Pequena jarra em faiança, com cerca de 10,4 cm. de altura, marcada Volkmar.
Nascido nos EUA, mas com ascendência alemã, Charles Volkmar (1841-1914) começou por ser um pintor, essencialmente paisagista, que acabou por se consagrar como notável ceramista.
Efectuou estudos de pintura em França, tendo ainda vindo a estagiar, durante a década de 1870, com o célebre Théodore Deck (1823-1891; cf. http://mfls.blogs.sapo.pt/212524.html), e a colaborar na renomada empresa de porcelanas Haviland (cf. http://mfls.blogs.sapo.pt/tag/haviland).
Particularmente apreciado pelos seus azulejos e placas cerâmicas, Volkmar criou também outras peças em que a pintura paisagista marcava o seu estilo decorativo. Do ponto de vista empresarial, teve um percurso atribulado, com participação em inúmeras sociedades, que quase sempre implicaram mudanças dos centros de produção e utilização de diferentes fornos cerâmicos.
Assim, em 1879 começou por estabelecer um forno em Long Island, tendo-se depois transferido, em 1882, para Bronx, sempre no estado de New York. Em 1888 tranferiu-se uma vez mais, agora para Menlo Park, no vizinho estado de New Jersey. Em 1895 mudou novamente de localização, instalando-se desta vez em Brooklyn.
Em 1903, efectuou nova mudança para Metuchen, NJ, onde lançou uma empresa com o seu filho Leon (1879-1959), a qual acabou por ser dissolvida em 1911. Leon passou então a colaborar na recém-constituída Durant Kilns Pottery, empresa que acabou por adquirir em 1924 e manteve, com essa designação, até 1930.
Esta pequena jarra ilustra uma simples decoração escorrida, comum a várias outras cerâmicas, europeias e americanas, do período Art Nouveau, que em Portugal quase sempre está associada à produção de Rafael (1846-1905) e Gustavo Bordalo Pinheiro (1867-1920) e, de forma mais genérica, à produção das Caldas da Rainha.
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