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Sardinhas de suspensão, em faiança, com cerca de 19,1 cm. de comprimento máximo.
Não apresentam qualquer outra marca a não ser a inscrição PORTUGAL impressa em relevo no tardoz. Esta é uma característica comum a outras peças recentemente produzidas na região sudoeste das Caldas da Rainha que já foram aqui apresentadas (cf. http://mfls.blogs.sapo.pt/287372.html).
A primeira destas sardinhas, com o seu figurativismo realista, insere-se na tendência revivalista que, desde princípios deste século, tem caracterizado alguma recuperação já industrializada do artesanato português, como as andorinhas de parede, documentando os restantes exemplares uma tardia aproximação pós-modernista à decoração do formato.
É claro que o primeiro destes exemplares evoca também alguma da cerâmica bordaliana de oitocentos, a qual, por sua vez, remete para a tradição quinhentista do ceramista francês Palissy (1510-c.1590).
Servem estas peças para marcar a quadra dos Santos Populares – Santo António (13), São João (24) e São Pedro (29), que decorre durante este mês de Junho, e recordar o já consagrado evento gráfico que é o lançamento das sardinhas de Lisboa.
As sardinhas galardoadas este ano (http://www.festasdelisboa.com/2014/sardinhas/), e algumas outras, poderão ser vistas a partir de 18 deste mês no habitual espaço dedicado à sua exposição na Baixa de Lisboa (http://www.festasdelisboa.com/2014/evento/que-sardinha-es-tu/).
Entre as propostas vencedoras deste ano, note-se como, curiosamente, surge ainda uma sardinha que propõe um humorístico trocadilho através do pastiche revivalista da imagem de marca de um antigo dentífrico.
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