Memórias e Arquivos da Fábrica de Loiça de Sacavém

Setembro 01 2023

   

 

Porta-lápis promocional, em porcelana da Empresa Electro-Cerâmica, do Candal, Vila Nova de Gaia, com cerca de 9,6 cm. de altura e 7,4 cm. de diâmetro.

 

O formato desta peça reproduz, de forma estilizada e adaptada, um isolador, produto que, nas suas versões para fios eléctricos ou telefónicos, era um dos mais representativos desta fábrica.

 

© MAFLS

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Novembro 26 2017

 

Pequena jarra, com cerca de 14 cm. de altura, em porcelana da Electro-Cerâmica do Candal, Vila Nova de Gaia.

 

Um novo exemplar ilustrando uma das combinações decorativas mais comuns da fábrica – secções parcialmente esmaltadas a uma só cor, motivos florais estampados, filetagem a dourado.

 

 

© MAFLS

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Outubro 15 2017

 

Pequena jarra, com cerca de 12 cm. de altura, em porcelana da Electro-Cerâmica do Candal, Vila Nova de Gaia.

 

Este exemplar ilustra uma das combinações decorativas mais comuns da fábrica – secções parcialmente esmaltadas a uma só cor, motivos florais estampados, filetagem a dourado.

 

 

© MAFLS

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Setembro 01 2017

 

Pequeno bule, com cerca de 8,2 x 13,6 cm. e 9,8 cm. de diâmetro máximo, para jogo de bonecas ou uso infantil, em porcelana da Electro-Cerâmica do Candal, de Vila Nova de Gaia.

 

A decoração floral foi aplicada através de estampagem sobre o vidrado, por decalcomania.

 

 

© MAFLS

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Novembro 28 2015

 

Conjunto individual de chávena e prato para torradas em porcelana da Electro-Cerâmica do Candal.

 

Correspondendo a uma tendência que se desenvolveu na Europa e nas Américas a partir de finais do século XIX, e se manteve durante a primeira metade do século seguinte, estes conjuntos eram predominantemente destinados a um serviço individual de pequeno-almoço ou lanche.

 

Em Portugal, conjuntos similares, mas com diferentes formatos, foram também produzidos em porcelana quer pela Sociedade de Porcelanas, de Coimbra, quer pela Vista Alegre.

 

Este conjunto apresenta, no seu prato de torradas, quer no rebordo, quer no relevo interior, sinuosidades características dos curvilíneos formatos Art Nouveau.

 

 

No entanto, uma observação atenta da chávena permite verificar que este exemplar comercializado pela EC replica o famoso formato Jugendstil (em alemão, equivalente ao galicismo Art Nouveau) denominado Donatello, que originalmente havia sido lançado pela fábrica alemã Rosenthal.

 

Acima reproduz-se uma chávena de café dessa fábrica, onde se pode encontrar uma decoração modernista que, ilustrando embora o tradicional prestígio do azul cobalto associado à porcelana, antecipa o minimalismo repetitivo de décadas mais recentes.

 

Ao contrário do que se verifica na conservadora versão floral aplicada no conjunto do Candal, a simplicidade deste motivo traduz bem um renovado espírito geométrico favorecido por algumas escolas pioneiras, como a escocesa Glasgow School of Art, fundada em 1845 mas com o seu apogeu oitocentista a ocorrer na última década desse século, em paralelo com a ascensão do consagrado Charles Rennie Mackintosh (1868-1928), a austríaca Wiener Secession, fundada em 1897, ou a alemã Bauhaus, fundada já em 1919.

 

 

© MAFLS 

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Dezembro 25 2011

 

 

Atendendo à solicitação de alguns visitantes, reproduz-se aqui, com restauro digital, o outro exemplar conhecido de uma série de pratos produzidos em porcelana da Empresa Electro-Cerâmica do Candal (http://mfls.blogs.sapo.pt/62574.html).

 

E ainda bem que tal nos foi solicitado e nos levou a tratar e recuperar esta imagem com alguma atenção, porque aquilo que apressadamente tinha sido referido então como um lavagante europeu (Homarus gammarus, antes genericamente classificado como Cancer gammarus L.), corresponde efectivamente a uma variante de lagostim do rio.

