Memórias e Arquivos da Fábrica de Loiça de Sacavém

Setembro 01 2023

 

Chávena de café e pires em porcelana da Vista Alegre.

 

Com cerca de 11,2 cm. de diâmetro, no pires, e 7 cm. de diâmetro e 4 cm. de altura, na chávena, este conjunto apresenta flores estilizadas vazadas e delimitadas a aerógrafo, técnica decorativa pouco vulgar na produção da Vista Alegre.

 

A chávena apresenta ainda a curiosidade de ostentar uma mancha violeta, parcial, no rebordo interior, a qual apenas coincide com o campo visual dos utilizadores dextros.

 

 

© MAFLS

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Janeiro 13 2019

 

Figura, com cerca de 19,4 cm. de altura, em faiança não vidrada.

 

Não apresenta qualquer marca, mas o seu revestimento amarelo e castanho, aplicado a aerógrafo, recorda a técnica e as tonalidades utilizadas na Cerâmica Macedo, de Barcelos. A pasta branca, contudo, poderá indiciar uma produção oriunda de Coimbra.

 

Esta figura é característica de certas representações cerâmicas, de traço caricatural e infantilizante, que evocam as cowgirls Calamity Jane (Martha Jane Canary-Burke, 1852-1903) e, particularmente, Annie Oakley (Phoebe Ann Moses, 1860-1926), bem como as suas posteriores actuações circenses.

 

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Julho 30 2016

 

Conjunto de azulejos decorativos, com cerca de 15,2 cm. de lado, ostentando decoração aplicada a stencil (chapa recortada) e aerógrafo sobre o vidrado.

 

No tardoz ostentantam, em relevo, a inscrição LUFAPO / Coimbra, que, como se sabe, correspondia a uma das marcas do grupo Lusitânia.

 

© MAFLS

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Janeiro 31 2016

 

Taça fruteira produzida em faiança pela unidade de Coimbra da Companhia das Fábricas Cerâmica Lusitânia, ostentando decoração floral estilizada, ao gosto Art Déco, aplicada a aerógrafo sobre stencil (chapa recortada).

 

Como já foi aqui referido em devido tempo (http://mfls.blogs.sapo.pt/tag/malga), na FLS este formato era habitualmente designado como malga.

 

 

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Setembro 01 2015

 

Acima, pequeno azulejo de friso, com cerca de 4 x 15,8 x 1 cm., apresentando motivos florais estilizados aplicados a stencil (chapa recortada) e aerógrafo sob o vidrado, ostentando no tardoz a inscrição SACAVEM, em relevo, e um X carimbado a verde.

 

Abaixo, decoração rural oitocentista (http://mfls.blogs.sapo.pt/9037.html) numa terrina que recria um formato da FLS do segundo quartel do século XX – denominado D. João V, em edição promovida no ano de 1999, já depois do encerramento da fábrica, pelo município de Loures.  

 

 

Entrando hoje no seu sétimo ano de publicação, o espaço MAFLS continuará a divulgar, com alguma periodicidade, peças de cerâmica portuguesa.

 

Tal como no ano anterior, essa apresentação centrar-se-á agora, predominantemente, na produção de outras fábricas em detrimento daquela que foi desenvolvida pela centenária (passarão em 2016 cento e sessenta anos da sua fundação) Fábrica de Loiça de Sacavém.

 

 

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Julho 20 2014

 

Malga, ou taça fruteira, decorada a aerógrafo no rebordo e stencil (chapa recortada) no centro, sob o vidrado.

 

Veja-se uma outra peça da mesma oficina, decorada com as mesmas técnicas, e apresentando também motivos florais, aqui: http://mfls.blogs.sapo.pt/155504.html.

 

 

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Julho 11 2014

 

Prato raso com decoração aplicada a stencil (chapa recortada) e aerógrafo sob o vidrado.

 

Sendo obviamente uma peça de refugo, este prato não deixa de ser interessante por remeter claramente para as influências da Bauhaus e das técnicas de decoração cerâmica alemã na FLS.

