Memórias e Arquivos da Fábrica de Loiça de Sacavém

Setembro 01 2024

 

Jarra, com cerca de 18,3 cm. de altura, em grés da fábrica francesa Rambervillers.

 

Ostentando os característicos vidrados metalizados desta empresa, aqui em tons de azul, verde e bronze, esta peça evoca uma forma vegetal, ou um fruto, num tratamento que se afasta do estilo Art Nouveau.

 

Com efeito, esta forma mais estática e geométrica traduz já a adopção transicional de uma híbrida gramática que se aproxima de algumas abordagens Art Déco, através das arestas suavizadas e das diferentes secções da sua volumetria.

 

 

 

 

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publicado por blogdaruanove às 14:01

Setembro 01 2024

 

Jarra, com cerca de 26,7 cm. de altura, em grés da fábrica francesa Denbac.

 

Este formato, através da torção, fluidez sinuosa e repuxado das suas excrescências, que sugerem simultaneamente uma origem vegetal da forma e um harmonioso movimento, ilustra uma das mais interessantes e bem conseguidas peças Art Nouveau desta empresa.

 

 

 

 

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publicado por blogdaruanove às 10:01

Setembro 01 2024

 

Jarra, com cerca de 25,2 cm. de altura, produzida na empresa francesa de Clément Massier (1845-1917).

 

Esta peça apresenta os característicos escorridos presentes em muita das obras de Clément e dos seus familiares (https://mfls.blogs.sapo.pt/tag/massier) os quais, no entanto, não eram exclusivos da família Massier.

 

Na verdade, seguindo, aliás, uma arcaica característica do vidrado da cerâmica popular, inúmeras fábricas europeias e americanas optaram por introduzir esta decoração no final do século XIX e início do século XX, incluindo a fábrica fundada nas Caldas da Rainha por Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905).

 

Do mesmo modo, o formato, com mais ou menos variantes, é também comum a vidros e peças cerâmicas produzidas em diversas fábricas europeias, ao longo das últimas décadas do século XIX e primeiras do século seguinte, seja na finlandesa Arabia (https://mfls.blogs.sapo.pt/211277.html), seja na portuguesa Fonte Nova (https://mfls.blogs.sapo.pt/263528.html).

 

 

 

 

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publicado por blogdaruanove às 01:01

Setembro 01 2023

 

 

Pequena jarra, com cerca de 11,2 cm. de altura, produzida em França, na oficina de Clément Massier (1845-1917).

 

O formato desta peça evoca motivos vegetalistas estilizados, como a germinação de um bolbo, inserindo-se assim naquela que viria a ser umas das linhas de força da gramática Arte Nova, desenvolvida em finais do século XIX e consagrada através das célebres peças comercializadas por Samuel Bing (1838-1905), a partir de 1895, na sua Maison de l'Art Nouveau.

 

Veja-se outra jarra da autoria de Clément Massier, e alguns dados sobre a produção cerâmica da família, aqui: https://mfls.blogs.sapo.pt/twelve-days-in-twelve-hours-vii-334298.

 

 

 

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publicado por blogdaruanove às 21:30

Setembro 01 2023

 

 

Duas pequenas jarras, acima com cerca de 13 cm. de altura, abaixo com cerca de 14 cm. de altura, produzidas em França, nas oficinas dos irmãos Mougin.

 

Tal como foi referido a propósito de uma outra jarra da mesma proveniência, apresentada já hoje, estas duas peças inserem-se num período de pequenas modelações, umas mais contidas e depuradas, outras mais exuberantes na sua matéria e no seu vidrado.

 

 

 

Note-se como esta última jarra apresenta um diferente pasta e um vidrado que a aproxima da gramática nipónica da cerâmica aparentemente mais rude e evocativa da terra e das formas naturais, remetendo ainda para as erupções vulcânicas na sua borbulhante rugosidade.

 

Note-se, também, como as duas peças estão assinadas por Joseph Mougin, embora a última não refira a oficina de Nancy, o que, apesar da numeração mais alta, pode indiciar que é uma peça anterior à desloção dos irmãos para essa cidade.

 

 

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publicado por blogdaruanove às 19:30

Setembro 01 2023

  

 

Escultura representando um lúcio, com cerca de 8,3 x 37 x 5,8 cm., em grés da fábrica francesa Rambervillers.

 

Esta peça aparece referenciada pela primeira vez no catálogo de 1920, sob o número 486, sendo a autoria do original atribuída a Charles Virion (1865-1946), consagrado escultor de figuras animais que teve extensa colaboração com a Rambervillers.

