Memórias e Arquivos da Fábrica de Loiça de Sacavém

Fevereiro 26 2013

 

Miniatura de lavatório que integraria certamente os mostruários que a FLS disponibilizava através dos seus agentes ou, eventualmente, dos caixeiros-viajantes representantes da empresa.


Aparentemente, a marca aqui reproduzida aplicou-se apenas na loiça sanitária da FLS, pois como já foi referido, ao contrário do que acontece nas tabelas de serviços de mesa e de loiça decorativa, a tabela de preços de revenda das loiças sanitárias de Julho de 1938 reproduz a marca da FLS que aparece neste exemplar, sem no entanto apresentar o acrónimo S.A.R.L.


Veja-se uma miniatura de urinol, anteriormente apresentada neste espaço, aqui: http://mfls.blogs.sapo.pt/196934.html.

 

 

© MAFLS

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Outubro 05 2012

 

Miniatura de urinol formato Inglez, conforme se verifica pela anotação manuscrita na etiqueta de papel. 

 

Esta raríssima peça, com cerca de 8,7 x 7,1 x 6,5 cm., integraria certamente os mostruários que a FLS disponibilizava através dos seus agentes ou, eventualmente, dos caixeiros-viajantes que representassem a empresa.

 

A tabela de preços de revenda das loiças sanitárias de Julho de 1938 regista urinóis deste formato ao preço de 65$00, referenciando ainda modelos de face e de canto, ao preço de 40$00, e higiénico, ao preço de 120$00. Regista ainda um "Formato especial para serie", "Tipo moderno Higienico", ao preço de 300$00.

 

 

Aparentemente, a marca aqui reproduzida aplicou-se apenas na loiça sanitária da FLS, pois ao contrário do que acontece nas tabelas de serviços de mesa e de loiça decorativa, esta tabela reproduz a marca da FLS que aparece neste exemplar, sem no entanto apresentar o acrónimo S.A.R.L.

 

A brochura encerra com diversos considerandos, entre os quais surgem os seguintes:

 

"A nossa loiça sanitaria é de faiança vitrificada que, não sendo porosa, não pode absorver aguas nem sujidades."

 

"O seu vidrado não é uma simples capa de vidro que cae ou fendilha com pouco uso, deixando infiltrar os detritos. Perfeitamente identificado com a pasta, torna o artigo impermeavel, dando-lhe a condição sine qua non para que seja efectivamente loiça sanitária."

 

"Toda a loiça sanitaria de Sacavem leva a nossa marca registada, devendo os nossos estimaveis clientes rejeitar qualquer peça que lhes seja apresentada como sendo do nosso fabrico e que não tenha a marca Sacavem".

 

 

Através da intervenção de Marcel Duchamp (1882-1968), que em 1917 assinou um exemplar com o pseudónimo de R. Mutt e, invertendo-lhe a  tradicional posição de colocação, o apresentou como uma fonte, o urinol acabou por ser um dos ícones paradigmáticos da revolução da arte na década de 1910.

 

Duchamp, aliás, desenvolveu ainda outros exemplares desses objectos, que posteriormente vieram a ser conhecidos por ready-made, como a roda de bicicleta, de 1913, o escorredor de garrafas, de 1914, e a famosa imagem litografada de Mona Lisa com bigode e pêra e a inscrição L.H.O.O.Q., de 1919 (desta, Duchamp produziu diversas réplicas, as últimas das quais em 1964; cf. http://blogdaruanove.blogs.sapo.pt/96303.html.).

 

A estrutura do escorredor de garrafas foi recentemente evocada e recriada, a outra escala, numa obra (http://mirror.berardocollection.com/?toplevelid=33&CID=102&opt=sw&v1=988&lang=pt) de Joana Vasconcelos (n. 1971) executada em 2006 para a Fundação Colecção Berardo, em Lisboa, que aliás possui uma das réplicas do modelo original que Duchamp veio a produzir já na década de 1960 (http://mirror.berardocollection.com/?toplevelid=33&CID=102&a1=artist&v1=110&lang=pt&tab=works).

