Pequeno prato em faiança, com cerca de 18 cm. de diâmetro, apresentando decoração floral policromática pintada à mão sob o vidrado.
Embora este formato seja semelhante a alguns dos formatos produzidos pela fábrica portuense da Corticeira e pela fábrica gaiense Soares dos Reis (http://mfls.blogs.sapo.pt/tag/abas+recortadas), as iniciais C. V. não correspondem a qualquer assinatura fabril ou oficinal identificada.
Além do mais, não só a execução formal e decorativa se afasta da qualidade destas duas fábricas como as opções cromáticas se afastam, também, da palette habitual das mesmas.
Por sua vez, a pasta apresenta-se demasiado granulada, exsudando em demasiada e formando excrescências de aspecto salitroso quando submetida a imersão aquosa prolongada e posterior secagem natural.
Saliente-se, no entanto, que a assinatura a castanho vinoso não é invulgar na Soares dos Reis e que a tonalidade azul, aqui aplicada no reticulado, também surgiu nesta fábrica, aplicada em filetagem e ramagem pintadas à mão que complementam frutas executadas a stencil (http://mfls.blogs.sapo.pt/tag/f%C3%A1brica+soares+dos+reis).
Uma outra hipótese seria a de a inicial "V" corresponder a Viana do Castelo. No entanto, embora na década de 1940 tenha existido produção de faiança nesta localidade, a marca que se conhece corresponde à designação Louça de Viana e a não a uma hipotética Cerâmica de Viana.
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