Jarra, com cerca de 9,8 cm. de altura, em barro vermelho da Olarte, Faro.
Mais uma peça de uma oficina, recente ou das últimas décadas, sobre a qual ainda não foi possível obter qualquer informação.
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Jarra, com cerca de 9,8 cm. de altura, em barro vermelho da Olarte, Faro.
Mais uma peça de uma oficina, recente ou das últimas décadas, sobre a qual ainda não foi possível obter qualquer informação.
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Jarra, com cerca de 17,3 cm. de altura, em terracota pintada.
Não ostentando qualquer marca, ou etiqueta de origem, esta peça coloca certas dificuldades para a identificação da sua origem, embora seja possível que tenha sido produzida na região de Barcelos ou na região de Coimbra.
Obviamente, segue modelos característicos da fábrica Aleluia, de Aveiro, a qual, por sua vez, importara uma parte significativa da sua gramática modernista de algumas fábricas estrangeiras.
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Jarra em porcela da Vista Alegre, produzida no período de 1947 a 1968 e com cerca de 24,5 cm. de altura, ostentando combinação cromática e decoração floral evocativas da gramática e estética características da famosa fábrica francesa de Sèvres.
A decoração floral, executada manualmente, quer na composição multicromática quer nos complementos a dourado, é realçada pelo fundo branco envolvido por um azul que abdicada da tonalidade proporcionada pelo tradicional e prestigiado tom, mais escuro, do azul cobalto de Sèvres, criado cerca de 1778, para recuperar um mais claro e muito prestigiado azul celeste, conhecido como azul antigo (bleu ancien), que combina cobalto, cobre, potássio e sódio, introduzido cerca de 1753.

Uma jarra com formato e dimensões similares, mas com diferente decoração e do período imediatamente anterior (1922-1947), que ilustrou o convite para a inauguração da exposição Portuguese Ceramics in the Art Deco Period, realizada nos EUA, em 2005, pode ser vista aqui: https://mfls.blogs.sapo.pt/72873.html.
Curiosamente, considerando a mudança do escudo para o euro e a sua equivalência, estas duas jarras tiveram um custo semelhante, embora a anterior tenha sido adquirida em 1988, numa loja que sobreviveu ao incêndio do Chiado, em Lisboa, e a actual tenha sido adquirida durante o corrente ano de 2023, também numa loja de Lisboa.

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Pequena jarra, com cerca de 17,4 cm. de altura e sem marca visível, de possível fabrico das Caldas da Rainha.
A decoração desta peça recorre a um processo de combinação de esmaltes, que evoca as guardas de papel jaspeado ou marmoreado de inúmeros livros do século XIX, também patente na produção cerâmica não vidrada da fábrica americana Niloak.

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Jarra, ou jarro, em porcelana concebida pelo consagrado arquitecto Álvaro Siza Vieira (n. 1933).
Esta peça surgiu no âmbito de um projecto da empresa portuense Sátira, denominado minimalanimal, que foi organizado pelo designer Pedro Sottomayor (n. 1973; cf. http://www.pedrosottomayor.com/).
O projecto promoveu no ano 2000 um workshop à distância que resultou na criação de 21 peças em cerâmica, de diversos autores nacionais e internacionais, entre os quais se contam os arquitectos Siza Vieira e Eduardo Souto de Moura (n. 1952).
Produzidas entre 2001 e 2003, estas 21 peças constituem a totalidade da série minimalanimal, que pretendia traduzir o racional (minimal) e o emocional (animal) na aproximação à cerâmica.