 

Por outro lado, levanta a questão do controle de qualidade na produção da empresa. Na produção de diversas fábricas europeias é vulgar encontrarem-se as suas marcas com riscos sobrepostos no vidrado para indicar que se trata de produção de segunda ou terceira categoria, rejeitada após uma inspecção.

 

Nas fábricas portuguesas, embora tal inspecção de qualidade exista, e tenha existido nas fábricas que já encerraram, parece não haver a preocupação de assinalar tais peças antes de as colocar no mercado como refugo.

 

 

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Junho 03 2014

 

Prato de cozinha, formato Liso, com decoração, correspondente ao motivo número 946, aplicada a aerógrafo e stencil (chapa recortada), sob o vidrado.

 

Com cerca de 26,3 cm. de diâmetro, este prato corresponde ao 5.º tamanho, que, na tabela de preços de 1932, surgia a 2$45 para "Colorido s/ ouro". 

 

Veja-se outro prato com este motivo, apresentando variante da cor do rebordo, aqui: http://mfls.blogs.sapo.pt/49869.html.

 

A comparação dos dois exemplares permite verificar a existências de diversas chapas recortadas, não apenas para as duas cores do edifício, mas também para as palmeiras, como é evidente na diferente distância existente entre o edifício e as palmeiras e na diferente posição do tronco destas últimas.

 

 

 

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Fevereiro 27 2014

 

Conjunto de chávena de chá e pires, formato Sacavém, com decoração floral de inspiração Art Déco aplicada, sob o vidrado, a aerógrafo sobre stencil (chapa recortada).

 

 

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Outubro 05 2013

 

Bule em faiança, com cerca de 13,5 x 14,5 cm., decorado a aerógrafo e produzido pelas Faianças GAL, de Lisboa.

 

Na base apresenta a inscrição manuscrita Gal 223/39. Poder-se-ia pensar que este último numeral, 39, indicaria o ano de produção, mas de acordo com o Diário do Governo a fábrica apenas subsistiu entre 1935 e 1937 (http://mfls.blogs.sapo.pt/83667.html).

 

Note-se como este formato, indubitavelmente associável ao estilo Art Déco, corresponde mais a uma interpretação cerâmica da tendência de design das décadas de 1920 e 1930 que, particularmente nos EUA, veio a ser incluída na denominação genérica Machine Age Design.

 

Certamente influenciada pelos princípios teóricos do Manifesto Futurista (1909), de Marinetti (1876-1944), que consagrava a velocidade, a mecanização, a tecnologia e a industrialização, e pela subsequente vaga futurista que se desenvolveu na Europa, esta tendência terá sido complementada, nalguns formatos que traduziam uma abordagem mais mecanizada e industrializada dos objectos, pelos princípios teóricos e pelas práticas geometrizantes da Bauhaus e do movimento De Stijl.

 

 

Acima pode ver-se uma jarra produzida na empresa de Paul Milet (1870-1950), já na década de 1930.

 

A aplicação metálica em bronze cromado, que representa uma inovação relativamente às anteriores aplicações classicizantes exclusivamente executadas em bronze, traduz com fidelidade o espírito Machine Age, embora a impressão de estatismo dimanada desta jarra contraste com o dinamismo sugerido pelas formas do bule e pela sua decoração aerografada.

 

A bicromia da jarra Millet, curiosamente evocativa do clássico colorido dos táxis portugueses, apresenta um verde pouco vulgar na cerâmica, que epitomiza uma das cores preferidas para, através de outros materiais, complementar os cromados da década de 1930.

 

Para saber mais sobre a história da empresa Millet e a sua produção, veja-se o que MUONT publicou: http://modernaumaoutranemtanto.blogspot.pt/search/label/Paul%20Millet-S%C3%A8vres.

 

A imagem da peça das Faianças GAL consta do catálogo da exposição Portuguese Ceramics in the Art Deco Period, realizada nos EUA em 2005, e é da autoria do fotógrafo João Francisco Vilhena (n. 1965).

 

Note-se que a imagem original foi registada em película e posteriormente digitalizada, o que afectou a sua qualidade e não reflecte as características que uma impressão em papel fotográfico oferece.

 

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