Lavanda, a que faltará o complemento do gomil, ou apenas bacia ou travessa funda, com cerca de 5,8 x 36 x 24 cm., em faiança da Fábrica do Carvalhinho.
Note-se que, para além de apresentar o nome da pintora, este exemplar não ostenta no tardoz qualquer indicação relativa quer ao formato quer à decoração, o que poderá indiciar ser esta uma peça produzida depois de 1965, ano em que a FLS abandonou a sua participação na Carvalhinho.
De acordo com aquilo que genericamente acontecia quanto ao labor feminino nas grandes unidades industriais portuguesas de cerâmica, observou Fausto Martins (n. 1939), na sua comunicação Subsídios para a História da Fábrica Cerâmica do Carvalhinho (apresentada em Novembro de 1983, publicada como separata da revista Gaya em 1984), sobre o período em que a Carvalhinho foi gerida pela FLS (1930-1965):
"De uma maneira geral, podemos dizer que os homens se dedicavam, primordialmente, à pintura dos painéis de azulejos, cabendo às mulheres a pintura de loiça decorativa. Neste capítulo, é de justiça salientar o nome de Adriana Correia, mulher de grande sensibilidade artística, acompanhada, mais tarde, por Maria Natália Soares Leitão que, durante anos, dirigiram o importante sector da louça de ornamentação, em que trabalhavam 100 mulheres."
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