Ribatejo (http://mfls.blogs.sapo.pt/128230.html).

 

 

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Abril 22 2012

 

Cinzeiro publicitário com decoração sobre o vidrado.

 

O logótipo encontra-se acompanhado da seguinte legenda: Empresa Predial Nortenha / tudo em imobiliário.

 

Veja-se outro cinzeiro com este formato, mas apresentando revestimento craquelé, aqui: http://mfls.blogs.sapo.pt/1950.html.

 

 

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Fevereiro 10 2012

 

         

 

Bule formato Hotel com a inscrição CHÁ LI=CUNGO sob o vidrado.

 

Conhecem-se outras peças da FLS com inscrições relativas a diferentes marcas de chá – na exposição Portuguese Ceramics in the Art Deco Period, realizada nos EUA em 2005, foi exibida uma chávena de chá e pires, formato Hotel, com a inscrição CHÁ-NAMÚLI, e na exposição 150 Anos – 150 Peças, Fábrica de Loiça de Sacavém, realizada em 2006 no Museu de Cerâmica de Sacavém, foi exibido um bule com a inscrição CHÁ LIPTON.

 

Veja-se um artigo, em inglês, sobre a maior região moçambicana produtora de chá – Gurué (antiga Vila Junqueiro), a que esta marca, a marca Namúli, e outras, se encontravam ligadas, nesta página: http://en.wikipedia.org/wiki/Gurúè.

 

 

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Janeiro 25 2012

©CDMJA/MCS

Reprodução de um folheto que pertenceu a Jorge Pereira Simões, funcionário da FLS durante 24 anos, apresentando marcas da FLS.

Este exemplar foi entretanto doado ao CDMJA, aquando da exposição Porta Aberta às Memórias, realizada em 2008 no MCS.

Note-se a incorrecção de algumas datas indicadas, bem como a ausência de certas marcas, nomeadamente a Gilman Lda.

 

Como se sabe, o sistema de marcação de peças estabelecido pela Vista Alegre permite-nos datar a sua produção de acordo com períodos bem definidos, pois o logótipo da VA é tradicionalmente alterado cada vez que se verifica uma mudança de administração (cf. http://mfls.blogs.sapo.pt/129589.html).

 

Quanto ao sistema de marcação da FLS, generalizou-se a ideia de que a marca Gilman & Cta. se manteve inalterada desde o princípio do século XX até ao princípio da década de 1970, tornando assim quase impossível distinguir, apenas pela consulta da marca, uma peça da década de 1910 de outra peça da década de 1960.

 

Tal método poderia levantar sérias dúvidas a pessoas pouco habituadas a considerar outros factores para a datação de cerâmica que não apenas a marca.

 

Esta é uma questão particularmente importante, se considerarmos que na FLS os motivos Chorão e Estátua, por exemplo, foram produzidos desde o século XIX até praticamente ao encerramento da fábrica.

 

          

G&Cta.1                                                                              G&Cta.2

 

Ora, acontece que a referida marca não se manteve inalterada ao longo de todo aquele período, como se verifica pelas imagens aqui apresentadas.

 

Infelizmente, apesar de se poderem documentar todas as variantes da marca, não é possível estabelecer com segurança um período específico para cada uma delas.

 

No entanto, sem efectuar uma reprodução exaustiva de todas as variantes conhecidas (faltam, por exemplo, marcas com o nome ou número do motivo por cima do círculo, ou as marcas com a abreviatura Dec. aplicadas no motivo Quinta), vejamos quais as diferenças entre elas e os dois grandes períodos a que poderão corresponder.

 

As marcas G&Cta.1 e G&Cta.2 apresentam entre si diferenças a nível do rectângulo da fivela, do número de furos do cinto e do seu remate. São seguramente as mais antigas do grupo aqui apresentado.

 

A marca G&Cta.3 é uma marca de transição para a G&Cta.4, apresentando ainda o formato rectangular da fivela, aqui já simplificada, e o remate do cinto, mas com um sombreado que não surgia nas anteriores.

 

          

G&Cta.3                                                                       G&Cta.4

 

A marca G&Cta.4, bem como a sua variante para exportação G&Cta.4a, já com a fivela arredondada, é a mais recente. Conhece-se marca semelhante aplicada num prato estampado com a data de 1934, a data mais recuada em que foi possível documentá-la.