 

© Nick Knight Show Studio & Lady Gaga

 

Mais recentemente ainda, o conceito do urinol de Duchamp foi reaproveitado pela cantora e performer Lady Gaga (pseudónimo de Stefani Joanne Angelina Germanotta, n. 1986) para uma sessão fotográfica da revista Japan Vogue Home (http://www.vogue.co.jp/).

 

Esse urinol, da marca Armitage Shanks, em que Lady Gaga inscreveu o texto “I’m not a fucking king Duchamp but I love pissing with you” e a sua assinatura, foi colocado à venda em Novembro de 2011 por US $ 460,000.

 

 

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Setembro 03 2012

 

Anúncio publicado na brochura Lisboa: Roteiro Ilustradopublicação do Guia de Portugal Artístico para os anos de 1939 e 1940, que apresentava na capa uma aguarela do arquitecto Paulino Montez (1897-1988).


Note–se como as instalações de Lisboa ainda aparecem indicadas na Rua da Prata, ao contrário do que acontece no anúncio publicado na revista Panorama de Junho de 1941 (http://mfls.blogs.sapo.pt/96372.html).


Curiosamente, quer a tabela de loiças sanitárias de Julho de 1938 quer a tabela de serviços, do mesmo ano, apresentam já a sede e contabilidade nos números 126 a 132 da Rua da Prata e a exposição e venda na Avenida da Liberdade, números 49 a 57.


Oficialmente, o domicílio social da FLS passou para o primeiro andar, esquerdo, do número 53 da Avenida da Liberdade por escritura de 12 de Julho de 1941.


Neste anúncio note-se ainda a variante da designação no plural, Fábrica de Loiças de Sacavem, que poderá apenas ser devida a uma gralha.


 

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Dezembro 23 2010

 

Molheira fabricada em pasta verde.

 

Conforme se pode verificar na tabela de preços de 1938, a FLS fabricava serviços para jantar, chá, café e pequeno-almoço em pasta azul, branca, marfim e verde. Talvez porque a cor não fosse muito popular e a procura destes serviços fosse inferior, as peças em pasta verde são aquelas que aparecem com menos frequência no actual mercado de antiguidades.

 

Este exemplar não surge no catálogo de formatos de Maio de 1950, onde estão ilustrados onze formatos de molheiras – Aldeia, Berlim, Coimbra, Concha, Duplo, Estoril, Império, Inglês, D. João V, Paris e Redondo.

 

De acordo com a tabela de 1938, os únicos serviços para jantar então fabricados em pasta verde eram do formato Avenida ou do formato Coimbra, os quais também se produziam em pasta azul.

 

No entanto, esta molheira não corresponde ao formato Avenida.

 

 

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Novembro 11 2010

 

Açucareiro sem tampa, formato Coimbra, com decoração a esmalte azul e ouro sobre o vidrado.

 

O formato Coimbra ainda não surgia na tabela de 1932, surgindo na de 1938 com peças para serviços téte-a-téte [sic], em pasta azul, verde ou marfim, e serviços de jantar, em pasta azul ou verde.

 

O açucareiro, com capacidade de 1 decilitro e meio, surgia apenas no serviço tête-a-tête ao preço de1$20 para a classe I (sem decoração), 1$50 para a classe II (decoração sem ouro), 1$80 para a classe III (decoração com ouro),  2$20 para a classe IV (decoração fantasia) e 2$60 para a classse V (decoração extra), em qualquer uma das pastas.

 

Na tabela de 1949 os preços indicados eram os seguintes – 2$50 para as peças em branco, 3$00 para as peças da classe A (colorido s/ ouro), 3$50 para as peças da classe B (colorido s/ ouro) e 4$50 para as peças da classe C (colorido c/ ouro). Uma vez que a decoração da peça reproduzida é feita a ouro, esta incluir-se-ia na classe III de 1938 e na classe C de 1949.

