Pequena jarra, com cerca de 14,2 cm. de altura, em faiança de Sarreguemines, França.
Integrado numa série de vidrados microcristalinos que evocavam a vulcanologia, com designações como Etna ou Vesuve, este exemplar com um fundo verde remete ainda para a cor do absinto, bebida tão em voga no final do século XIX.
Ao contrário do que é comum na maioria das peças conhecidas, este exemplar encontra-se assinado "VAL", a prateado sobre o vidrado, numa secção bem visível do seu corpo, o que leva a supôr que a jarra terá sido complementada com uma estrutura metálica envolvente, a que corresponderá esta assinatura.
Jarra D'Argyl, com cerca de 19,2 cm. de altura, em vidro gravado a ácido e à roda, apresentando ainda pintura a esmalte. O motivo aqui apresentado, folhas, flores e botões de eucalipto, embora menos comum nas decorações vegetalistas Art Nouveau, surge também em vidro artístico de outras empresas consagradas, como a de Emile Gallé (1846-1904).
Muito provavelmente esta assinatura está ligada às produções de Eugène Val (1880-1940), ourives e metalúrgico parisiense conhecido por colaborar nas produções cerâmicas de Louis Dage (1885-1963; veja-se uma peça cerâmica, assinada pelos dois, aqui: https://mfls.blogs.sapo.pt/212025.html.) e pela sua ligação à empresa D'Argyl, que comercializaria vidros assim assinados a partir de 1928.
Vejam-se algumas outras peças de Sarreguemines, e pequenos textos sobre a história da fábrica, aqui: https://mfls.blogs.sapo.pt/tag/sarreguemines.
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