Memórias e Arquivos da Fábrica de Loiça de Sacavém

Setembro 01 2023

 

 

Duas pequenas jarras, acima com cerca de 13 cm. de altura, abaixo com cerca de 14 cm. de altura, produzidas em França, nas oficinas dos irmãos Mougin.

 

Tal como foi referido a propósito de uma outra jarra da mesma proveniência, apresentada já hoje, estas duas peças inserem-se num período de pequenas modelações, umas mais contidas e depuradas, outras mais exuberantes na sua matéria e no seu vidrado.

 

 

 

Note-se como esta última jarra apresenta um diferente pasta e um vidrado que a aproxima da gramática nipónica da cerâmica aparentemente mais rude e evocativa da terra e das formas naturais, remetendo ainda para as erupções vulcânicas na sua borbulhante rugosidade.

 

Note-se, também, como as duas peças estão assinadas por Joseph Mougin, embora a última não refira a oficina de Nancy, o que, apesar da numeração mais alta, pode indiciar que é uma peça anterior à desloção dos irmãos para essa cidade.

 

 

© MAFLS

publicado por blogdaruanove às 19:30

Setembro 01 2023

  

 

Escultura representando um lúcio, com cerca de 8,3 x 37 x 5,8 cm., em grés da fábrica francesa Rambervillers.

 

Esta peça aparece referenciada pela primeira vez no catálogo de 1920, sob o número 486, sendo a autoria do original atribuída a Charles Virion (1865-1946), consagrado escultor de figuras animais que teve extensa colaboração com a Rambervillers.

 

Veja-se uma outra representação deste peixe, numa versão, muito provavelmente posterior, da fábrica sueca Rörstrand, aqui: https://mfls.blogs.sapo.pt/278339.html.

 

  

 

© MAFLS

publicado por blogdaruanove às 15:30

Setembro 01 2023

 

 

Pequena jarra, com cerca de 10,2 cm. de altura, produzida em grés na oficina francesa de Gilbert Méténier.

 

Uma vez mais, esta peça ilustra as nuances do vidrado azul de Gannat, desta vez combinadas com uma gama de tonalidades ocres que remetem ora para alguns tons vegetais da natureza, ora para os diversos tons de algumas pastas cerâmicas. 

 

 

 

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publicado por blogdaruanove às 11:30

Setembro 01 2023

 

 

Pequena jarra, com cerca de 9,6 cm. de altura, em grés da oficina dos irmãos Mougin (Joseph, 1876-1961; Pierre, 1880-1955), Nancy, França.

 

Esta peça, assinada por Joseph, ilustra um período correspondente a uma modelação de pequenas dimensões, contida e depurada, onde subtis reentrâncias, depressões ou concavidades impressas na pasta se associam a um vidrado ora complementar dessas subtilezas, nas suas nuances microcristalinas, ora constrastante, nas suas erupções rugosas, borbulhantes e quase magmáticas.

 

Perpassa por esta jarra uma certa influência do japonisme que vinha do século XIX, nas suas dimensões, no seu despojamento e na inesperada combinação cromática assente na pulverização de minúsculos e discretos pigmentos cor-de-rosa sobre as intensas tonalidades azuis do vidrado.

 

Vejam-se mais algumas peças Mougin, e alguma informação sobre a fábrica e os seus colaboradores, aqui: https://mfls.blogs.sapo.pt/277995.html

 

 

 

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publicado por blogdaruanove às 09:30

Setembro 01 2023

 

 

Pequena escultura, com cerca de 8,8 x 12,8 cm., não marcada mas indubitavelmente em grés de Rambervillers, França.

 

Representando uma raposa-do-deserto, ou feneco, esta peça surge referenciada pela primeira vez no catálogo de 1952, sob o número 706, o que significa que o modelo original terá sido criado entre 1931, a data do catálogo anterior, e aquele ano.

 

Atendendo às ligações coloniais de França com o norte de África, onde esta espécie tem um dos seus habitats, às grandes exposições realizadas em França, nos anos de 1931 e 1937, e aos acontecimentos geo-políticos subsequentes, é muito provável que o original desta peça tenha sido modelado antes do eclodir da II Guerra Mundial.

