Memórias e Arquivos da Fábrica de Loiça de Sacavém

Janeiro 19 2019

Pequeno cinzeiro circular, com a inscrição "HOTEL DE ANGRA / ILHA TERCEIRA / AÇORES", produzido pela extinta fábrica Secla, das Caldas da Rainha.

 

Este vidrado amarelo, evocativo de muita da cerâmica popular da zona de Barcelos, e de outras regiões portuguesas, surgiu com frequência, durante as décadas de 1960 e 1970, nas peças promocionais que a Secla desenvolveu. Entre outras cores, conhece-se vidrado com tonalidade semelhante em cinzeiros que o Turismo de Portugal encomendou à Secla neste período.

 

O motivo central do cinzeiro remete para as tradicionais touradas à corda da Ilha Terceira.

 

 

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Outubro 06 2018

 

Mais um exemplar da Empresa Electro-Cerâmica do Candal, desta vez um cinzeiro, ilustrando uma das combinações decorativas mais comuns da fábrica – áreas parcialmente esmaltadas a uma só cor conjugadas com motivos florais estampados sobre o fundo branco da porcelana, desta vez sem qualquer filetagem a dourado.

 

 

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Agosto 11 2018

 

Cinzeiro, com cerca de 2,1 x 9,8 x 9,5 cm., em faiança da fábrica Aleluia, Aveiro.

 

Note-se como a imagem da igreja matriz se encontra estampada mas apresenta alguns complementos, como o céu, pintados à mão. Do mesmo modo, a legenda "Recordação de Vouzela" encontra-se também pintada à mão.

 

 

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Agosto 05 2018

 

Cinzeiro em porcelana da fábrica Electro-Cerâmica do Candal, reproduzindo o brasão de armas do município de Vila Nova de Gaia, concelho a que pertence o Candal.

 

Note-se como esta peça com decoração policromática, complementada a ouro e platina, ostenta a marca Porcec.

 

 

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Outubro 29 2017

 

Cinzeiro em faiança da efémera fábrica Faianças GAL, de Lisboa.

 

Como é característica das peças desta fábrica, o formato, a decoração e as cores traduzem uma gramática declaradamente modernista.

 

 

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Fevereiro 11 2017

 

Dois cinzeiros em faiança da fábrica Cerâmica da Madalena, Limitada, Leiria.

 

Fundada por escritura lavrada em 31 de Julho de 1945, esta empresa tinha um capital inicial de 260.000$00, distribuído pelos seguintes accionistas – José António Lagoa, com 60.000$00, António Ferreira Morgado, Costa & Irmãos, Lda., Luiz de Sousa Carpalhoso, Manuel Carpalhoso Júnior, Manuel da Venda Júnior e Vergílio Hasse de Oliveira, com 30.000$00 cada, e Manuel António Pinto, com 20.000$00.

 

Posteriormente, já no final da década de 1960, esta fábrica veio a ter como accionista a empresa J. Pimenta, S.A.R.L., cujo logótipo está patente nestas peças.

 

O primeiro cinzeiro alude ainda à célebre publicidade gráfica e televisiva que, no início da década de 1970, apresentava o slogan "Pois, pois... J. Pimenta!", promovendo os empreendimentos do construtor civil João Pimenta (c.1925-2015).

 

 

 

Em 1986 a Cerâmica da Madalena, que entretanto já se tinha vindo a especializar na loiça sanitária durante as últimas duas décadas, passou a integrar o grupo espanhol Roca (http://www.pt.roca.com/home/home) e produziu 200.000 peças. No ano seguinte, registava já uma produção de um milhão de peças.

 

Esta empresa de origem catalã havia-se estabelecido em Portugal em 1972, comercializando produtos de aquecimento e banheiras de ferro fundido.

 

Em 1995 consolidou a sua posição no mercado inaugurando uma unidade de produção de banheiras em aço esmaltado, em Águeda, e no ano seguinte construiu uma segunda unidade em Leiria, que começou por produzir 233.000 peças e em 1998 produzia já 1.800.000 peças.