 

Poder-se-ia, assim, concluir que as primeiras duas marcas correspondem aproximadamente ao período de 1900 a 1930 e as duas restantes ao período de 1930 a 1970.

 

O problema é que a marca G&Cta.1 aparece numa peça da série Bébé (cf. http://mfls.blogs.sapo.pt/19095.html), que apenas começou a ser comercializada a partir de 1945, embora não haja qualquer dúvida que a marca G&Cta.4 estava já generalizada nesse mesmo ano (cf. http://mfls.blogs.sapo.pt/35956.html) e generalizada também já na década de 1930 (cf. http://mfls.blogs.sapo.pt/8186.html)...

 

Apesar de tudo, é possível afirmar com alguma segurança que qualquer peça ostentando as marcas G&Cta.3 e G&Cta.4 não é certamente anterior à década de 1930, e que as marcas G&Cta.1 e G&Cta.2, características do período de 1900 a 1930, apenas foram ocasionalmente aplicadas em peças, com preponderância para aquelas que eram estampadas, produzidas entre 1930 e 1950.

 

Sobre a discrepância relativa ao primeiro ano de utilização da marca Gilman & Cta., 1903 ou 1905, e a data em que surgiu o último logótipo da FLS, veja-se: http://mfls.blogs.sapo.pt/63619.html.

 

G&Cta.4a

 

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Janeiro 11 2012

 

Caneca, produzida depois de Abril de 1974, com o símbolo do Partido Comunista Português e legendagem aplicada sobre o vidrado.

 

A legenda "Proletários de todos os países uni-vos" está complementada no verso com o refrão daquele que é quase o outro hino oficial do P.C.P., cuja letra e música foram criadas em 1967 por Luís Cília (n. 1943) – "Avante camarada avante / Junta a tua a [sic] nossa voz / Avante camarada avante camarada / O Sol brilhará para todos nós".

 

Um exemplar semelhante a este foi exibido na exposição Porta Aberta às Memórias, realizada no MCS em 2008.

 

Veja-se também um prato da FLS com o símbolo do Partido Comunista Português em: http://mfls.blogs.sapo.pt/20790.html.

 

 

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Dezembro 16 2011

 

Anúncio publicado no Almanaque Ilustrado de Fafe para 1939.

 

Recorde-se que a Fábrica do Carvalhinho se encontrava sob administração da FLS desde 1930.

 

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Novembro 22 2011

 

Pequeno busto da actriz Marlene Dietrich (1901-1992), com cerca de 12 cm. de altura, em pasta marfim com decoração, na base e nos lábios, sobre o vidrado.

 

Na base circular, imitando os veios de pedras decorativas (mármore, ónix e outras) muito utilizadas nas bases das esculturas do período Art Déco, aparecem incisas as legendas Marlene, na frente, e Couraça [marca de produtos de perfumaria e beleza], no verso.

 

Embora a marca Couraça seja ainda recordada pela sua pasta dentífrica, concorrente da famosa pasta medicinal Couto, é provável que esta peça, hoje em dia extremamente rara, tenha sido criada para promover especificamente o perfume denominado Marlene (do qual se conhece publicidade datada de 1945).

 

Na exposição Portuguese Ceramics in the Art Deco Period, realizada nos E.U.A. em 2005, foi exibido um busto semelhante a este, em pasta azul e com decoração a dourado, mas sem qualquer marca, da colecção de Clive Gilbert (n. 1938).

 

Pela sua cor, tal busto é particularmente evocativo do papel de Marlene Dietrich no filme Der Blaue Angel (O Anjo Azul), realizado em 1930 por Josef von Sternberg (1894-1969).

 

Esse exemplar foi entretanto doado por Clive Gilbert ao Museu de Cerâmica de Sacavém, estando reproduzido no catálogo da exposição Porta Aberta às Memórias, segunda edição, realizada no MCS em 2009.

 

Sobre a marca Couraça ver o texto e as vinte e uma fotografias, dos arquivos digitais da Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian, disponíveis em: http://www.flickr.com/photos/biblarte/5342819186/in/photostream/.

 

 

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Novembro 12 2011

 

Anúncio publicado no Almanaque Ilustrado de Fafe para 1939.

 

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