 

Vejam-se outras peças de Rambervillers, e alguma informação sobre a sua produção, aqui: https://mfls.blogs.sapo.pt/tag/rambervillers .

 

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publicado por blogdaruanove às 07:30

Setembro 01 2023

 

 

Jarra em faiança, com cerca de 20,6 cm. de altura, não assinada mas muito provavelmente produzida em França por um dos membros da célebre família Massier.

 

O formato vegetalista estilizado, com subtis reentrâncias modeladas no corpo da peça, o vidrado escorrido, a pasta cerâmica e as diversas tonalidades de verde são consistentes com a produção Massier.

 

Entre outras obras associadas à produção da família Massier, e à sua vasta influência nas técnicas e vidrados de diversos ceramistas europeus e americanos, veja-se uma peça de Jérôme Massier (1850-1926) aqui: https://mfls.blogs.sapo.pt/midsummer-nights-dreams-i-430852.

 

 

 

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publicado por blogdaruanove às 05:30

Setembro 01 2023

  

 

Jarra em grés, com cerca de 14,6 cm. de altura, produzida em França por Gilbert Méténier (1876-d. 1940).

 

Entre as várias tonalidades de azul presentes nesta peça, predomina um azul que celebrizou esta oficina e se designou como azul de Gannat, a localidade onde Méténier produzia a sua cerâmica.

 

Embora as peças produzidas em Gannat tenham como imagem de marca um vidrado escorrido, que se encontrava na tradição cerâmica de vários centros oleiros, desde a Europa até ao Médio Oriente e ao Japão, e marcou muita da produção europeia do período Art Nouveau, a verdade é que, formalmente, muita da cerâmica de Méténier se pode inserir numa aproximação depurada ao gosto Art Déco.

 

 

 

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publicado por blogdaruanove às 03:30

Setembro 01 2023

 

 

Pequena jarra, com cerca de 9,8 cm. de altura, decorada com motivos alusivos a uvas e parras, em relevo, e produzida em Montières, Amiens.

 

Embora a fábrica Montières tenha sido fundada já em 1915, esta peça traduz ainda um espírito Art Nouveau, quer no seu formato e no tratamento do motivo vegetalista, quer na iridiscência do seu vidrado.

 

Veja-se outra jarra, e consultem-se mais alguns dados sobre esta oficina, aqui: https://mfls.blogs.sapo.pt/the-twelve-days-of-christmas-viii-394823.

 

 

 

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publicado por blogdaruanove às 01:30

Setembro 01 2022

 

Pequena jarra em grès, com cerca de 13,2 cm. de altura, apresentando a marca do consagrado ceramista francês Alexandre Bigot (1862-1927).

 

Inicialmente formado em física e química, Bigot interessou-se pela cerâmica a partir de 1889, ano em que visitou a Exposição Universal e se deixou cativar pela cerâmica oriental aí exibida.

 

Posteriormente, veio a colaborar com o célebre arquitecto Hector Guimard (1867-1942), colaboração que veio consolidar o seu percurso na integração da cerâmica em projectos arquitectónicos e o elevou à categoria de  um dos maiores expoentes na área.

 

Em 1900 recebeu um Grand Prix na Exposição Universal, distinção que consagrou definitivamente o seu percurso, levando-o a colaborar com muitos outros arquitectos, particularmente no auge do período Art Nouveau.

 

Note-se como esta peça apresenta uma estrutura em estanho, representando lírios estilizados, que acentua a sua origem francesa através da evocação do símbolo nacional que é a fleur-de-lis.

 

 

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publicado por blogdaruanove às 18:01

Setembro 01 2022

 

Jarra em porcelana, com cerca de 19,5 cm. de altura, apresentando uma aplicação de latão com inspiração floral estilizada de origem oriental.

 

Embora esta peça não se encontre marcada, o seu vidrado azul cobalto e a sua qualidade permitem especular sobre a sua origem, que poderá corresponder provavelmente à produção do ceramista francês Paul Milet (1870-1950).

 

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publicado por blogdaruanove às 06:01

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