Memórias e Arquivos da Fábrica de Loiça de Sacavém

Setembro 01 2023

  

 

Escultura representando um lúcio, com cerca de 8,3 x 37 x 5,8 cm., em grés da fábrica francesa Rambervillers.

 

Esta peça aparece referenciada pela primeira vez no catálogo de 1920, sob o número 486, sendo a autoria do original atribuída a Charles Virion (1865-1946), consagrado escultor de figuras animais que teve extensa colaboração com a Rambervillers.

 

Veja-se uma outra representação deste peixe, numa versão, muito provavelmente posterior, da fábrica sueca Rörstrand, aqui: https://mfls.blogs.sapo.pt/278339.html.

 

  

 

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publicado por blogdaruanove às 15:30

Setembro 01 2023

 

 

Prato em grés, com cerca de 28,1 cm. de diâmetro, apresentando decoração da autoria do consagrado ceramista Jorge Mealha (1934-2021).

 

Note-se como este motivo estilizado se poderá integrar numa série a que pertencerá um outro exemplar, já aqui apresentado: https://mfls.blogs.sapo.pt/outras-fabricas-outras-loicas-cdlxv-430171.

 

 

 

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publicado por blogdaruanove às 15:01

Setembro 01 2023

 

 

Caixa, com cerca de 7,6 cm. de altura e 14 cm. de diâmetro, em grés da fábrica Devica, Viana do Castelo.

 

A produção em grés da Devica, sedeada em Alvarães, na margem esquerda do rio Lima, surge na linha de uma tradição, de emprego desta pasta para objectos decorativos e utilitários, que já havia sido seguida pela fábrica Campos & Filhos, originalmente de Aveiro mas com uma unidade produtiva na mesma localidade.

 

Fundada cerca de 1970 por Álvaro Rocha (datas desconhecidas), esta fábrica marcou, com a sua produção, um contraponto à conhecida cerâmica de pasta branca, a porcelana de Viana celebrizada na segunda metade do século XX, e à cerâmica que posteriormente viria a ser produzida na ALFE, criada em 1974, e na Vianagrés, criada em 1986.

 

 

 

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Setembro 01 2023

 

 

Pequena jarra, com cerca de 10,2 cm. de altura, produzida em grés na oficina francesa de Gilbert Méténier.

 

Uma vez mais, esta peça ilustra as nuances do vidrado azul de Gannat, desta vez combinadas com uma gama de tonalidades ocres que remetem ora para alguns tons vegetais da natureza, ora para os diversos tons de algumas pastas cerâmicas. 

 

 

 

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Setembro 01 2023

  

 

Jarra em grés, com cerca de 14,6 cm. de altura, produzida em França por Gilbert Méténier (1876-d. 1940).

 

Entre as várias tonalidades de azul presentes nesta peça, predomina um azul que celebrizou esta oficina e se designou como azul de Gannat, a localidade onde Méténier produzia a sua cerâmica.

 

Embora as peças produzidas em Gannat tenham como imagem de marca um vidrado escorrido, que se encontrava na tradição cerâmica de vários centros oleiros, desde a Europa até ao Médio Oriente e ao Japão, e marcou muita da produção europeia do período Art Nouveau, a verdade é que, formalmente, muita da cerâmica de Méténier se pode inserir numa aproximação depurada ao gosto Art Déco.

 

 

 

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Setembro 01 2022

 

Prato em grés, com cerca de 28,2 cm. de diâmetro, apresentando decoração da autoria do consagrado ceramista Jorge Mealha (1934-2021).

 

Veja-se como o artista tratou um motivo estilizado, que poderia ser vulgar, com um pequeno detalhe original, alterando assim a percepção da realidade ao vazar o fundo dos cinco troncos das árvores que se encontram em primeiro plano.

 

 

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publicado por blogdaruanove às 16:01

Setembro 01 2022

 

Grande jarra em grés, com cerca de 37,8 cm. de altura, da fábrica francesa Denbac.

 

Estamos perante uma das icónicas jarras desta fábrica que ilustra perfeitamente uma harmoniosa interpretação das opções da gramática Art Nouveau.

 

Note-se, ainda, como a opção escultórica de fazer brotar do corpo da peça as três asas lhe confere um certo sentido vegetalista e a aproxima formalmente de uma opção semelhante, embora bem menos estilizada e bem mais curvilínea, exemplificada no gomil de Jérôme Massier (1850-1926) já hoje apresentado.

 

 

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publicado por blogdaruanove às 14:01

Setembro 01 2021

 

Jarra em grés, com cerca de 23,8 cm. de altura,  produzida recentemente pelo ceramista algarvio Ricardo Lopes (datas desconhecidas).

 

Note-se como este vidrado evoca o efeito do bronze patinado, um revestimento característico também da produção de início do século XX da fábrica francesa Denbac, e o formato evoca centenários modelos orientais, os quais foram também recuperados pela cerâmica escandinava de autor em meados do século passado.

 

 

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publicado por blogdaruanove às 09:01

Setembro 01 2019

 

Duas pequenas peças em grés fino que ilustram as tendências da produção cerâmica portuguesa actual.

 

Em cima, uma taça com cerca de 6,8 cm. de altura e cerca de 10 cm. de diâmetro, em baixo, uma taça com cerca de 6,5 cm. de altura e cerca de 11,6 cm. de diâmetro.

 

As tendências minimalistas e orientalizantes, que traduzem também uma diversificada aproximação gastronómica nos recentes hábitos alimentares portugueses, têm-se multiplicado na produção cerâmica, originando não só uma consistente opção pelo corpo cerâmico em grés como uma multiplicidade de empresas que apostam na sua comercialização.

 

A Ceramirupe, fundada em 1987 (https://ceramirupe.com), a Costa Nova (https://www.costanova.pt/pt/) e a própria Vista Alegre, que recuperou a marca Casa Alegre para comercializar a sua produção nesta pasta cerâmica, são algumas das empresas que se destacam nesta produção.

 

 

A gramática oriental dos vidrados microcristalinos como decoração principal, na linha do revivalismo de um gosto que já tinha surgido na cerâmica europeia de finais do século XIX, enuncia-se aqui no apelo exercido pela subtileza de suaves combinações cromáticas criadas pelos escorridos (recordem-se os escorridos bordalianos das Caldas da Rainha), que no primeiro exemplar é ainda complementado pela decoração em relevo da pasta cerâmica.

 

Nenhuma destas duas peças se encontra marcada, embora a primeira apresente as referências internas de cozedura que se reproduzem abaixo, mas são certamente exemplares produzidos no eixo cerâmico estabelecido ao longo das zonas industriais das Caldas da Rainha, Alcobaça, Leiria, Pombal e Aveiro.

 

 

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Dezembro 30 2016

 

Jarra em grés, com cerca de 24,8 cm. de altura, produzida pela fábrica francesa Rambervillers.

 

Este modelo surgiu pela primeira vez no catálogo de 1920 e, com excepção do azul metalizado característico da empresa, apresenta tonalidades esverdeadas similares a algumas das que surgem, na mesma época, nos vidrados escorridos da fábrica americana Fulper (http://mfls.blogs.sapo.pt/the-twelve-days-of-christmas-ii-339668).

 

Também os elementos verticais, que ora evocam uma estranha estilização vegetal truncada ora adornos metálicos repuxados ao gosto Arts & Crafts, surgem de forma similar, mas desenvolvendo-se a partir da base, em alguns formatos daquela empresa americana.

 

 

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