Pequena jarra, com decoração pintada à mão, em faiança da OAL, Olaria de Alcobaça.
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Pequena jarra, com decoração pintada à mão, em faiança da OAL, Olaria de Alcobaça.
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Jarra em faiança, com cerca de 22,4 cm. de altura, produzida e pintada à mão na Olaria de Alcobaça.
Apresentando ainda uma decoração com o característico azul da fábrica, assume-se como peça de transição para obras mais tardias, das décadas de 1950 e 1960, onde o dourado surge já com alguma frequência (http://mfls.blogs.sapo.pt/61886.html).
A profusão e a riqueza do dourado desta jarra não só criam um efeito feérico, que oscila ente o kitsch e o sumptuoso, como resultam numa peça invulgar em toda a produção da OAL.
Este exemplar foi exibido na exposição Portuguese Ceramics in the Art Deco Period, realizada em 2005 nos EUA.
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Pequeno prato em faiança da Olaria de Alcobaça.
Note-se como as formas que partem do motivo floral central para o rebordo recordam os corações habitualmente conotados com a ourivesaria e os bordados do Minho.
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Prato de parede reticulado, em faiança da Olaria de Alcobaça, pintado à mão sob o vidrado.
Conhecem-se estes mesmos versos aplicados também em pratos sem reticulado e em azulejos desta fábrica.
Aproveitando o exemplo datado da grafia deste texto, poderia anunciar-se a adopção neste espaço, a partir deste ano, da grafia preconizada pelo novo Acordo Ortográfico.
No entanto, como o período de transição se prolonga até 2015, os textos continuarão a ser publicados com uma grafia conservadora durante mais algum tempo.
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Grande centro de mesa reticulado, ou fruteiro, em faiança da Olaria de Alcobaça, com 32 cm. de diâmetro e quatro pés, pintado à mão sob o vidrado.
Segundo o opúsculo Faiança de Alcobaça (1997), de Jorge Pereira de Sampaio, as iniciais correspondentes ao pintor, A. S., tanto são atribuíveis a Alfredo Santos (datas desconhecidas) como a Armando Saraiva Mendes (datas desconhecidas).
De qualquer modo, atente-se na notável pintura dos motivos vegetais a azul cobalto e do conjunto central de flores.
Vejam-se peças de outras fábricas, com abas recortadas, em: http://mfls.blogs.sapo.pt/tag/abas recortadas.
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Jarra da Olaria de Alcobaça, Lda., OAL, decorada com desenhos de groselhas, folhas e ramos desse arbusto, sob o vidrado, e retoques e filete a ouro sobre o vidrado brilhante.
Esta decoração, bem distinta da produção tradicional das décadas de 1930 e 1940 e rara na produção das décadas subsequentes, ilustra claramente a abertura da empresa às exigências do mercado de exportação, sem contudo abdicar de uma decoração manual especializada.
Como se pode verificar nas imagens reproduzidas abaixo, a decoração com groselhas foi bastante popular, estando as bagas, em geral, especialmente associadas à decoração Art Nouveau. Poderá ver mais alguns exemplos de cerâmica europeia e americana decorada com desenhos de bagas aqui: http://blogdaruaonze.blogs.sapo.pt/78448.html e aqui: http://blogdaruaonze.blogs.sapo.pt/87433.html.
Fundada em 1927, a empresa OAL veio a encerrar em 1984.
Prato de sobremesa em porcelana, marcado "IT / UNO / "Favorite" / Bavaria", pintado à mão sobre o vidrado, fora da fábrica, e assinado e datado "B. Curke / 1914", na decoração.
Esta fábrica alemã, sobre a qual poucas referências existem, exportava no início do século XX para os EUA, onde a empresa Burley & Tyrrell Co., de Chicago, era uma das suas importadoras e distribuidoras.
Cafeteira em porcelana pintada à mão sobre o vidrado, fora da fábrica, assinada "K. R.", na base, e assinada e datada " K. Ryan / 14", no interior da tampa. A peça encontra-se marcada "Victoria / Austria", na base. Esta empresa foi fundada em 1883 na então localidade austríaca de Altrohlau, que hoje integra a República Checa e é conhecida como Stará Role, tendo sido nacionalizada em 1945.
A pintura de peças brancas de porcelana vidrada, fora das suas fábricas de origem, foi comum durante todo o século XX. Em Portugal é vulgar encontrarem-se peças dos serviços brancos da Vista Alegre, pintadas sobre o vidrado, que foram cozidas em muflas exteriores à fábrica e apresentam assinaturas que não correspondem aos artistas da VA.
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