Jarra, formato Portugalia 1, posteriormente reclassificado como número 4, pintada à mão sob o vidrado.
O formato Portugalia 1 surge já referido na tabela de Outubro de 1929, sob o número 5, com a indicação de 30 cm. de altura (este exemplar mede 34 cm.) e o preço de 40$00.
Nessa tabela são ainda referenciadas as diversas variantes desta jarra – Portugalia 2, sob o número 7, com 30 cm. de altura; Portugalia 4, sob o número 15, com 20 cm. de altura; Portugalia 3 do 1.º, sob o número 16, com 29 cm. de altura; Portugalia 3 do 2.º, sob o número 16A, com 23 cm. de altura; Portugalia 3 do 3.º, sob o número 16B, com 15 cm. de altura; Portugalia 7, sob o número 24, com 25 cm. de altura; Portugalia 8, sob o número 31, com 15 cm. de altura; e Portugalia 9, sob o número 32, com 11 cm. de altura.
A gramática regionalista destas ilustrações aproxima-se do traço mais caricatural de Jorge Barradas (1894-1971), embora não se conheça qualquer registo de colaboração deste artista com a FLS.
Aproxima-se também do traço regionalista menos estilizado de Piló (Manuel Pilo da Silva, 1905-1988; vejam-se alguns dos seus desenhos mais estilizados em http://blogdaruanove.blogs.sapo.pt/tag/pil%C3%B3), conforme o copo da CIP, assinado e pintado a esmalte, reproduzido abaixo bem ilustra.
Mais uma vez, contudo, não se conhece registo da colaboração de Piló com a FLS.
Existem outros vidros da Marinha Grande de meados do século XX que apresentam pinturas a esmalte tratando cenas regionalistas com traços algo semelhantes aos de esta jarra, particularmente uma jarra patente no Museu do Vidro (cf. http://ww2.cm-mgrande.pt/), embora a sua autoria não possa ser atribuída com segurança.
Note-se que este é, claramente, um traço distinto daquele que Álvaro Mendes Alves (1905-1996) desenvolveu no tratamento de temas regionalistas e folclóricos (cf. http://mfls.blogs.sapo.pt/50463.html).
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