 

Para uma chávena e pires formato Avenida com a mesma decoração, ver http://mfls.blogs.sapo.pt/48159.html. Para uma manteigueira formato Avenida com a mesma decoração, mas complemento em platina, ver http://mfls.blogs.sapo.pt/5167.html. Para uma chávena e pires formato Estoril com decoração semelhante, ver http://mfls.blogs.sapo.pt/27114.html. Para exemplares deste formato com outras decorações ver http://mfls.blogs.sapo.pt/tag/formato+coimbra.

 

 

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Setembro 12 2010

 

Leiteira formato Porto estampada a verde, sob o vidrado, com retoques a ouro, sobre o vidrado.

 

De acordo com a tabela de Setembro de 1949, este formato tem a capacidade de 4 decilitros. Ainda segundo a mesma tabela, produzia-se em branco e nas classes A (colorido sem ouro), B (colorido sem ouro) e C (colorido com ouro), com os seguintes preços – 7$00, 8$00, 9$00 e 11$00. A diferença de custo entre as classes A e B dever-se-ia, muito provavelmente, a uma maior ou menor intervenção manual na decoração.

 

Na tabela de 1938 este modelo apresentava-se apenas em duas classes – I (colorido sem ouro), a 4$90, e II (colorido com ouro), a 6$15. Uma nota de Fevereiro de 1945 dactilografada na capa do exemplar desta tabela que se encontra no CDMJA refere o seguinte:

 

" IMPORTANTE = Os preços constantes / de todas estas tabelas, estão sujeitos / aos seguintes aumentos: / NAS LOIÇAS SEM OURO = 10% +20 +10+10+10% / NAS LOIÇAS COM OURO= 10 +10% +20+10+10+10% / 7/2/45 "

 

Embora os açucareiros e bules deste formato se encontrem referidos na tabela de 1932, tal não acontece com as leiteiras.

 

 

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Março 24 2010

 

Pormenor de um antigo painel publicitário da FLS existente nas imediações do edifício da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, reproduzindo azulejos e loiça sanitária.

 

A tabela de preços de revenda Loiças Sanitárias de Sacavém, de Julho de 1938, de que este painel deverá ser contemporâneo, refere três modelos de lavatórios – "Chapa", "Inglez" e "Oval", e ainda quatro formatos especiais – "A.N.T." [Assistência Nacional aos Tuberculosos], "I.S.T." [Instituto Superior Técnico ?], "C.E." [?] e modelo para hospitais.

 

Na mesma tabela, nos acessórios, surgem dois modelos de porta-copo. Sob o número 5, "Porta-copo com copo", a 12$50, e sob o número 21, "Porta-copos com copo (Formato Inglez)", também a 12$50.

 

A porta-esponjas surge sob o número 4, a 15$00, e as prateleiras sob o número 11, "Prateleira do 1.º (Formato liso), 60x17", a 45$00, número 12, "Prateleira do 2.º (Formato liso), 40x17", a 40$00, número 13, "Prateleira do 3.º (Formato liso), 25x15", a 36$00, e número 14, "Prateleira Formato Inglez, 58x15", a 45$00.

 

No final da tabela, entre outros considerandos, refere-se o seguinte:

 

"A nossa loiça sanitária é de faiança vitrificada que, não sendo porosa, não pode absorver aguas nem sujidades.

O seu vidrado não é uma simples capa de vidro que cae ou fendilha com pouco uso, deixando infiltrar os detritos. Perfeitamente identificado com a pasta, torna o artigo impermeavel, dando-lhe a condição sine qua non para que seja efectivamente loiça sanitária."

 

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Dezembro 18 2009

 

Açucareiro sem tampa, formato Coimbra, com a decoração número 733 a esmalte sobre o vidrado.

 

Note-se, uma vez mais, o problema decorrente desta técnica decorativa, a perda gradual de esmalte, e o claro gosto pela decoração floral Art Déco inspirada na obra de Clarice Cliff (1899-1972).

