Memórias e Arquivos da Fábrica de Loiça de Sacavém

Outubro 14 2013

 

 

Figura em barro parian (biscuit) representando um fauno.

 

Encontramo-nos perante a primeira peça em barro parian que integrou os catálogos da FLS, a qual surge referenciada pela primeira vez na tabela de Maio de 1960 sob o número 601, com a designação "Fauno tocando flauta", ao preço de 125$00. Segundo uma nota manuscrita constante do exemplar desta tabela existente no CDMJA, esta figura pesa cerca de 365 gramas.

 

Nessa tabela de Maio de 1960, embora a produção em barro parian apenas esteja referenciada sob 44 números, encontram-se catalogadas, de facto, 58 peças, pois muitos desses números correspondem a conjuntos onde cada exemplar distinto surge com o mesmo número mas ostenta ainda numeração complementar diferente (cf. http://mfls.blogs.sapo.pt/tag/formato+713 e http://mfls.blogs.sapo.pt/tag/formato+692).

 

Fotografias da peça por Hector Castro, coleccionador e proprietário deste exemplar, a quem se agradece a cedência das imagens.

 

 

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Fevereiro 14 2013

 

Pequena figura de um menino e gazela em barro parian apresentando incisa, na parte superior da base, a assinatura "Clariano" (Clariano Casquinha da Costa, n. 1929, activo na FLS durante as décadas de 1950 e 1960).

 

O exemplar da tabela de Maio de 1960 existente no CDMJA refere esta figura sob o número 661 com a designação "Figura de Gazela" ao preço de 100$00, acrescentando uma nota manuscrita que o seu peso é de 85 gramas.

 

Esta figura já não se encontra referenciada na tabela de Maio de 1979.

 

Fotografias da peça por Hector Castro, coleccionador e proprietário deste exemplar, a quem se agradece a cedência das imagens.

 

 

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Novembro 14 2012

 

Figura de um potro em barro parian apresentando incisa, na parte superior da base, a assinatura "A. Moreira" (António Moreira, datas desconhecidas, activo na FLS durante as décadas de 1960 e 1970).

 

Um exemplar da tabela de Maio de 1960 existente no CDMJA, cuja numeração impressa acaba na peça número 726, apresenta uma adenda manuscrita de novas peças até ao número 759, onde esta surge sob o número 755 e a designação "Fig. de Poldro" sem qualquer indicação de preço, embora se registe que a peça pesa 240 gramas.

 

Esta figura já não se encontra referenciada na tabela de Maio de 1979.

 

Fotografias da peça por Hector Castro, coleccionador e proprietário deste exemplar.

 

 

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Agosto 16 2012

 

As peças em barro parian surgem registadas pela primeira vez na tabela de Maio de 1960, embora a sua produção na FLS tenha começado alguns anos antes, provavelmente na segunda metade da década de 1950, quando surgiu também o jasper ware.

 

Na referida tabela as três figuras que integram esta série surgem identificadas como – 713.1, marujo com armónio [sic]; 713.2, timoneiro; 713.3, oficial com óculo, custando cada uma destas peças 100$00 e tendo o peso de 80 gramas, segundo o exemplar existente no CDMJA.

 

Veja-se um outro exemplar desta série, marujo com harmónio, aqui: http://mfls.blogs.sapo.pt/2865.html

 

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Junho 07 2012

 

Pequena figura de corça em barro parian, com cerca de 8,4 x 8,8 x 4,7 cm., apresentando incisa na parte superior da base a assinatura "Clariano" (Clariano Casquinha da Costa, n. 1929, activo na FLS durante as décadas de 1950 e 1960).

 

Não existe consenso quanto às datas de actividade de Clariano Casquinha da Costa na FLS – segundo os dados da exposição Percurso Documental pelos Artistas da Fábrica de Loiça de Sacavém, realizada no MCS em 2007, tal terá ocorrido entre 1958 e 1974. Segundo Clive Gilbert (n. 1938), último proprietário da FLS, Clariano Casquinha da Costa terá saído da FLS em 1965, indo trabalhar para a fábrica de Valadares.

