Lápide em mármore, com medalhão em bronze, alusiva ao cavaleiro tauromáquico Joaquim José Antunes Correia (16 de Outubro de 1945 - 16 de Outubro de 1966), que se encontra na fachada do prédio número 30 da Rua União Piedense, na Cova da Piedade.
A propósito de uma escultura equestre anteriormente aqui apresentada (http://mfls.blogs.sapo.pt/178039.html), foi-nos colocada a questão de esta poder representar o cavaleiro Joaquim José Correia, sobrinho do escultor e consagrado modelador da FLS Armando Mesquita (1907-1982), sendo também questionada a autoria da mesma.
Conforme foi então referido, uma fotografia existente no CDMJA e exibida na exposição Percurso Documental pelos Artistas da Fábrica de Loiça de Sacavém, realizada no MCS em 2007, atribui a sua autoria a Clariano Casquinha da Costa (1929-2013; activo na FLS durante as décadas de 1950 e 1960) e não a Armando Mesquita.
Lamentavelmente, não se conhecem quaisquer declarações, qualquer iconografia, qualquer catalogação ou qualquer documentação, sequer, que permitam fazer coincidir a figura desta estatueta com a identidade de algum cavaleiro tauromáquico em particular.
No entanto, o simples facto de esta peça já aparecer referenciada no catálogo de 1960 torna muito improvável que possa representar alguém como Joaquim José Correia, que nessa data não tinha mais de quinze anos e que apenas recebeu a alternativa de cavaleiro em Abril de 1965.
Talvez os descendentes de Clariano Casquinha da Costa, que recentemente criaram uma página para homenagear a memória e a obra de seu pai (https://www.facebook.com/ClarianoCasquinhaDaCosta), possam oportunamente confirmar a sua autoria e esclarecer aspectos relativos a essa hipotética identidade.
Após o falecimento de Joaquim José Correia, o fado Tarde Triste no Campo Pequeno (Orfeu, 1967), com letra de José Guimarães (1930-2007; http://fadocanto.blogspot.pt/2008/08/jos-guimares-letrista.html) e música de Resende Dias (António Martins da Silva Dias, 1916-1992; http://resendedias.wordpress.com/), veio evocar esse evento (http://www.almadaintemporal.net/index.php/cultura/gentes-de-almada/117-joaquim-jose-correia).
Uma emocionante versão desse fado, a original, na voz da consagrada fadista Lenita Gentil (Maria Helena Gentil do Carmo, n. 1948), pode ser ouvida aqui: http://www.youtube.com/watch?v=QA_vmPaeL6E.
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