Memórias e Arquivos da Fábrica de Loiça de Sacavém

Março 29 2017

   Autocolante comemorativo da primeira Festa do Avante!, 1976.

 

No jornal Avante! número 326, de Fevereiro de 1963, publicou-se o seguinte artigo:

 

"Levanta-se a luta em Sacavém

 

Sacavém - Nas duas maiores empresas desta vila estão em curso importantes acções reivindicativas.

 

Na Trefilaria, em Janeiro, mais de 200 operários concentraram-se na gerência em apoio duma comissão que foi reclamar aumento geral de salários, há muito prometido. (...)

 

Na Fábrica de Loiça, em princípios de Janeiro, a administração tentou obrigar os operários a assinar um documento para passarem a receber à quinzena; depois da primeira surpresa, o pessoal em todas as secções recusou-se a assinar, sem se impressionar com promessas e ameaças. Dias depois, um grupo de mais de 50 operários concentrou-se no sindicato, reclamando contra a arbitrariedade dos patrões; ficou claramente estabelecido que se os patrões passarem a pagar à quinzena, têm também que pagar os domingos.

 

Animados pela luta contra esta arbitrariedade, os operários da Loiça estão a discutir mais largamente os seus problemas e estão dispostos a lutar unidos contra a exploração, contra as multas e contra a falta de segurança no trabalho, que arruina a saúde de tantos com a silicose."

 

 

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Março 22 2017

   Autocolante comemorativo da segunda Festa do Avante!, 1977.

 

No jornal Avante! número 155, de Janeiro de 1951, publicou-se o seguinte artigo:

 

"OPERÁRIOS!

 De Pé Contra o Desemprêgo!

 

Debaixo do mais desenfreado terror desencadeado pela camarilha salazarista, aliada do patronato, contra os trabalhadores, êstes lutam corajosamente pelas suas reinvidicações, conscientes de que as pequenas vitórias alcançadas abrem o caminho para as grandes vitórias na luta pelo derrubamento do fascismo, pela Democarcia e pela Paz.

 

(...)

 

São os operários da Fábrica de Louça de Sacavém lutando contra as miseráveis condições de trabalho, exploração e despedimentos e conseguindo aumento de salário e melhores condições de trabalho.

 

(...)

 

OPERÁRIOS E OPERÁRIAS!

 

Exigi, através de Comissões por vós eleitas, de concentrações, de protestos, exposições, etc., trabalho para todos os desempregados ou subsídio, salários que vos permitam fazer face ao actual nível de vida.

 

Exigi que cesse a desenfreada política de guerra da camarilha salazarista, causadora do aumento crescente de desemprêgo e do nível de vida [sic]."

 

 

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Março 15 2017

   Autocolante comemorativo da primeira Festa do Avante!, 1976.

 

No jornal Avante! número 135, de Abril de 1949, publicou-se o seguinte artigo:

 

"FACE AO AGRAVAMENTO DO CUSTO DE VIDA

 Intensifiquemos as lutas de massas

 

As massas trabalhadoras, especialmente a classe operária sabem com larga experiência que é pelas lutas de massas que vêm [sic] satisfeitas as suas reinvidicações mais prementes, que é pelas lutas de massa que conseguem sustar [sic] a exploração desenfreada do patronato e do governo.

 

A história de um passado recente dá-nos conta de inúmeras vitórias das classes trabalhadoras do campo e da cidade, através das lutas parciais por empresa, por rancho, por ramo de indústria e por região.

 

Sabendo que a força do proletariado está na unidade e na acção das massas, os trabalhadores formaram as suas Comissões de Unidade, organizaram e popularizaram os seus cadernos reivindicativos e lançaram-se na luta pela satisfação des-as [sic] reivindicações. Foram as lutas parciais, encabeçadas pelas Comissões de Unidade, que lhes deu a vitória sobre a exploração dos baixos salários, sobre o mercado negro, sobre as faltas de pão e de géneros. Serão ainda e sempre as lutas parciais que abrirão caminho para o levantamento nacional que há-de derrubar o fascismo salazarista, o grande responsável pela miséria do povo português.

