Figura de cão em biscuit da Sociedade de Porcelanas, de Coimbra.
Assinale-se que a pasta e a superfície deste exemplar são mais ásperas do que habitualmente acontece na maioria das peças em biscuit da SP.
© MAFLS
Figura de cão em biscuit da Sociedade de Porcelanas, de Coimbra.
Assinale-se que a pasta e a superfície deste exemplar são mais ásperas do que habitualmente acontece na maioria das peças em biscuit da SP.
© MAFLS
© MCS/CDMJA
Fotografia de uma peça que representa um cão da raça dachshund, também conhecido como teckel.
A reprodução desta fotografia é uma cortesia do Museu de Cerâmica de Sacavém / Centro de Documentação Manuel Joaquim Afonso.
Acima apresenta-se um outro exemplar da mesma raça, não marcado mas de provável manufactura estrangeira.
Produzido em faiança, com cerca de 8,8 x 14,8 x 4,4 cm., ostenta decoração a aerógrafo sob o vidrado.
© MAFLS
Figura em porcelana da Electro-Cerâmica do Candal, de Vila Nova de Gaia, com cerca de 8,5 x 11,2 x 5,8 cm., representando um galgo da raça borzoi. Apresenta na base, incisa, a indicação alfanumérica E-40 e a marca EC Candal impressa sob o vidrado.
Na sequência do elogio da velocidade, que o Futurismo associou à indústria, à mecanização e à modernidade, os galgos vieram a epitomizar, durante o período Art Déco, essa ideia aliada ainda à elegância e ao luxo, como se pode constatar nas famosas gravuras de Louis Icart (1880-1950), em geral, e na pintura Natacha (c. 1928), de António Soares (1894-1978), em particular.
A presente imagem consta do catálogo da exposição Portuguese Ceramics in the Art Deco Period, realizada nos EUA em 2005, e é da autoria da fotógrafa americana Maggie Nimkin (http://www.maggienimkin.com/).
Note-se que a imagem original foi registada em película e posteriormente digitalizada, o que afectou a sua qualidade e não reflecte as características que uma impressão em papel fotográfico oferece.
As representações realistas de animais não são invulgares na produção da EC do Candal, embora as produções mais interessantes surjam associadas às estilizadas representações monocromáticas, mais ou menos caricaturais, como a que se pode ver mais abaixo e as que se puderam observar nos coelhos, de várias cores, exibidos na exposição acima mencionada.
(http://halotuga.blogs.sapo.pt/tag/milou)
Este fox terrier em porcelana, com cerca de 5 cm. de altura, não ostenta qualquer marca visível da EC, mas apresenta incisa a numeração E-43, que corresponde ao registo habitual desta fábrica. Curiosamente, apresenta ainda na base, a lápis, o seu preço de venda – 6$00.
Como se sabe, a figura mais célebre de um fox terrier teve origem na banda desenhada, através de Milou, o fiel companheiro de Tintin, personagens estas criadas por Hergé (pseudónimo de Georges Remi, 1907-1983).
No final da década de 1940 já haviam sido publicados 14 diferentes álbuns de Tintin, pelo que é possível que esta figura do Candal procurasse associar-se à imagem de sucesso daquela personagem.
Aproveita-se ainda a oportunidade para divulgar um espaço, da autoria de uma antiga trabalhadora da fábrica, Maria da Conceição Costa, dedicado exclusivamente às peças do Candal: http://detalhesceramicos.blogspot.pt/.
© MAFLS
Prato fundo (de sopa) formato Espiga com o motivo 1227 estampado no centro, e decoração aerografada no rebordo, sob o vidrado.
© MAFLS