 

Note-se ainda que os dados constantes da referida exposição são contraditórios, pois ali se exibiu a fotografia de um cavaleiro tauromáquico da autoria de Clariano Casquinha da Costa, com a indicação de que a peça se encontra já referenciada na tabela de 1951, quando as datas apontadas para a sua actividade na FLS são 1958-1974.

 

Esta peça encontra-se referenciada na tabela de Maio de 1960 sob o número 661 e a designação "Figura Gazela", ao preço de 100$00, não surgindo já na tabela de Maio de 1979.

 

No exemplar da tabela de preços de 1960 existente no CDMJA refere-se que o seu peso é de 85 gramas.

 

Esta e outras execuções escultóricas (cf. http://mfls.blogs.sapo.pt/tag/clariano+casquinha+da+costa) colocam Clariano Casquinha da Costa ao nível dos melhores modeladores da FLS, como Armando Mesquita (1907-1982), e da cerâmica portuguesa.

 

 

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Março 05 2012

         

 

                       

 

 

 

Duas provas de capa, não seleccionadas, para o catálogo da exposição homónima apresentada nos EUA em 2005.

 

Estas propostas destacavam duas peças do acervo do MCS, cuja modelação é da autoria de Donald Gilbert (1901-1961), produzidas na FLS e exibidas na exposição — a figura de um macaco numa versão em vidrado semi-mate alaranjado (catalogada sob o número 128) e numa versão em barro Parian (catalogada sob o número 140). O primeiro exemplar mede cerca de 23,1 x 14,4 x 10,9 cm, o segundo cerca de 14 x 12,5 x 7,1 cm.

 

Uma peça com outro vidrado, aparentemente experimental ou submetido a temperaturas inadequadas (logo, tratar-se-á de uma peça rara, ou mesmo única), da colecção particular de Maria João Pinheiro e Jorge Andrew, foi exibida na exposição Porta Aberta às Memórias, segunda edição, realizada no MCS em 2009, e uma imagem da mesma, sem indicação de dimensões, pode ser encontrada no catálogo desse evento.

 

A imagem seleccionada para a capa deste catálogo pode ser vista em: http://mfls.blogs.sapo.pt/31762.html.

 

                         

 

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Outubro 13 2011

 

Grupo escultórico em biscuit, designado na FLS como barro Parian, representando três faunos.

 

Embora a assinatura não se encontre visível, esta é indubitavelmente uma obra de Clariano Casquinha da Costa (n. 1929, activo na FLS durante as décadas de 1950 e 1960), tal como as duas outras anteriormente aqui reproduzidas (cf. http://mfls.blogs.sapo.pt/tag/clariano+casquinha+da+costa).

 

No exemplar da tabela de preços de 1960 existente no CDMJA refere-se que o preço desta peça, catalogada sob o número 622 e a designação "Grupo de faunos (3 figuras)", é de 250$00, sendo o seu peso de 270 gramas.

 

A marca incisa na base regista apenas a inscrição Made in Portugal / Sacavem. É possível que esta seja já uma peça de produção tardia, pois conhece-se um exemplar em que o número 622 é bem visível.

 

Além disso, nesse exemplar, todo o conjunto da marca se encontra em alto-relevo e não inciso, como nesta peça e nas outras duas anteriormente apresentadas.

 

As peças em barro Parian da FLS ainda se produziam em 1979, como se pode constatar na tabela de preços de 15 de Maio desse ano, onde surgem referenciados 27 exemplares.

 

Nessa tabela, este "Grupo de faunos", com a referência 9501, surge a 673$00.

 

 

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Outubro 19 2009

       

 

Pequena figura de músico, em barro parian, modelada por Clariano Casquinha da Costa (n. 1929, activo na FLS durante as décadas de 1950 e 1960).

 

Como o número de referência indica, existem quatro modelos nesta série – 692-1, Menino com bandolim; 692-2, Menino com lira; 692-3, Menino com flauta e 692-4, Menino com pratos.

 

Na tabela de preços de 1960 (exemplar existente no CDMJA) refere-se que o preço de cada peça era de 90$00, sendo o seu peso de 60 gramas.

 

 

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Setembro 11 2009

  

 

Durante as décadas de 1950, 1960, 1970 e, talvez ainda, 1980, a FLS produziu diversas peças em Parian Ware, uma variante de pasta biscuit que nos catálogos da empresa surge com a designação de barro parian.

