Figura em grés da fábrica francesa Denbac, com cerca de 22,4 x 32,6 x 11 cm., representando um antílope.
Seguindo uma tendência Art Déco comum a várias empresas cerâmicas internacionais, onde também se incluía a sua congénere de Vierzon, a Odyv, a Denbac produziu, durante este período, um conjunto de cerca de três dezenas de peças dedicadas à fauna.
Este número representa o dobro das peças criadas durante o período Art Nouveau, as quais, geralmente, mostravam a fauna – caracóis, gatos, escaravelhos, libélulas, peixes, ratos, não como motivo central e exclusivo das peças – alfineteiras, caixas, jarras, e outras, mas como complementos da sua forma.
Obviamente, a produção de tais peças no período Art Déco, representando animais de outros continentes que não o europeu, como este, está intimamente relacionada com as exposições coloniais que, vindo de uma tradição implementada em diversos continentes desde a segunda metade do século XIX, tiveram um novo fôlego, durante as décadas de 1920 e 1930, em países europeus como a Bélgica, a França, a Itália, os Países Baixos, ou o Reino Unido.
Em Portugal, como se sabe, também decorreu em 1934, pouco depois da promulgação do Acto Colonial (1930) e da Constituição (1933) do Estado Novo, nos jardins e no Palácio de Cristal do Porto, uma Exposição Colonial.
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