Pequeno elefante em porcelana da Electro-Cerâmica do Candal, Vila Nova de Gaia.
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Pequeno elefante em porcelana da Electro-Cerâmica do Candal, Vila Nova de Gaia.
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Mais um exemplar da Empresa Electro-Cerâmica do Candal, desta vez um cinzeiro, ilustrando uma das combinações decorativas mais comuns da fábrica – áreas parcialmente esmaltadas a uma só cor conjugadas com motivos florais estampados sobre o fundo branco da porcelana, desta vez sem qualquer filetagem a dourado.
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Pequena jarra, com cerca de 14 cm. de altura, em porcelana da Electro-Cerâmica do Candal, Vila Nova de Gaia.
Um novo exemplar ilustrando uma das combinações decorativas mais comuns da fábrica – secções parcialmente esmaltadas a uma só cor, motivos florais estampados, filetagem a dourado.
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Pequena jarra, com cerca de 12 cm. de altura, em porcelana da Electro-Cerâmica do Candal, Vila Nova de Gaia.
Este exemplar ilustra uma das combinações decorativas mais comuns da fábrica – secções parcialmente esmaltadas a uma só cor, motivos florais estampados, filetagem a dourado.
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Jarra em miniatura, com apenas cerca de 6 cm. de altura, em porcelana da Electro-Cerâmica do Candal.
Um pequeno, mas significativo, exemplo dos formatos cerâmicos biomórficos que surgiram nas décadas de 1950 e 1960, quer na cerâmica internacional quer na nacional, e apresentam clara relação com obras do pintor e escultor Jean [Hans] Arp (1886-1966; cf. http://en.wikipedia.org/wiki/Jean_Arp), e do escultor Henry Moore (1898-1986; cf. http://pt.wikipedia.org/wiki/Henry_Moore).
A marca relevada aplicada na pasta não se apresenta com suficiente contraste para poder ser reproduzida.
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Apresentam-se hoje dois bules em porcelana da Electro-Cerâmica do Candal, em Vila Nova de Gaia, que, numa tonalidade mais clara, evocam o famoso azul cobalto de Sèvres.
Datáveis das décadas de 1930 ou 1940, traduz o primeiro aquele que terá sido o mais modernista dos modelos de chá e café do Candal, embora o perfil da pega da tampa se conheça, com variantes, em peças quer da Manufactura de Faianças das Caldas da Rainha, quer da Vista Alegre, onde tal formato, com asas completamente diferentes, surge sob a designação Samuel.
O segundo bule, com o seu humorístico toque na pega da tampa, apresentando um caracol estilizado, será provavelmente mais tardio que o primeiro e traduz um retorno a formas mais conservadoras, com evocação de influências mais classicizantes e neo-barrocas.
A propósito ainda destes bules, inquestionavelmente enquadráveis no período Art Déco, e do pequeno cinzeiro apresentado abaixo, com cerca de 10 cm. de diâmetro, aproveita-se a oportunidade para sistematizar, sem o estabelecimento de uma cronologia específica, algumas das marcas utilizadas pela Electro-Cerâmica do Candal ao longo da sua existência.
O primeiro bule ostenta a marca C1a, o segundo a marca C3c, a qual surge aqui acompanhada de uma referência manuscrita à decoração, comum nas peças da Sociedade de Porcelanas, de Coimbra, mas pouco habitual nas peças do Candal, e o cinzeiro, surpreendentemente, a marca C4, correspondente à PORCEC, a última utilizada no Candal, de que se conhece ainda outra variante com o EC entrelaçado.
Registe-se, novamente, que existe um site dedicado à memória da EC do Candal, instituído pela Candal Park, Centro de Negócios e Empresas, empresa que veio recuperar, ocupar e adaptar as antigas instalações da fábrica: http://www.candalparque.pt/quemsomos.php.
Finalmente, recorde-se, mais uma vez, que há também um site consagrado exclusivamente à divulgação e ao coleccionismo de peças do Candal: http://detalhesceramicos.blogspot.pt/.
C1a C1b C1c C2
C3a C3b C3c C4
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Em pleno Verão, imagens de duas peças em faiança, simples mas curiosas, que evocam as memórias refrescantes de diversas bebidas.
Acima, uma caneca, sem marca, cujas cores remetem claramente para as preferências cromáticas da produção de algumas fábricas de Vila Nova de Gaia durante o século XIX.
Abaixo um copo, fabricado, provavelmente na década de 1950, pela Cesol, Cerâmica de Souselas, em Coimbra, que curiosamente documenta não só o consumo de vinho a copo numa cervejaria como também a grande expansão e venda do vinho verde a granel.
Note-se, ainda, o interessante e sui generis lettering utizado na legendagem deste copo.
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Candeia em faiança da fábrica Soares dos Reis, em Vila Nova de Gaia, com decoração floral sob o vidrado.
Embora esta peça, em particular, seja essencialmente decorativa, apresenta-se perfeitamente funcional caso se pretenda utilizar como candeia.
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Pequena jarra em porcelana da fábrica Electro-Cerâmica do Candal, em Vila Nova de Gaia, decorada em tom monocromático rosa e apresentando complementos de filetagem a ouro.
Com cerca de 17,3 cm. de altura, esta peça corresponde ao formato J.22, como se pode verificar na inscrição, incisa na pasta, reproduzida abaixo.
Durante o segundo quartel do século XX e a década de 1950, formatos semelhantes a este surgiram também em significativa quantidade na produção vidreira portuguesa.
Acima apresenta-se uma jarra em vidro moldado, muito provavelmente produzida numa unidade da Marinha Grande em meados daquele século. Esta simples decoração com uma camada de reflexos alaranjados e irisados é popularmente conhecida como "casca de cebola".
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Travessa em faiança da Fábrica de Louça das Devesas, V. N. de Gaia., com cerca de 36,8 x 26 cm., apresentando o motivo Estátua estampado a verde sob o vidrado.
Note-se que este formato é comum a outras fábricas portuguesas e característico do final do século XIX, como se pode constatar através da comparação com uma travessa da Real Fábrica de Sacavém recentemente ilustrada – http://mfls.blogs.sapo.pt/travessa-293804.
Veja-se ainda como, ao contrário do que acontece com um outro exemplar desta fábrica anteriormente apresentado (http://mfls.blogs.sapo.pt/18604.html), o motivo ostenta junto da marca a sua designação original em inglês – Statue. Esta marca corresponderá provavelmente ao período de 1884-1904.
Finalmente, atente-se nas diversas diferenças que a cercadura, o motivo central e o espaçamento entre a decoração estampada apresentam relativamente a outras variantes do motivo Estátua produzidas quer nesta mesma fábrica quer em diferentes fábricas portuguesas e estrangeiras: http://mfls.blogs.sapo.pt/?tag=motivo+est%C3%A1tua.
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