 

Trata-se, no entanto, de uma pasta de porcelana, que constitui notável excepção à generalidade da produção da fábrica, executada essencialmente em faiança, na loiça decorativa e na de mesa, em pó de pedra, nalguma azulejaria e loiça de mesa, ou em grés, na cerâmica sanitária e em algumas peças escultóricas mais tardias.

 

Algumas das peças modeladas nesta pasta reproduzem, em duas séries, figuras derivadas das tradicionais imagens de putti, mas aqui com um tratamento bastante peculiar nas suas versões de músicos ou marinheiros.

 

O modelador que produziu estas séries de putti foi Clariano Casquinha da Costa (n. 1929, activo na FLS durante as décadas de 1950 e 1960), o qual, segundo Clive Gilbert, se veio a mudar para a Valadares, fábrica de loiça sanitária, depois de ter efectuado na FLS um percurso, também notável, como designer nesta área.

 

Em 1958 Clariano Casquinha da Costa expôs no Salão da Primavera, naquela que constituiu a 54.ª exposição de pintura e escultura da Sociedade Nacional de Belas Artes. Em Valadares, Vila Nova de Gaia, ainda hoje se encontra registada em seu nome uma empresa de cerâmica sanitária.

  

 

A produção em barro parian não se encontra registada na tabela de faianças decorativas de Maio de 1951, mas surge na de Maio de 1960. Aqui, as figuras que integram a série ilustrada surgem identificadas como – 713.1, marujo com armónio [sic]; 713.2, timoneiro; 713.3, oficial com óculo.

 

Cada uma destas três peças tem indicado o peso de 80 gramas e o preço de 100$00. Nesta tabela, a oferta em barro parian regista 44 peças com numeração autónoma, a que correspondem, de facto, 58 peças.

 

A peça mais cara, um carro romano, com 1.700 gramas de peso, encontra-se tabelada a 1.500$00 e a peça mais barata, uma placa com padre Cruz, com 145 gramas de peso, a 30$00. A peça mais pesada é uma figura de Santo António, com 3.500 gramas e o preço de 750$00, e a mais leve uma figura de Menino e passarinhos n.º 1 (tamanho maior), com 20 gramas de peso e o preço de 350$00.

 

Todas as peças conhecidas das séries músicos e marinheiros apresentam a assinatura "Clariano" incisa na área modelada da pasta, habitualmente na parte superior da base rectangular, ou circular, da peça.

 

 

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Setembro 01 2009

 

Pormenor do painel cerâmico, executado por Armando Mesquita (1907-1982) em 1946, colocado à entrada do Museu de Cerâmica de Sacavém.

 

Na insuspeita e categorizada opinião de um administrador da fábrica da Vista Alegre, João Teodoro Ferreira Pinto Basto (1870-1953), expressa na obra anteriormente citada, a FLS apresentava no início da década de 1930 a maior produção do país naquele tipo de cerâmica:

 

"Fabrica de Sacavem. Antiga e importante fabrica de faiança fina. Produz loiças domesticas, artigos de ornamentação artisticos, sanitarios, mosaicos ceramicos e azulejos. Tem feito grandes ampliações e melhoramentos. Abastece o mercado da Metropole e exporta principalmente para Marrocos. É a fabrica de loiça de maior produção no Paíz; (...)"

 

A verdade, porém, é que a FLS se afirmou ainda como a fábrica cerâmica portuguesa de produção mais diversificada. Para além da loiça sanitária, dos azulejos e da loiça utilitária produziu uma enorme gama de loiça decorativa.

 

Nesta última área a sua produção foi impressionante pela diversidade das técnicas utilizadas, pelos modelos lançados, pela multiplicidade decorativa e pelas pastas cerâmicas desenvolvidas. Porque sendo essencialmente uma fábrica de faiança, a FLS produziu também peças de cerâmica decorativa em grés, em porcelana biscuit, que aqui assumiu a designação inglesa Parian Ware, e camafeus em Jasper Ware, à semelhança da famosa pasta desenvolvida pela fábrica inglesa Wedgwood.

 

 

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