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Fotografia de uma jarra formato 3, conforme se pode verificar no catálogo já aqui reproduzido: http://mfls.blogs.sapo.pt/123502.html, apresentando uma decoração que parece ser constituída, na base, por um motivo floral ao estilo Art Déco.
Veja-se um outro exemplar com este formato, mas diferente decoração, aqui: http://mfls.blogs.sapo.pt/24298.html.
A reprodução desta fotografia é uma cortesia do Museu de Cerâmica de Sacavém / Centro de Documentação Manuel Joaquim Afonso.
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Pequena jarra com decoração dourada, alusiva ao cristianismo, aplicada sobre o vidrado. Jarras assim decoradas conhecem-se em diferentes tamanhos, sendo destinadas aos altares de igrejas ou capelas, ou ainda aos oratórios privados de diversas casas.
A mancha que surge na base ilustra uma outra questão complementar à discussão que tem surgido aqui sobre a diversa terminologia aplicável a uma determinada peça. Neste caso a denominação poderia ser canudo, jarra, solitário, mas o facto é que a mancha surgiu porque à peça foi dada uma função diferente, a de porta-canetas.
Como se sabe, estas alterações pragmáticas da função inicialmente determinada para uma peça são vulgares, sendo conhecidos na cerâmica casos em que pires e saleiros são utilizados como cinzeiros, malgas ou tigelas como cachepots, e jarras como recipientes para guardar canetas, lápis ou pincéis.

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Pequena jarra, ou copo, estampada sobre o vidrado com três diferentes imagens de gatos/as.
Note-se como esta imagem é característica das décadas de 1960 e 1970, quer remetendo para passagens de obras como o filme Yellow Submarine (1969), quer evocando o conceito hippie de Flower Power, expressão originalmente criada em 1965 pelo poeta Allen Ginsberg (1926-1997).
De acordo com o comentário reproduzido abaixo, de um especialista do MCS, estes desenhos são da autoria de Maria de Lourdes Castro (n. 1934).

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Jarra, com cerca de 22,6 x 29,8 x 16,2 cm., decorada exclusivamente com um vidrado monocromático verde semi-mate.
Este modelo, que corresponde ao formato 289, surge na tabela de Novembro de 1945 sob esse número e a designação "Vaso oblongo c/ asas", ao preço de 70$00 para " Colorido s/ ouro", surgindo ainda na tabela de Maio de 1951 ao preço de 80$50 para "Côres Mates ou coloridos s/ ouro", mas não surgindo já na tabela de Maio de 1960. Curiosamente, esta jarra não consta do catálogo de formatos de jarras da FLS anteriormente reproduzido: http://mfls.blogs.sapo.pt/123502.html.
Uma outra peça da FLS com este tipo de vidrado, representando um cão Scottish Terrier, pode ser vista aqui: http://mfls.blogs.sapo.pt/23843.html.
O vidrado aqui aplicado evoca claramente um vidrado semelhante anteriormente desenvolvido por Wilhelm Kåge (1889-1960) e pela fábrica sueca Gustavsberg para a sua linha Argenta (cf. http://blogdaruaonze.blogs.sapo.pt/78448.html), o mesmo acontecendo com as linhas depuradas e classicizantes deste formato.
Veja-se uma variante desta jarra, em cor de laranja, publicada por MUONT, aqui: http://modernaumaoutranemtanto.blogspot.pt/2011/12/jarra-de-asas-com-enrolamentos-sacavem.html#links.

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Jarra moldada e pintada à mão, sob o vidrado, sem qualquer marca.
Conhecem-se jarras da fábrica de Massarelos, já do período de administração da C. F. C. Lusitânia/Lufapo (portanto, posteriores a 1936), com formato semelhante a este e a mesma orientação da abertura.
Note-se como esta forma de balaústre proporciona a criação de jarras com abertura em qualquer uma das extremidades, sendo a posição mais comum a inversa desta, que se ilustra abaixo.
Este recurso à inversão de um mesmo formato para criar duas jarras diferentes ocorreu em diversas fábricas, como se pode observar em dois exemplares Art Déco da empresa francesa Denbac: http://blogdaruaonze.blogs.sapo.pt/118998.html e http://blogdaruanove.blogs.sapo.pt/381449.html.

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