Jarra, com cerca de 27,4 cm. de altura, produzida na Cruz da Légua, concelho de Porto de Mós.
Apresentando embora recursos técnicos ancestrais, como o engobe e os óxidos sobre a pasta de argila vermelha, e um formato característico que remonta aos célebres albarellos do século XV, esta peça, na repetição dos seus motivos, remete para uma certa ideia de modernidade desenvolvida também, durante as décadas de 1950 e 1960, em algumas das peças da Campos & Filhos, em Viana do Castelo, e da Secla, nas Caldas da Rainha.
Apesar de não se conhecer informação sobre a oficina que produziu esta peça, a assinatura Romeu corresponderá à do mestre ceramista Romeu Augusto que, durante a década de 1940, esteve associado à C.A.I.L., na vizinha localidade da Moitalina (cf. http://mfls.blogs.sapo.pt/223714.html).
Pertencentes à freguesia de Pedreiras, as localidades de Cruz da Légua e da Moitalina encontram-se na área de influência tradicional e histórica de uma célebre região cerâmica setecentista e oitocentista, a do Juncal, cuja freguesia é contígua a esta e tem sede na vila com o mesmo nome.
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