Azeitoneira com decoração floral estampada sobre o vidrado e complementos a ouro.
Veja-se uma outra peça do mesmo formato, com diferente decoração floral estampada, mas sem marca, aqui: http://mfls.blogs.sapo.pt/122485.html.
© MAFLS
Azeitoneira com decoração floral estampada sobre o vidrado e complementos a ouro.
Veja-se uma outra peça do mesmo formato, com diferente decoração floral estampada, mas sem marca, aqui: http://mfls.blogs.sapo.pt/122485.html.
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Azeitoneira decorada com decalcografia de motivos florais sobre o vidrado.
Note-se como, no lado direito, é visível o recorte curvo da imagem principal para que o seu redimensionamento permitisse a aplicação de uma decalcografia complementar.
É claro que a imagem já poderia ter sido produzida assim, de modo a que a sua curvatura se adaptasse ao rebordo de algumas peças, mas nesse caso não se entende a razão pela qual a imagem principal não foi puxada para o lado direito e a complementar passada para o lado esquerdo.
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Azeitoneira formato Concha com vidrado microcristalino.
Peça semelhante a duas outras ilustradas anteriormente (http://mfls.blogs.sapo.pt/162460.html) apresentando esta, no entanto, a inscrição Made in Portugal incorporada na marca.
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Azeitoneira, ou base para molheira, com o motivo Júpiter estampado a azul, sob o vidrado, e filetagem a dourado.
Note-se a marca com a designação Real Fabrica de Sacavem, inscrita no círculo, sobrepujando a designação Gilman & Cta., na base.
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Azeitoneiras formato Concha com vidrado microcristalino.
Este formato surge ilustrado no catálogo de Maio de 1950 e encontra-se referido na tabela de Setembro de 1949, ao preço de 20$50 para "Colorido s/ ouro, Classe A", não tendo sido encontrada qualquer referência ao mesmo nas tabelas de 1932 e 1938.
O vidrado microcristalino aplicado nestas peças, reminiscente de vidrados semelhantes desenvolvidos na cerâmica europeia de finais do século XIX e das primeiras décadas do século XX (cf. http://blogdaruanove.blogs.sapo.pt/tag/denbac e http://blogdaruaonze.blogs.sapo.pt/?skip=10&tag=denbac), não é muito comum na produção da FLS.
Este revestimento cerâmico terá resultado das pesquisas e dos vidrados experimentais ensaiados por Álvaro Mendes Alves (1905-1996) durante a década de 1950, a exemplo de outros vidrados por ele desenvolvidos e que se encontram documentados no catálogo da exposição Dar Sentido à Argila, Os Ateliês de Decoração na Fábrica da Loiça de Sacavém, realizada em 2007 no MCS.
Um outro tipo de vidrado provavelmente decorrente desses ensaios da década de 1950 foi já anteriormente ilustrado aqui: http://mfls.blogs.sapo.pt/5103.html.
Imagem retirada do álbum Beauty in the Making.
O revivalismo do vidrado microcristalino no período pós-guerra foi comum a várias fábricas europeias, surgindo particularmente na produção cerâmica de algumas oficinas artísticas das fábricas escandinavas, como a Arabia e a Gustavsberg (cf. http://blogdaruaonze.blogs.sapo.pt/152384.html).
Acima podem ver-se duas peças em grés desenvolvidas por Stig Lindberg (1916-1982) no Studio da fábrica sueca Gustavsberg, estando esse revivalismo bem patente no revestimento microcristalino da taça.
No Studio da Gustavsberg, as novas variantes desses vidrados microcristalinos eram também aplicadas por outros ceramistas, como Berndt Fridberg (1899-1981), algumas das quais podem ser vistas na obra Beauty in the Making (1947), de Gösta E. Sandström (datas desconhecidas).
Jarra da Ruskin Pottery, datada de 1931, com assinatura manuscrita de William Howson Taylor (1876-1935) incisa na base.
Contudo, não se pode falar de um completo abandono deste vidrado durante o período Art Déco.
Algumas fábricas, como a famosa Ruskin Pottery (1898-1935), de Inglaterra, que se celebrizou precisamente pela inovação nos vidrados de alta temperatura e nos revestimentos microcristalinos, mantiveram a sua produção durante as décadas de 1920 e 1930.
Tal revestimento encontra-se exemplificado na peça de 1931 reproduzida acima, que apresenta um formato claramente inspirado na tradição oriental de séculos anteriores.
Em França, num registo já algo nostálgico e evocativo quer de algumas formas quer de alguns vidrados Art Nouveau, o mesmo aconteceu com a produção de Rambervillers durante a década de 1930.
Nos EUA, durante as décadas de 1920 e 1930, tal prática manteve-se ainda em diversas fábricas como a Fulper (cf. http://blogdaruaonze.blogs.sapo.pt/88845.html) e a Rookwood (cf. http://blogdaruaonze.blogs.sapo.pt/87433.html), entre outras.
Destes dois exemplares da azeitoneira formato Concha da FLS apenas se encontra marcado aquele que está em segundo plano.
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Azeitoneira, formato Redondo, com decoração floral aplicada a stencil (chapa recortada) sob o vidrado.
Note-se como a forma estilizada das rosas remete para o design geometrizante e Arte Nova das "rosas escocesas" de Charles R. Mackintosh (1868-1938), já anteriormente mencionado (cf. tag abaixo).
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Azeitoneira com decoração estampada sobre o vidrado e complementos a ouro.
Embora esta peça não apresente marca visível, decacolgrafias semelhantes foram utilizadas na FLS, sendo a decoração a dourado característica também da fábrica.
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Azeitoneira decorada com decalcografia e filete azul pintado à mão sobre o vidrado.
Embora esta peça não se encontre marcada, integra o conjunto de uma molheira do formato Inglês (http://mfls.blogs.sapo.pt/79792.html), ilustrado no catálogo de Maio de 1950.
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Azeitoneira formato Berlim com decoração, motivo 620 (?), a esmalte e ouro sobre o vidrado.
O formato Berlim já é referenciado na tabela de 1932, onde surgem os preços das seguintes peças – azeitoneiras (2$75, para branco, 3$90 para colorido s/ ouro, e 4$90, para colorido c/ ouro), molheiras (respectivamente, 5$50, 6$00 e 7$15), mostardeiras (3$00, 3$50, 4$50), pratos cobertos (14$50, 21$00, 26$00), pratos para terrina (6$85, 8$80, 11$75), saladeiras (16$50, 19$00, 24$00), terrinas (20$00, 26$00, 30$00), e travessas (11$75, 13$70, 15$65, para as peças do lote 13, com 44 cm; 8$15, 10$75, 12$70, para o lote 11, com 37 cm; e 5$85, 7$50, 11$05, para o lote 10, com 32 cm).
Embora esta tabela indique que as azeitoneiras Berlim medem 22 cm, o presente exemplar mede 24 cm.
O Catálogo de Formatos de Loiças Domésticas, de Maio de 1950, reproduz a fotografia das seguintes peças com o formato Berlim – azeitoneira, molheira, prato [raso], prato coberto, saladeira, e travessa.
Diversas peças deste formato – prato coberto, prato fundo, prato raso, saladeira, terrina, travessa, com a mesma decoração, foram exibidas numa exposição organizada pelo MCS, podendo-se encontrar as suas imagens no catálogo Porta Aberta às Memórias, volume I (2008).
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