 

O agravamento actual do custo de vida (os aumentos já havidos nas rendas de casa e nos transportes, a falta de géneros em mercado livre e as perspectivas do mercado negro com todas as suas consequências) impõe que o proletariado intensifique as lutas reivindicativas nos seus sectores de trabalho, apresentando-se juntos dos patrões e dos dirigentes dos sindicatos respectivos, a fazerem valer os seus direitos e a conseguirem exito nas suas justas reclamações.

 

Assim o compreendem os operários de algumas empresas de Lisboa e arredores, que, por intermédio das suas Comissões de Unidade, estão a levar avante e com exito movimentos reivindicativos.

 

(...)

 

O pessoal de fogo da Fábrica de Louças de Sacavém obteve pela luta um aumento de 3$00 no seu salário.

 

(...)

 

Trabalhadores! Avante na luta pelas vossas reivindicações!"

 

 

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Março 08 2017

   Autocolante comemorativo dos dois anos de actividade legal das Edições Avante!, 1976.

 

O jornal Avante!, órgão central do Partido Comunista Português, publicou o seu primeiro número a 15 de Fevereiro de 1931. Desde a fundação do P.C.P., a 6 de Março de 1921, havia sido antecedido por dois outros títulos de imprensa – O Comunista, publicado logo em 1921, ainda durante a I República, e O Proletário, publicado em 1929, já em período da Ditadura Nacional, que antecederia o Estado Novo.

 

Publicando-se e distribuindo-se na clandestinidade entre 1931 e 1974, o Avante! apresentou durante esse período diversos artigos, ou curtas notícias, sobre a FLS.

 

Por cortesia do Gabinete de Estudos Sociais do P.C.P., que novamente se agradece, o Memórias e Arquivos da Fábrica de Loiça de Sacavém recebeu cópia de jornais onde alguns desses artigos surgiram, os quais serão aqui transcritos ao longo do corrente mês de Março.

 

No jornal Avante! número 46, de Agosto de 1937, publicou-se o seguinte artigo:

 

"GRAVES ACONTECIMENTOS EM SACAVEM

 

Acaba de se produzir em Sacavem um acontecimento duma gravidade extrema. Em resposta às reclamações dos aprendizes da fabrica de loiça, que pretendiam um aumento de salário há vários meses prometido e exigiam a libertação de dois camaradas injustamente presos, o fascismo pôs em prática as mais violentas medidas contra os operarios e contra todo o povo de Sacavem. Pôs Sacavem em estado de sítio fazendo invadir esta pacífica população [sic] por tropas numerosas da polícia, G.N.R. e polícia da Informa armados de mais de 40 metralhadoras.

 

Depois de cercarem a fabrica espancaram violentamente os operarios.

 

Foi tão barbara esta violencia que a mãe dum camarada, muito doente, faleceu, vítima da comoção sofrida. Um camarada foi assassinado.

 

O povo de Sacavem, em pêso, vibra de indignação contra estas prepotências do fascismo. E assim, esta luta que, a princípio, se resumia na luta pela melhoria da miseravel situação em que se encontravam os aprendizes, tornou-se com razão a luta de tôdo o povo de Sacavem contra o fascismo barbaro e assassino.

 

Não foi casualmente que a população de Sacavem ao ter conhecimento das dezenas de prisões que se efectuaram na fabrica, tocou os sinos a rebate e compareceu em massa em auxílio da parte agredida. Graças à intervenção rapida e massiva do povo, fôram restituidos à Liberdade 40 trabalhadores que já estavam sob prisão, ficando, no entanto, 25 que já tinham seguido para Lisboa.

 

Todas as pessoas honestas de Sacavem estão ao lado dos operarios e vêem claramente a sua razão.

 

Quem poderá, depois disto, esconder a verdadeira cara de assassino do govêrno de Salazar? Quem acreditará mais na demagogia fascista? Ninguem, certamente.

 

Para todos é claro que o fascismo quere reduzir a população laboriosa de Portugal a simples escravos, sem vontade, e sem direitos de especie alguma. Mas a essa tendencia bestial deve o povo trabalhador opor uma firme resistência organizada e uma vontade inquebravel de luta.