 

No âmbito desta diversificação na área sanitária, em 1999 a  Roca veio ainda a inaugurar, em Cantanhede, uma unidade de produção de torneiras. 

 

 

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Dezembro 31 2016

 

Cinzeiro, com cerca de 9,6 x 15,9 x 2,7 cm., em faiança da OAL, Olaria de Alcobaça.

 

Este exemplar documenta uma curiosa conjugação da tradicional decoração floral da loiça de Alcobaça com um inesperado formato modernista.

 

Reminiscente de alguns exemplares modernistas alemães das décadas de 1920 e 1930, este formato teve também algumas variantes produzidas em Portugal, nomeadamente durante o período de administração da Fábrica do Carvalhinho pela Fábrica de Loiça de Sacavém.

 

 

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Agosto 16 2014

 

Cinzeiro sem qualquer marca, com cerca de 8,6 x 10,7 x 11,2 cm., apresentando pigmentação azul esparsa sob o vidrado e a legenda comemorativa TAN [TANTAN ?] 4º ANIVERSÁRIO.

 

Embora este formato possa ter outras utilidades, no catálogo da exposição Porta Aberta às Memórias, segunda edição, realizada no MCS em 2009, surge uma versão com vidrado alaranjado semi-mate classificada como cinzeiro.

 

Ao contrário da hipótese levantada na entrada de catálogo daquela peça, este exemplar vem provar que não nos encontramos, de facto, apenas perante um ensaio de formato.

 

Apesar das pesquisas, e da leitura alternativa da inscrição, quer como TAN, quer como Tantan, não foi possível encontrar qualquer referência àquele que poderá ser o nome de uma eventual empresa.

 

 

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Junho 07 2014

 

Cinzeiro formato Inglês com decoração policromada estampada e complementos a ouro.

 

A estampa apresenta a assinatura Boucher, pretendendo, assim, enquadrar a imagem, que parece ser um pastiche, na tradição das cenas pastoris do pintor francês François Boucher (1703-1770), mais famoso pelas suas representações de figuras nuas e cenas galantes.

 

Sobre a adaptação de outras obras pictóricas de séculos anteriores, como as do espanhol Bartolomé Murillo (1617-1682), à decoração cerâmica portuguesa do terceiro quartel do século XX, veja-se um artigo de CMP* aqui: http://ceramicamodernistaemportugal.blogspot.pt/2012/12/jarro-e-caixas-raul-da-bernarda.html.

 

 

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Abril 30 2014

 

Cinzeiro formato Inglês com decoração policromada estampada e complementos a ouro.

 

Este formato surge catalogado pela primeira vez numa adenda manuscrita à tabela de Novembro de 1945 sob o número 508 com a designação "Cinzeiro formato Inglês", ao preço de 12$50 para "Colorido s/ ouro", como se pode observar no exemplar desta tabela existente no CDMJA.

 

Já na tabela de Maio de 1951 surge catalogado sob a designação "Cinzeiro redondo, c/ 3 descansos, formato Inglês" ao preço de 8$00 para "Côres Mates ou coloridos s/ ouro" e de 9$50 para "Coloridos c/ ouro".

 

Este formato surge ainda referenciado na tabela de Maio de 1960, desta vez com cinco variantes decorativas – "Branco colorido s/ ouro", ao preço de 8$00, "Vidros cores s/ dec. Branco col. c/ ouro Pint. mod. s/ ouro", ao preço de 9$50, "Pintura Quinta s/ ouro", ao preço de 15$00, "Vidros de cores colorido c/ ouro", ao preço de 15$50, e "Azul Sèvres com ouro", ao preço de 30$00.

 

Curiosamente, esta peça é uma das poucas cujo preço de venda, para decoração semelhante, desceu entre a tabela de 1945 e as dos subsequentes anos de 1951 e 1960.

 

 

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