 

Veja-se uma outra representação deste peixe, numa versão, muito provavelmente posterior, da fábrica sueca Rörstrand, aqui: https://mfls.blogs.sapo.pt/278339.html.

 

  

 

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publicado por blogdaruanove às 15:30

Setembro 01 2023

 

 

Pequena jarra, com cerca de 14,2 cm. de altura, em faiança de Sarreguemines, França.

 

Integrado numa série de vidrados microcristalinos que evocavam a vulcanologia, com designações como Etna ou Vesuve, este exemplar com um fundo verde remete ainda para a cor do absinto, bebida tão em voga no final do século XIX.

 

Ao contrário do que é comum na maioria das peças conhecidas, este exemplar encontra-se assinado "VAL", a prateado sobre o vidrado, numa secção bem visível do seu corpo, o que leva a supôr que a jarra terá sido complementada com uma estrutura metálica envolvente, a que corresponderá esta assinatura.

 

Jarra D'Argyl, com cerca de 19,2 cm. de altura, em vidro gravado a ácido e à roda, apresentando ainda pintura a esmalte. O motivo aqui apresentado, folhas, flores e botões de eucalipto, embora menos comum nas decorações vegetalistas Art Nouveau, surge também em vidro artístico de outras empresas consagradas, como a de Emile Gallé (1846-1904).

 

 

Muito provavelmente esta assinatura está ligada às produções de  Eugène Val (1880-1940), ourives e metalúrgico parisiense conhecido por colaborar nas produções cerâmicas de Louis Dage (1885-1963; veja-se uma peça cerâmica, assinada pelos dois, aqui: https://mfls.blogs.sapo.pt/212025.html.) e pela sua ligação à empresa D'Argyl, que comercializaria vidros assim assinados a partir de 1928.

 

Vejam-se algumas outras peças de Sarreguemines, e pequenos textos sobre a história da fábrica, aqui: https://mfls.blogs.sapo.pt/tag/sarreguemines.

 

 

 

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publicado por blogdaruanove às 13:30

Setembro 01 2023

 

 

Pequena jarra, com cerca de 10,2 cm. de altura, produzida em grés na oficina francesa de Gilbert Méténier.

 

Uma vez mais, esta peça ilustra as nuances do vidrado azul de Gannat, desta vez combinadas com uma gama de tonalidades ocres que remetem ora para alguns tons vegetais da natureza, ora para os diversos tons de algumas pastas cerâmicas. 

 

 

 

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publicado por blogdaruanove às 11:30

Setembro 01 2023

 

 

Pequena jarra, com cerca de 9,6 cm. de altura, em grés da oficina dos irmãos Mougin (Joseph, 1876-1961; Pierre, 1880-1955), Nancy, França.

 

Esta peça, assinada por Joseph, ilustra um período correspondente a uma modelação de pequenas dimensões, contida e depurada, onde subtis reentrâncias, depressões ou concavidades impressas na pasta se associam a um vidrado ora complementar dessas subtilezas, nas suas nuances microcristalinas, ora constrastante, nas suas erupções rugosas, borbulhantes e quase magmáticas.

 

Perpassa por esta jarra uma certa influência do japonisme que vinha do século XIX, nas suas dimensões, no seu despojamento e na inesperada combinação cromática assente na pulverização de minúsculos e discretos pigmentos cor-de-rosa sobre as intensas tonalidades azuis do vidrado.

 

Vejam-se mais algumas peças Mougin, e alguma informação sobre a fábrica e os seus colaboradores, aqui: https://mfls.blogs.sapo.pt/277995.html

 

 

 

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publicado por blogdaruanove às 09:30

Setembro 01 2023

 

 

Pequena escultura, com cerca de 8,8 x 12,8 cm., não marcada mas indubitavelmente em grés de Rambervillers, França.

 

Representando uma raposa-do-deserto, ou feneco, esta peça surge referenciada pela primeira vez no catálogo de 1952, sob o número 706, o que significa que o modelo original terá sido criado entre 1931, a data do catálogo anterior, e aquele ano.

 

Atendendo às ligações coloniais de França com o norte de África, onde esta espécie tem um dos seus habitats, às grandes exposições realizadas em França, nos anos de 1931 e 1937, e aos acontecimentos geo-políticos subsequentes, é muito provável que o original desta peça tenha sido modelado antes do eclodir da II Guerra Mundial.

 

Vejam-se outras peças de Rambervillers, e alguma informação sobre a sua produção, aqui: https://mfls.blogs.sapo.pt/tag/rambervillers .

 

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publicado por blogdaruanove às 07:30

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