 

O fascismo é o inimigo fundamental de todos os povos.

 

Trabalhadores da fabrica de loiças de Sacavem, não vos submeteis [sic] à canga infamante que vos querem pôr.

 

Se fôsseis agora derrotados, os patrões desencadeariam contra as vossas condições de vida a mais violenta ofensiva.

 

Lutai até arrancar a vitória.

 

Povo de Sacavem. Êste caso não interessa só aos operarios das fábricas, mas a todos nós. Uni-vos todos, e como um só homem, exigi a liberdade dos presos!

 

Não permiti [sic] que tais violências se repitam em Sacavem.

 

Todos juntos lutar;

 

Pela liberdade dos presos!

 

Pela solidariedade às suas familias!

 

Pelo cumprimento das promessas feitas aos homens!"

 

 

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Março 06 2017

 

Pequeno cinzeiro, com cerca de 10,9 cm. de diâmetro, ostentando o símbolo e as iniciais do Partido Comunista Português, que foi fundado há precisamente 96 anos, em 6 de Março de 1921.

 

Vejam-se outras peças da FLS, com este símbolo partidário, aqui: http://mfls.blogs.sapo.pt/tag/pcp.

 

 

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Janeiro 08 2014

 

Jerónimo de Sousa (n. 1947), hoje secretário-geral do Partido, foi o segundo deputado do PCP (http://www.pcp.pt/), a abordar a questão da FLS na reunião plenária de 15 de Abril de 1982, fazendo as seguintes declarações:

 

"Sr. Presidente, Srs. Deputados: No distrito de Lisboa, para além de outros casos existentes, as lutas dos trabalhadores da Fábrica de Loiça de Sacavém e do Hotel Baía comprovam, no concreto, a justeza da análise feita na declaração política produzida pela minha camarada Zita Seabra.

 

Num e noutro caso, para além da conduta repressiva do patronato, o governo AD surge a assumir o papel de protector e procurador dos interesses do patronato e das administrações, mesmo que a legalidade democrática seja sistematicamente violada por estes.

 

Na Fábrica de Loiça de Sacavém, empresa com 1200 trabalhadores, um administrador tem vindo a usar processos repressivos que só têm semelhança nos períodos mais violentos da ditadura fascista. Despediu de forma sumária 4 dirigentes sindicais, levantou mais de 60 processos disciplinares durante os últimos três meses, suspendeu membros da comissão de trabalhadores e delegados sindicais por via telefónica, não reconhece à CT o crédito de horas expresso na Lei n.º 46/79, viola as suas instalações e cria um clima de intimidação geral através de comunicações internas escritas em linguagem fascizante.

 

Perante este rol de ilegalidades, poderia pensar-se que tal conduta assenta no ódio revanchista de um qualquer fascista da velha guarda. Mas não. As razões são mais fundas. A administração da Fábrica de Loiça, com destaque para o seu máximo responsável, pretende destruir a empresa a médio prazo, atirar 1200 trabalhadores para o desemprego e criar uma nova empresa à custa da Loiça de Sacavém e dos dinheiros públicos.

 

 

A Inspecção-Geral de Finanças, após um inquérito realizado a pedido de um accionista, reconhece que a administração da empresa tem praticado actos fraudulentos, tais como contabilização da compra de terrenos por valores vinte vezes superiores aos registados na respectiva escritura pública, contabilização de recibos falsos e irregularidades diversas em matéria fiscal, nomeadamente na área dos impostos profissional, de capitais, de mais-valias e da sisa.

 

Mas a administração da Fábrica de Loiça de Sacavém vai mais além. Foi criada uma nova empresa para actuar no mesmo sector de actividade, a SANICER, cujos accionistas são precisamente os accionistas maioritários da Fábrica de Loiça de Sacavém. A criação e o lançamento da SANICER têm sido feitos à custa da descapitalização da Loiça de Sacavém, como se exemplifica com a venda de terrenos à SANICER por 75$ o m2, que haviam custado à Fábrica de Loiça em 1978 210$ o m2.