 

Embora fosse interessante que a imagem correspondesse ao nosso famoso, e agora quase extinto, lagostim-de-patas-brancas, ou lagostim do Angueira (Austrapotamobius pallipes; cf. http://www.faunaiberica.org/?page=cangrejo-de-rio), a estrutura deste exemplar parece corresponder a uma outra variante, exógena.

 

Assim, estando representados apenas animais de água doce nos três únicos pratos conhecidos, poder-se-á depreender que toda a série será exclusivamente dedicada à fauna fluvial e lacustre.

 

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Outubro 23 2010

 

Pratos decorativos em porcelana da Electro-Cerâmica do Candal, com estampagem policromada, esmalte aerografado, nos rebordos, e retoques e filetagem a dourado, sobre o vidrado.

 

No prato reproduzido acima apresenta-se a imagem de uma truta-salmonada (Salmo trutta L.) e no reproduzido abaixo a imagem de uma variante de barbo (Barbus barbus L.), ambos peixes comuns nas águas fluviais portuguesas (cf. http://www.cartapiscicola.org/).

 

Embora, à primeira vista, esta decoração pareça não ter qualquer influência oriental, note-se como os remates dourados dos rebordos fazem lembrar duas folhas sobrepostas de ginkgo (Ginkgo biloba L.), árvore sagrada para os budistas e conotada no ocidente com a China e o Japão, e a representação dos peixes em grande plano evoca o tratamento gráfico das xilogravuras japonesas.

 

Prato estampado da série Aquarium, desenhada no final do século XIX por William S. Coleman (datas desconhecidas) para a fábrica inglesa Mintons.

 

A Empresa Electro-Cerâmica foi fundada no Candal, Vila Nova de Gaia, por escritura de 28 de Março de 1919, com o capital social de 599.940$00.

 

A 9 de Junho de 1921 esse capital foi aumentado para 3.600.000$00, ficando assim distribuído: Joaquim Pereira Ramos, 496.870$00; Pinto da Fonseca & Irmão, 300.060$00; Joaquim Pinto Leite, Filho & C.ª, 300.060$00; Dr. José Pereira Caldas, 287.370$00; Banco Comercial do Porto, 135.720$00; Banco Aliança, 54.000$00; Alfredo Pinto de Castro e Silva, 18.000$00; Calisto Bueri, 5.400$00; e Dr. Manuel José Coelho, 2.520$00 (Note-se que apesar de o  Diário do Governo indicar o capital de 3.600.000$00, a soma das parcelas totaliza apenas 1.600.000$00).

 

A 27 de Outubro de 1932 foi reduzido para 90.000$00, ficando distribuído por 100.000 acções no valor nominal de 90 centavos. A 23 de Agosto de 1935 a empresa alterou novamente os seus estatutos, mantendo o valor do capital social, embora a administração tenha sido autorizada a aumentá-lo para 900.000$00, quando considerado oportuno.

 

 

A 27 de Janeiro de 1945 a empresa aumentou o seu capital de 900.000$00 para 5.000.000$00, um aumento de 4.100.000$00 que ficou assim distribuído: António Coimbra e Irmão, 20.250$00; Fernando Henrique Braga Vareta, 4.050$00; Luiz Alves de Carvalho, 40.500$00; Álvaro Fernandes Ferreira, 2.070$00; Banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa, 810$00; Amadeu Martins Pinto, 450$00; António Dias de Carvalho, 8.100$00; Óscar Guisado, 1.260$00; Pacheco, Filhos, Limitada, 94.230$00; José de Vilas Boas, 221.400$00; Moses Amzalak, 30.330$00; e Fábrica de Porcelanas da Vista Alegre, Limitada, 3.676.550$00.

 

A 9 de Abril do mesmo ano, a empresa, já controlada pela Vista Alegre, adquiriu 50% do capital da Sociedade de Porcelanas, Limitada, de Coimbra. Os restantes 50% do capital social da SP, que passou a totalizar 1.000.000$00, foram adquiridos pela VA. Conforme se constata em nova publicação no Diário do Governo, este processo apenas se concluíu a 17 de Junho de 1945.

 

Desta série de pratos conhece-se ainda um outro exemplar apresentando uma imagem de um lavagante europeu (Homarus gammarus, antes genericamente classificado como Cancer gammarus L.), que não se reproduz devido ao seu extremo mau estado.

 

 

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publicado por blogdaruanove às 13:09

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