 

O formato Coimbra ainda não surgia na tabela de 1932, surgindo na de 1938 com peças para serviços téte-a-téte [sic], em pasta azul, verde ou marfim, e serviços de jantar, em pasta azul ou verde. O açucareiro, com capacidade de 1 decilitro e meio, surgia apenas no serviço tête-a-tête ao preço de1$20 para a classe I (sem decoração), 1$50 para a classe II (decoração sem ouro), 1$80 para a classe III (decoração com ouro),  2$20 para a classe IV (decoração fantasia) e 2$60 para a classse V (decoração extra), em qualquer uma das pastas.

 

Na tabela de 1949 os preços indicados eram os seguintes – 2$50 para as peças em branco, 3$00 para as peças da classe A (colorido s/ ouro), 3$50 para as peças da classe B (colorido s/ ouro) e 4$50 para as peças da classe C (colorido c/ ouro).

 

Uma vez que a decoração da peça reproduzida é manual, esta incluir-se-ia na classe IV de 1938 e na classe B de 1949. No entanto, este açucareiro apenas terá sido produzido a partir de 1946, ano em que a produção do formato Avenida, de que este motivo era exclusivo, foi descontinuada.

 

Esta peça foi exibida na exposição Portuguese Ceramics in the Art Deco Period, realizada em 2005 nos E.U.A.

 

 

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Setembro 20 2009

 

Prato pequeno, para pequeno-almoço, formato Aldeia. Decoração manual a esmalte, número 334, sob o vidrado.

 

O registo desta decoração existente no CDMJA refere que a mesma se destina apenas a serviços formato Aldeia em barro marfim.

 

A classificação dos pratos para diversos usos nos serviços de mesa pode ser algo confusa para o coleccionador, mas a tabela de preços para 1938 clarifica a sua tipologia.

 

Aí se indica a existência de pires de café e chá e dois pratos para o serviço de pequeno-almoço do formato Aldeia – um prato pequeno, com 18 cm. de diâmetro, e outro para torradas, ou fatias, com 26 cm. Os pratos pequenos eram também comercializados avulso, como complemento para o serviço de chá.

 

O serviço de jantar do formato Aldeia, em pasta marfim, apresentava ainda quatro tipos de pratos – de sopa, com 24 cm. de diâmetro, de jantar, com as mesmas dimensões, de sobremesa, com 22 cm., e de doce, com 15 cm.

 

Tal como aconteceu com outras fábricas de faiança que optaram pela decoração em esmalte sobre o vidrado, a FLS cedo registou os seus inconvenientes, conforme se referiu anteriormente.

 

Para ultrapassar essa questão, voltou-se à produção da decoração manual, a esmalte, sob o vidrado. Contudo, a porosidade da pasta de faiança e do próprio vidrado resultava, com o uso, no desagradável aspecto que aqui se documenta, com as gorduras a depositarem-se sob o vidrado e a  acentuarem o craquelé com as suas manchas.

 

 

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Setembro 19 2009

 

Chávena de café e pires, formato Aldeia, com decoração manual a esmalte, sobre o vidrado.

 

O formato Aldeia encontra-se registado nas tabelas de preços de Janeiro de 1932, de 1938 e de Setembro de1949, surgindo ainda no catálogo de formatos de loiças domésticas de Maio de 1950.

 

A decoração ilustrada, embora prossiga alguma tradição das loiças populares portuguesas, aproxima-se claramente da influência exercida pelas decorações florais desenvolvidas e celebrizadas pelas notáveis ceramistas inglesas Clarice Cliff (1899-1972) e Susie Cooper (1902-1995), a partir de finais da década de 1920.

 

A própria técnica decorativa segue o exemplo daquelas produções cerâmicas, ao apresentar o esmalte pintado sobre o vidrado. Técnica que a FLS utilizou na loiça de mesa particularmente durante as décadas de 1930, 1940 e 1950, mas que veio a abandonar pelo inconveniente da mesma – com o uso frequente e com as lavagens, a decoração, aplicada sobre o vidrado de uma pasta de faiança que não tinha a estabilidade da pasta de porcelana (cf. craquelé em http://blogdaruaonze.blogs.sapo.pt/121841.html), acabava por estalar e por se desintegrar gradualmente.

 

 

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