 

O Ministério das Finanças fica-se pelo inquérito, não se importando que os interesses de 1200 trabalhadores, dos pequenos accionistas, nem que o Estado seja credor de cerca de 200 000 contos.

 

E o Ministério do Trabalho? O que fez para repor a legalidade? Nada! O governo AD, no seu estilo habitual, encontra a solução pelo recurso à violência contra os trabalhadores. Manda o MAI entrar em cena, mobiliza 300 elementos da GNR, alguns vindos de Santarém e de Tomar, para impor a presença do administrador repudiado e rejeitado pelos trabalhadores em plenário. Na ordem dada ao comando da GNR, Ângelo Correia [Ministro da Administração Interna] chama aos dirigentes sindicais «agitadores» e aponta uma longa lista de nomes dos trabalhadores que deviam ser impedidos (e, se necessário, presos) de entrar na empresa. A serenidade dos trabalhadores e o sentimento das forças militarizadas de que estavam a ser manobrados evitarem confrontações de consequências imprevisíveis.

 

Tudo indica que o MAI vai insistir no caminho da confrontação, mas os trabalhadores, de forma serena, mas firme, saberão lutar pelos seus postos de trabalho, pelas liberdades e pelos direitos que a Constituição lhes reconhece.

 

(...)

 

 

Sr. Presidente, Srs. Deputados: O Grupo Parlamentar do PCP saúda e solidariza-se com a luta corajosa dos trabalhadores da Loiça de Sacavém e do Hotel Baía. São as liberdades e os direitos, no concreto, que estão em causa. São realidades de Abril que o governo AD tenta destruir.

 

Melhor que ninguém, serão os principais obreiros das transformações económicas e sociais realizadas - os trabalhadores- que defenderão essas realidades. Lá nas suas empresas, recebendo a solidariedade de classe, presentes nas comemorações de Abril e do 1.º de Maio, os trabalhadores da Loiça de Sacavém e do Hotel Baía são parte integrante do movimento que integra a força de combate pela democracia e que conseguirá derrubar este governo da AD. Têm razões fortes e terão capacidades suficientes para vencer.

 

Aplausos do PCP."

 

Excerto transcrito do Diário da Assembleia da República, I Série, número 74, de 16 de Abril de 1982.

 

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Dezembro 17 2013

 

Zita Seabra (n. 1949), então deputada do PCP (http://www.pcp.pt/), foi a primeira a abordar a questão da FLS na reunião plenária de 15 de Abril de 1982, fazendo as seguintes declarações:

 

"Na Fábrica de Loiça de Sacavém, a administração, em três meses, despediu quatro dirigentes sindicais, violou as instalações da comissão de trabalhadores, proibiu plenários legalmente convocados, levantou cerca de 60 processos disciplinares, tentou levar por diante, de forma fraudulenta, a criação de uma empresa noutra zona do mesmo ramo de actividade, com consequente despedimento de 1200 trabalhadores.

 

Incapaz de prosseguir os seus planos, a administração encontra no Dr. Ângelo Correia [Ministro da Administração Interna] o aliado necessário. É assim que cerca de 300 elementos da GNR invadiram as instalações da empresa, trazendo nas mãos um despacho do MAI em que, para além da cobertura policial do administrador responsável, se dava ordens para proibir a entrada de dirigentes sindicais considerados como «agitadores».

 

Ainda ontem, nova incursão na fábrica por parte das forças militarizadas teve como objectivo fazer uma prova de força. A firmeza da luta e serenidade dos trabalhadores têm sido exemplares e por isso daqui os saudamos, manifestando-lhes a nossa inteira solidariedade.

 

[Aplausos do PCP, do MDP/CDE e da UDP]"

 

(...)

 

 

"Por último, faço uma referência à questão que me foi colocada pelo Sr. Deputado Mário Tomé [UDP], que agradeço, a qual, na verdade, não posso deixar de passar sem um comentário: é lamentável que aqui, na Assembleia da República, quando trabalhadores de uma fábrica, como é o caso da Fábrica de Louça de Sacavém, que têm tido uma luta exemplar e que têm lá tido a GNR a mando do Sr. Ministro da Administração Interna, só porque estão em defesa dos seus postos de trabalho e do seu direito ao trabalho, haja deputados nesta Câmara que se riam quando esta questão è aqui posta.

