Terrina em faiança, da fábrica Lopes & C.ª, decorada com esmalte e filetagem cor-de-laranja sobre o vidrado.
Fundada em 1885, a fábrica localizava-se em Alcântara, Lisboa, e daí o facto de ser vulgarmente designada por Fábrica de Alcântara. A empresa, criada por Stringer, Silva & C.ª, foi adquirida no ano seguinte pela sociedade Lopes & C.ª, a qual parece ter administrado a fábrica até ao seu encerramento.
Este encerramento ocorreu em data não confirmada, mas antes de 1935, pois Pinto Basto, ao mencionar as fábricas de faiança fina existentes em Lisboa, na sua obra A Cerâmica Portuguesa (1935), declara – "Houve uma fabrica em Alcantara que já acabou."
Acerca da designação terrina, note-se que algumas fábricas estabeleceram uma distinção entre o formato redondo e o formato oval, chamando terrina a este último e sopeira ao primeiro. Assim, a peça reproduzida, sendo redonda, poderia também denominar-se sopeira, embora se desconheça se essa designação ocorria na produção da Fábrica de Alcântara.
Para informação mais pormenorizada sobre a produção desta fábrica, consulte: http://fabricadealcantara.blogspot.com/.
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