Memórias e Arquivos da Fábrica de Loiça de Sacavém

Setembro 01 2019

 

Jarra em faiança, com cerca 18,2 de cm. de altura e 16,9 cm. de diâmetro máximo,  ostentando a inscrição "CEVIDER'93 EX-AEQUO / -AWARD-"

 

A CEVIDER'93 foi uma feira de design que decorreu em Valência, Espanha, durante o ano de 1993. Incluía uma secção de competição, nomeadamente para cerâmica e vidro, onde foram galardoados artistas como os polacos Jan Siedlecki (n. 1948), no vidro, e Piotr Kołomański (datas desconhecidas), na cerâmica, ou a espanhola Gemma Bernal (n. 1949), na cerâmica.

 

A concepção deste formato, que surge também inúmeras vezes com a marca Secla, será atribuível a Maria João Braga de Melo (datas desconhecidas), professora e designer que trabalhou na Secla entre 1991 e 1995 e recebeu um prémio Cevider, precisamente em 1993.

 

Conhecem-se diversos exemplares monocromáticos desta peça ostentanto diferentes outras cores, como o amarelo, o azul, o preto ou o vermelho e ainda, em consonância com a sua gramática formal pós-modernista, outros exemplares em que as duas peças apresentam cores distintas, combinando, por exemplo, o azul e o vermelho.

 

 

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Março 30 2019

 

Caixa em pau-santo, com cerca de 5,3 x 11,5 x 11,5 cm., ostentando uma pequena placa cerâmica, com cerca de 10,2 x 10,2 cm., na tampa.

 

O motivo da placa cerâmica é atribuível a Knud Michelsen (datas desconhecidas), ceramista dinamarquês (norueguês, segundo algumas fontes) que esteve activo em Portugal entre cerca de 1960 e 1964, onde colaborou com a Secla.

 

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Janeiro 19 2019

Pequeno cinzeiro circular, com a inscrição "HOTEL DE ANGRA / ILHA TERCEIRA / AÇORES", produzido pela extinta fábrica Secla, das Caldas da Rainha.

 

Este vidrado amarelo, evocativo de muita da cerâmica popular da zona de Barcelos, e de outras regiões portuguesas, surgiu com frequência, durante as décadas de 1960 e 1970, nas peças promocionais que a Secla desenvolveu. Entre outras cores, conhece-se vidrado com tonalidade semelhante em cinzeiros que o Turismo de Portugal encomendou à Secla neste período.

 

O motivo central do cinzeiro remete para as tradicionais touradas à corda da Ilha Terceira.

 

 

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Agosto 20 2017

 

Conjunto de bule e açucareiro, em faiança da fábrica Secla, das Caldas da Rainha, com vidrado verde semi-mate.

 

Note-se como estes formatos, embora tenham sido produzidos e comercializados no pós-guerra, podem perfeitamente enquadrar-se na gramática Art Déco.

 

 

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Julho 23 2017

 

Peça para sala de fumo, com cerca de 6,3 x 13,7 x 6,9 cm., em faiança da fábrica Secla, das Caldas da Rainha.

 

 

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Fevereiro 19 2017

 

Dois açucareiros em faiança da fábrica Secla, Caldas da Rainha.

 

Este formato, com o código P.2942, foi concebido cerca de 1970 pelo designer Joaquim Alberto Pinto Ribeiro (1921-1989), fundador e gerente responsável pela fábrica Secla, para um serviço de café.

 

Exemplares semelhantes estão ilustrados na página 109 do livro A Nova Cerâmica das Caldas (1989), da autoria do mesmo Alberto Pinto Ribeiro, e na página 131 do catálogo da exposição Estúdio Secla: Uma renovação na cerâmica portuguesa, realizada em 1999 no Museu Nacional do Azulejo.

 

 

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Novembro 05 2016

Pequena travessa, com cerca de 17,6 x 23 x 2,1 cm., em faiança da fábrica Secla, Caldas da Rainha.

 

Enquadrando-se claramente na série de motivos regionais comercializada a partir dos desenhos originais concebidos por Hansi Staël (1913-1961), este exemplar não ostenta, contudo, as duas iniciais –  as de  H. S. e as do/a pintor/a da fábrica, que habitualmente surgem junto à marca manuscrita, limitando-se a apresentar apenas a inicial "S", que corresponderá a quem executou a reprodução.

 

 

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Outubro 22 2016

Espremedor para citrinos, com cerca de 8,7 x 21,8 x 9 cm., em faiança da fábrica Secla, das Caldas da Rainha.