 

Essa virtude é, na verdade, de um desprezo e de uma vergonha total perante o que é o povo português e o que são os trabalhadores.

 

Nós iremos hoje à Fábrica de Louça de Sacavém com outros deputados desta Câmara e não deixaremos de lá referir a gargalhada que os Srs. Deputados da maioria aqui soltaram quando aqui se falou nos problemas e na luta que com tanto sacrifício eles travam.

 

[Aplausos do PCP, da UEDS, do MDP/CDE, da UDP, e do Sr. Deputado Carlos Lage (PS)]"

 

(...)

 

 

"A Oradora [Zita Seabra]: - Como é que consegue entrar aqui de repente e pronunciar-se sobre um assunto que nem sequer ouviu?

 

Por exemplo, o Sr. Deputado [Sousa Tavares, PSD] pergunta como é que se pode ter falado na Fábrica de Louça de Sacavém quando se falou de revisão constitucional. É que eu não falei de revisão constitucional, mas sim da Fábrica de Louça de Sacavém.

 

A diferença é só esta: li uma página do meu discurso sobre essa Fábrica e o Sr. Deputado é que está com a revisão constitucional na cabeça. Lá tem as suas razões…!

 

Aliás, compreendo perfeitamente que esteja tão preocupado com isso, que sonhe, que todos os dias delire e que venha para aqui ainda a pensar na revisão constitucional.

 

[Protestos do Sr. Deputado Silva Marques, do PSD.]"

 

(...)

 

Excertos transcritos do Diário da Assembleia da República, I Série, número 74, de 16 de Abril de 1982.

 

Veja-se alguma da propaganda alusiva ao PCP, produzida na FLS, aqui: http://mfls.blogs.sapo.pt/tag/pcp.

 

 

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Janeiro 05 2013

 

Autocolante da célula do Partido Comunista Português na Fábrica de Loiça de Sacavém.

 

Este exemplar encontra-se num álbum com cerca de 340 autocolantes de partidos políticos, sindicatos e eventos político-sindicais nacionais e estrangeiros, predominantemente de esquerda, cujas datas estão delimitadas entre 1975 e 1985.

 

 

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Janeiro 11 2012

 

Caneca, produzida depois de Abril de 1974, com o símbolo do Partido Comunista Português e legendagem aplicada sobre o vidrado.

 

A legenda "Proletários de todos os países uni-vos" está complementada no verso com o refrão daquele que é quase o outro hino oficial do P.C.P., cuja letra e música foram criadas em 1967 por Luís Cília (n. 1943) – "Avante camarada avante / Junta a tua a [sic] nossa voz / Avante camarada avante camarada / O Sol brilhará para todos nós".

 

Um exemplar semelhante a este foi exibido na exposição Porta Aberta às Memórias, realizada no MCS em 2008.

 

Veja-se também um prato da FLS com o símbolo do Partido Comunista Português em: http://mfls.blogs.sapo.pt/20790.html.

 

 

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Novembro 18 2009

 

Prato com o símbolo do Partido Comunista Português, produzido depois de Abril de 1974.

 

As zonas industrializadas da periferia de Lisboa, que constituíam a chamada Cintura Industrial de Lisboa, tiveram logo a seguir à revolução de 25 de Abril de 1974 uma forte acção sindical e partidária, liderada em grande parte pelas células dos partidos de esquerda.

 

Emblemas em alumínio anodizado, do PCP e das suas organizações juvenis, produzidos entre 1974 e 1984. 

 

Segundo um dos responsáveis da FLS, logo após a revolução essa actividade exercia-se de tal forma na empresa que muitas vezes a administração nem sabia qual a quantidade de produtos que eram resultado imediato de iniciativas político-sindicais paralelas às encomendas oficiais da fábrica.

 

Deste modelo, em particular, ainda hoje se encontram dezenas de exemplares em estado praticamente novo.

 

 

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