Memórias e Arquivos da Fábrica de Loiça de Sacavém

Setembro 01 2024

 

Jarra, com cerca de 25,2 cm. de altura, produzida na empresa francesa de Clément Massier (1845-1917).

 

Esta peça apresenta os característicos escorridos presentes em muita das obras de Clément e dos seus familiares (https://mfls.blogs.sapo.pt/tag/massier) os quais, no entanto, não eram exclusivos da família Massier.

 

Na verdade, seguindo, aliás, uma arcaica característica do vidrado da cerâmica popular, inúmeras fábricas europeias e americanas optaram por introduzir esta decoração no final do século XIX e início do século XX, incluindo a fábrica fundada nas Caldas da Rainha por Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905).

 

Do mesmo modo, o formato, com mais ou menos variantes, é também comum a vidros e peças cerâmicas produzidas em diversas fábricas europeias, ao longo das últimas décadas do século XIX e primeiras do século seguinte, seja na finlandesa Arabia (https://mfls.blogs.sapo.pt/211277.html), seja na portuguesa Fonte Nova (https://mfls.blogs.sapo.pt/263528.html).

 

 

 

 

© MAFLS

publicado por blogdaruanove às 01:01

Setembro 01 2023

 

 

Pequena jarra, com cerca de 11,2 cm. de altura, produzida em França, na oficina de Clément Massier (1845-1917).

 

O formato desta peça evoca motivos vegetalistas estilizados, como a germinação de um bolbo, inserindo-se assim naquela que viria a ser umas das linhas de força da gramática Arte Nova, desenvolvida em finais do século XIX e consagrada através das célebres peças comercializadas por Samuel Bing (1838-1905), a partir de 1895, na sua Maison de l'Art Nouveau.

 

Veja-se outra jarra da autoria de Clément Massier, e alguns dados sobre a produção cerâmica da família, aqui: https://mfls.blogs.sapo.pt/twelve-days-in-twelve-hours-vii-334298.

 

 

 

© MAFLS

publicado por blogdaruanove às 21:30

Setembro 01 2014

 

Jarra em faiança, com cerca de 29,8 cm. de altura, ostentando as iniciais C. M., correspondentes ao consagrado ceramista francês Clément Massier (1845-1917).

 

A oficina de Massier, situada em Golfe-Juan, localidade que pertence à célebre comuna de Vallauris, nos Alpes-Maritimes, foi um notável centro de formação cerâmica (http://www.vallauris-golfe-juan.fr/La-famille-Massier.html?lang=fr).

 

Os Massier foram um família de ceramistas, dos quais, para além de Clément, se celebrizaram ainda seu irmão Delphin (1836-1907) e seu primo Jérôme (1850-1916), que deram continuidade a uma tradição que já vinha do pai dos dois primeiros, Jacques (1806-1871) e do avô deste, Pierre (1707-1748).

 

A partir da última década do século XIX, a obra de Clément celebrizou-se quer pela modelação escultórica das suas peças quer ainda, e principalmente, pelo acabamento irisado dos seus vidrados, aclamados a partir da Exposição Universal de 1889. 

 

     

Acima, à direita, uma jarra da fábrica de Sarreguemines, com cerca de 28,4 cm. de altura, apresentando também retoques a ouro.

Comparando lado a lado estes dois formatos contemporâneos, torna-se bem evidente a acentuada elegância da peça modelada por Massier.

 

A sua oficina tornou-se então um consagrado centro de formação, por onde passaram inúmeros grandes ceramistas como François (1850-1942) e Jacques Sicard (1865-1923; cf. http://mfls.blogs.sapo.pt/213887.html), Jean-Baptiste Gaziello (1871-1957; cf. http://mfls.blogs.sapo.pt/277167.html), ou Jean Barol (1873-1966), os quais divulgaram e criaram variantes do famoso vidrado inicialmente desenvolvido na oficina daquele mestre.

 

Tal vidrado recorda claramente os vidrados microcristalinos de mais algumas fábricas, como a Sarreguemines (http://mfls.blogs.sapo.pt/tag/sarreguemines), e não deixa de remeter para o irisado que haveria de vir a consagrar a produção da famosa fábrica húngara Zsolnay.

 

Esta jarra, embora apresente um aspecto irisado, não teve aplicação daquele afamado vidrado, antes combinou camadas de diferentes tonalidades com a aplicação de ouro, que também foi usado para assinar e marcar a peça, para obter este efeito. 

 

Note-se ainda a sugestão escultórica do formato de inspiração vegetalista, enquadrável no movimento Art Nouveau, que ora remete para o aspecto de um bolbo a rebentar ora para o perfil de algumas florescências.

 

     

 

© MAFLS

publicado por blogdaruanove às 12:09

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