 

 

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Setembro 02 2016

 

Até ao próximo domingo, dia 4 de Setembro de 2016, poderá ainda visitar a exposição "Decorativo, Apenas?" – Júlio Pomar e a Integração das Artes, patente no Atelier-Museu Júlio Pomar, em Lisboa.

 

Num espaço amplo e luminoso, concebido pelo arquitecto Álvaro Siza Vieira (n. 1933), podem encontrar-se peças do acervo do Atelier-Museu, de outras instituições similares e de coleccionadores privados, que ilustram a criação do artista nos mais diversos suportes, desde a cerâmica, ou o vidro, até ao alumínio, ou a tapeçaria, e nas mais diversas técnicas, como a gravura sobre papel ou o óleo sobre tela.

 

Com curadoria de Catarina Rosendo (n. 1972), este conjunto expositivo propõe-nos também retomar, a partir de uma interrogação do próprio artista, a problemática da menorização, teórica e crítica, das chamadas artes decorativas, questionando ainda a validade desta adjectivação.

 

Considerando as posições que já haviam sido assumidas, no século XIX, pelos artistas do movimento Arts & Crafts e que Raul Lino (1879-1974) retomaria em Portugal no princípio do século XX, esta proposta não deixa de nos levar a reflectir sobre o eventual paradoxo que surge na produção cerâmica de Júlio Pomar durante a década de 1950.

 

 

De facto, numa época em que esteve profundamente ligado ao Neo-Realismo, com os seus paradigmas da arte para o povo, próxima do povo e que do povo emanava, Pomar não executou nem promoveu a criação de múltiplos cerâmicos, como a artista húngara Hansi Staël (1913-1961) condescendeu em criar para a Secla, das Caldas da Rainha (http://mfls.blogs.sapo.pt/tag/hansi+sta%C3%ABl), insistindo na realização de peças únicas, fosse na Cerâmica Bombarralense ou na Secla, fosse ainda nas outras fábricas onde desenvolveu os seus painéis azulejares.

 

O conjunto exposto evoca, na subtileza ou no explícito de uma ou outra imagem, as diversas influências de Pomar nas décadas de 1940 e 1950, que parecem remeter claramente para obras de artistas tão diversos como Pablo Picasso (1881-1973), Jean Lurçat (1892-1966) ou Cândido Portinari (1903-1962).

 

Enquanto princípio de conservação e valorização de acervos cerâmicos, aproveite-se também a oportunidade para comprovar que certas peças danificadas, como a que ilustra o cartaz da exposição e as duas aqui reproduzidas, não se limitam a ter apenas um mero valor histórico ou documental.

 

 

Veja-se ainda um prato de Pomar, datado de 1951, provavelmente executado na Cerâmica Bombarralense e que não se encontra no Atelier-Museu, aqui: http://mfls.blogs.sapo.pt/148664.html.

 

A propósito deste exemplar, e apesar do exíguo espaço temporal disponível para a sua hipotética execução nesse ano, note-se que a exposição de Pomar realizada entre 10 e 20 de Janeiro de 1951, na Livraria Portugália, Porto, exibiu uma peça cerâmica, sob o número 73 e ao preço de 350$00, intitulada "Uma sereia".

 

Como nota de interesse bibliográfico e documental, refira-se a edição de um catálogo do evento, o qual deverá estar disponível ainda este mês, ou no próximo mês de Outubro, e onde se corrigirá certamente o deslize de não haver indicação das dimensões das peças.

 

Diga-se, contudo, que parece perpassar sobre este luminoso espaço e esta belíssima exposição a sombra de ter passado largamente despercebida... Aproveitem-se, pois, os dois dias que ainda restam e a entrada gratuita. 

 

O Atelier-Museu está aberto entre as 10H00 e as 18h00.

 

 

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Agosto 14 2016

 

Paliteiro em faiança, com cerca de 12,4 x 5,2 x 2,2 cm., ostentando nos flancos as inscrições HOTEL do FACHO / FOZ do ARELHO - PORTUGAL e na base a assinatura manuscrita M. Antónia / C. da RAINHA.

 

A assinatura corresponde a Maria Antónia Parâmos (1922-1976), ceramista e pintora caldense que colaborou com a fábrica Secla em 1954 e 1955.

 

Inaugurado em 1910, o centenário Hotel do Facho passou por algumas vicissitudes, mas foi entretando recuperado e encontra-se actualmente a funcionar em pleno (https://fachoguesthouse.wordpress.com/myhome/fachoguesthouse/).

 

 

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